Ram Bahadur Bomjan, o adolescente nepalês (16 anos em março, 2006) que tornou-se conhecido no mundo inteiro como o "Novo Buda", jejuando e permanecendo imóvel, em meditação, durante meses sob uma árvore "pipal" - a "figueira de Buda" (Ficus religiosa), desapareceu sábado, 11 de março, em meio a um misterioso incêndio, ainda sem explicação, que atingiu seu santuário.
Suas roupas foram encontradas próximas à árvore por um grupo de seguidores encarregados da proteção do rapaz.
A atitude de Bonjam que, segundo sua mãe, Maya (mesmo nome da mãe de Buda) apresenta um temperamento místico-religioso desde criança, chamou a atenção de todo o mundo, ocupou manchetes de jornal e mobilizou uma multidão de peregrinos que se amontoaram em torno santuário, localizado em uma floresta ao sul do Nepal.
A devoção gerou ainda um comércio fervilhante de produtos variados: comida, bebida, velas lembrancinhas etc..
Apesar da região - Char Koshe Jhadi, em Bara - ser um foco de militantes rebeldes comunistas, que poderiam ter sequestrado o "jovem Buda", o mais provável é que Bonjam tenha se retirado por vontade própria, incomodado com a confusão que tomou conta do lugar tornando impossível o objetivo de continuar meditando.
Um amigo de Bonjam declarou ao Katmandu Post: Ele foi embora porque este lugar se tornou muito barulhento. Suspeita-se também que Bonjam esteja acompanhado por outro amigo, Sahila Tamang, também desaparecido.
A meta é meditar profundamente durante pelo menos seis meses a fim de alcançar o "estado de Buda" ou "a Iluminação".
Além do comércio quase imoral que se instalou em torno do garoto místico, há rumores de que donativos, oferecidos pelos devotos ao novo Buda, estavam sendo desviados para cofres Maoistas. Um grupo de budistas estrangeiros chegou a doar quarenta mil dólares ao "Buddha Boy".
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