sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cenotes, Os Poços Sagrados dos Maias


Na foto, descendentes dos maias realizamum ritual em uma caverna localizada no norte da Guatemala, (fronteira nordeste da península de Yucatán). Foto: Johan Ordones/Getty Images


MÉXICO/GUATEMALA. Em Yucatán, cavernas subterrâneas onde existem "cenotes" guardam 14 mil anos da história dos Maias. Consididerados lugares sagrados, nessas cavernas encontram-se oferendas rituais e restos humanos e animais datados em até 14 mil anos. Assim, tais cavernas são sagradas também para os arqueólogos.

Até hoje, estes lugares são protegidos, não somente pelo INAH (Instituto Nacional de Antropologia e História) como também, pelos descendentes daquele misterioso povo que - até hoje, realiza cerimônias nestas cavernas e cenotes onde fazem oferendas para os seus donos legítimos: os Senhores das Águas e dos Campos.


CENOTES

Os cenotes, de diferentes tamanhos, são poços - fontes e lagos. O termo "cenote" - composto do vocábulos TS - ono - ot - é maia e denomina poços de água naturais. São cavidades de pedra calcária, mais ou menos profundas. Como foram formadas em períodos de baixa do nível do mar, em muitos cenotes, a água é salgada.

Para os antigos maias, as cavernas subterrâneas que contêm cenotes eram habitadas por deuses. O religioso católico espanhol, Frei Diego de Landa, que foi arcebispo da Arquidiocese de Yucatán entre 1572 e 1579 afirmava que deuses do submundo habitavam essas cavernas.

Mesmo os arqueólogos precisam respeitar as tradições para estudar esses sítios. Somente são liberados para entrar depois de passarem por uma cerimônia conduzida por um h'men, um sábio sacerdote. O ritual inclui passar a noite recitando orações (maias) e fazendo  feitiços. Pela manhã, é feito o sacrifício de um animal, em geral um peru ou um frango.

Estes sacerdotes não permitem que ninguém entre nos cenotes. De acordo com suas crenças, os deuses, donos destas cavernas e dos poços, punem severamente a violação de sua propriedade. Quem ousa entrar nos lagos pode ficar doente ou, pior, ser aprisionado - desaparecendo para sempre nas águas.

FONTE: FERRER, Almudena.Arqueólogos estudian la historia Maya en cavernas sagradas cubiertas de agua.
LA GRAN EPOCA, publicado em 14/06/2012.
[http://www.lagranepoca.com/24641-arqueologos-estudian-historia-maya-cavernas-sagradas-cubiertas-agua]

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