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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

🧛‍♂️🦇🧛‍♀️ CEMITÉRIO DE VAMPIROS NA POLÔNIA


POLÔNIA. AGOSTO, 2023. Pesquisadores desenterraram os restos mortais do que acreditam ser uma "criança vampira" do século 17 (anos 1600) que foi sepultada de bruços e presa com cadeado à terra, em um provável esforço para amenizar os temores dos moradores de que a criança retornaria dos mortos, disse o arqueólogo-chefe, Dariusz Poliński da University of Nicolaus Copernicus localizada na cidade de Toruń (Uniwersytet Mikołaja Kopernika w Toruniu).

Os restos mortais da criança, que os antropólogos acreditam ter entre 5 e 7 anos de idade, foram descobertos num cemitério comum não identificado na aldeia polaca de Pień, perto de Ostromecko.

Em 2022, na mesma necrópole, também foram encontrados os restos mortais de uma mulher "vampira" com um cadeado preso ao dedão do pé e uma foice pendurada no pescoço, destinada a cortar sua cabeça caso ela tentasse ressuscitar dos mortos (LEIA NO TÓPICO MAIS ABAIXO).

Os dois túmulos estão situados a apenas 2 metros um do outro. Os arqueólogos acreditam que o local foi um cemitério improvisado para "excluídos" ou aqueles que não eram aceitos nos cemitérios cristãos por vários motivos.

Poliński informou que entre as cerca de 100 sepulturas já excavadas no local, muitas quais apresentam técnicas funerárias irregulares, incluindo táticas "anti-vampíricas" usadas para impedir os defuntos de "voltarem da sepultura". 
Os dispositivos incluem um tipo incomum de cadeado triangular feitos para prender os pés do cadáver para mantê-lo no caixão e na cova. As formas de proteção contra o retorno dos mortos incluíram cortar a cabeça ou as pernas, colocar o falecido de bruços para morder o chão, queimá-los e esmagar os restos com uma pedra. Também há evidências que sepulturas foram violadas ou escavadas após o enterro inicial.

Existem vários motivos pelos quais uma pessoa pode ter sido enterrada em tal cemitério, disse Poliński. O indivíduo pode ter exibido um comportamento estranho em vida que fez com que outros o temessem; ou pode ter sofrido de uma doença ou condição física incomum que afetou sua aparência.

“Também pode ter sido uma pessoa que morreu violentamente e repentinamente em circunstâncias estranhas. A morte súbita era frequentemente considerada algo de que as pessoas deveriam ter medo."

Os aldeões do século XVII também tinham medo de mortos afogados e crianças que morriam sem batismo, pagãos, portanto.

Segundo Matteo Borrini, professor principal de antropologia forense na Universidade John Moores de Liverpool, diz que a prática de “enterros de vampiros” era comum em áreas cristãs da Europa a partir do século XIV (anos 1300).

As pessoas associavam surtos “vampíricos” a períodos de mortes em massa que eram inexplicáveis ​​na época mas que, agora, se presume terem sido pandemias ou envenenamentos em grande escala. 

O pensamento comum era que esses “vampiros” caçariam e matariam; primeiro seus familiares; depois, os vizinhos e outras pessoas na aldeia.

A MULHER COM A FOICE NO PESCOÇO
Os restos mortais de uma "vampira" presa ao chão por uma foice na garganta e um dedo do pé trancado com cadeado para 'evitar que ela voltasse dos mortos' foram encontrados em uma vila na Polônia .

Descoberto durante trabalhos arqueológicos da equipe do mesmo Dariusz Poliński, citado acima, naquele cemitério da aldeia de Pien, os arqueólogos também descobriram que os restos do esqueleto tinham um gorro de seda na cabeça, indicando que ela tinha um estatuto social elevado, e um dente saliente.

A foice não foi colocada na horizontal, mas colocada no pescoço de tal forma que, se o falecido tivesse tentado se levantar, provavelmente a cabeça teria sido cortada ou ferida.'

MITO
Registros de mitos sobre mortos-vivos datam do século XI na Europa Oriental. As pessoas temiam que alguns dos que foram enterrados voltassem à superfície como monstros sugadores de sangue e aterrorizassem os vivos.

Não é incomum na região encontrar cemitérios onde uma haste de metal – ou uma estaca – foi martelada no crânio do falecido. As pessoas na época acreditavam que essa era uma forma de garantir que a pessoa permanecesse morta.

Em algumas partes do continente - particularmente entre os povos eslavos - a crença nas lendas de vampiros tornou-se tão difundida que causou histeria em massa e até levou à execução de pessoas consideradas vampiros. 

Pessoas que morreram prematuramente - como por suicídio - também seriam frequentemente suspeitas de vampirismo, e seus corpos teriam sido mutilados para evitar que ressuscitassem dos mortos. 

Em 2015, arqueólogos da aldeia de Drewsko, encontraram cinco esqueletos enterrados de forma semelhante num cemitério com 400 anos. 

Foices foram encontradas pressionadas contra a garganta de um homem adulto, que tinha entre 35 e 44 anos, e de uma mulher adulta, entre 35 e 39 anos.

Uma mulher idosa, que tinha entre 50 e 60 anos quando morreu, foi enterrada com uma foice na cintura e uma pedra de tamanho médio na garganta.

Mais duas sepulturas, ambas com foices colocadas na garganta dos esqueletos, revelaram uma mulher adulta entre 30 e 39 anos e uma jovem que tinha apenas 14 a 19 anos.

Os pesquisadores que fizeram a descoberta disseram na época: "Quando colocados em sepulturas, eram uma garantia de que os falecidos permaneciam em seus túmulos e, portanto, não poderiam prejudicar os vivos".

FONTES
10AUG2023
SNODGRASS, Erin. Archaeologists discovered a 17th-century 'vampire child' with a padlocked ankle in a Polish 'necropolis' graveyard
https://www.businessinsider.com/archaeologists-find-vampire-child-padlocked-in-polish-graveyard-2023-8
O2SEP2022
WIGHT, Ed. Remains of a female 'VAMPIRE' pinned to the ground with a sickle across her throat to prevent her returning from the dead are found in Poland
https://www.dailymail.co.uk/news/article-11173505/Remains-VAMPIRE-pinned-ground-sickle-throat-Poland.html

domingo, 10 de setembro de 2017

SUÉCIA - A GUERREIRA VIKING DE BIRKA


Ilustração de Evald Hansen: reproduz a condição original do túmulo, no sítio arqueológico escavado pelo arqueólogo sueco Hjalmar Stolpe. Publicado em 1889. (Uppsala University)

ARQUEOLOGIA. SUÉCIA. Evidências obtidas através de testes de DNA provaram que os restos de um guerreiro viking enterrado em Birka - Suécia, datado do século X (anos 900) - são de uma mulher.


O túmulo foi descoberto no final do século 19 pelo arqueólogo sueco Hjalmar Stolpe e o achado foi presumido ser de um homem. [O cadáver] foi enterrado com armas, cavalos e itens de uso militar.

A arqueóloga da Universidade de Uppsala (a mais antiga de toda Escandinávia localizada na cidade de Uppsala) em parceria com Universidade de Estocolmo, Charlotte Hedenstierna-Jonson comentou:

'Na verdade é uma mulher, idade em torno de 30 anos e bastante alta, medindo em torno de 1,70 m. O estudo foi publicado No American Journal of  Physical, na sexta-feira - 08 de Setembro de 2017. Hedenstierna-Jonson, informou ainda:



'Além do equipamento encontrado - uma espada, um machado, uma lança, flechas, uma faca de batalha, escudos e dois cavalos - ela tinha no colo um tabuleiro, uma espécie de tábua de jogo mas que, de fato, servia para traçar estratégias de guerra, o que indica que ela era uma líder militar poderosa.

Há alguns anos atrás, a osteologista da Universidade de Estocolmo, Ana Kjellström, estudou os restos mortais e notou que os quadris eram de mulher, as maçãs do rosto são mais finas do que se espera de um homem. Este estudo dos ossos revelou que 'o guerreiro' era mulher mas, na época, o meio acadêmico recebeu a ideia com ceticismo.

Agora, o exame de DNA mostrou que Kjellström estava certa. Os resultados apontam a falta de um cromossomo Y e uma estrutura genética semelhante à dos atuais norte-europeus.

Os autores do estudo escreveram: A identificação de um guerreiro viking mulher fornece uma vis]ao única sobre a sociedade viking, padrões sociais e exceções à norma do período.

Provavelmente, era bastante incomum mas, nesse caso, temos uma situação que deve estar relacionada com o papel dessa mulher na sociedade e na família.

O professor Matias Jalobsson, da Universidade de Uppsala afirmou: Esta é a primeira confirmação formal e genética de uma guerreiro viking feminino.

HISTÓRIA & MITO


Hervor, filha de Heidrek, morrendo na batalha entre godos e hunos. Pintura de Peter Nicolai Arbo. 

Apesar das longas controvérsias - entre acadêmicos - sobre a realidade de uma guerreira viking, o que a biologia arqueológica confirma recentemente (2017) corresponde à narrativa mitológica, tradicional dos povos daquela região.

As 'Donzelas de Escudo - as 'shield-maiden estão presentes nas crenças tradicionais milenares da Escandinávia. Também aparecem nas lendas germânicas, inspiração da crença nas míticas guerreiras Valquírias. Todavia, sua existência histórica tem sido debatida.

Não obstante serem poucos, existem uns poucos registros históricos de participação de mulheres na guerra. O historiador bizantino, John Skylitzes, reconhece o fato na Batalha da Bulgária em 971 DC., quando Sviatoslav combateu com os bizantinos.  

Saxo Grammaticus (1150 - c. 1220) - historiador dinamarquês medieval - relata que 'mulheres de escudo lutaram ao lado dos dinamarqueses nas Batalha de Brávelli, em 750 d.C.. 

FONTES
NAYLOR, David. First genetic proof that women were Viking warriors
Publicado em 08 de Setembro de 2017
https://phys.org/news/2017-09-genetic-proof-women-viking-warriors.html
A female Viking warrior confirmed by genomics
IN AMERICAN JOURNAL OF PHYSICAL ANTHROPOLOGY
08 de Setembro de 2017
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajpa.23308/full 
WIKIPEDIA. Shield-maiden
https://en.wikipedia.org/wiki/Shield-maiden

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AMAZONAS
HISTÓRIAS DAS MULHERES GUERREIRAS
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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Descobertos Novos Manuscritos da Demonologia Egípcia


+  Egito: Magia na Terra dos Faraós
[http://www.sofadasala.com/ocultismo/09042008magia_egito.htm] 

ARQUEOLOGIA. OCULTISMO. EGITO. Na Bélgica - o egipitólogo Wael Sherbiny, pesquisador independente especializado em textos religiosos egipcios antigos, encontrou representações de demônios e urnas funerárias dessas entidade em três manuscritos.

Um deles foi encontrado por Sherbiny no Egyptian Museum, no Cairo - onde esteve esquecido por mais de 70 anos. Dois outros, estavam em sarcófagospertencentes ao período histórico chamado Médio Império do Egito. As três 'lâminas remontam 4 mil anos de idade.

Não são papiros. São páginas de couro, muito antigas. Os documentos foram apresentados na Conference on Ancient Egyptian Demonology (Conferência Internacional Sobre Demonologia Egípcia) - realizada na Swansea University (Swansea, Wales - Reino Unido-UK). O pesquisador informa:

'Embora as descrições textuais de todo tipo de entidades sobrenaturais apareçam em muitos textos religiosos, desde alguns encontrados nas pirâmides e até anteriores, as representações visuais destas entidades são escassas. Eu descobri um grande número de detalhes iconográficos neste material incluindo novas representações pictóricas de várias entidades sobrenaturais. Três desses demônios já eram conhecidos dos estudiosos de textos antigos. Porém, a representação (imagem) de dois deles era desconhecida até agora.


Demônios guardiões, do Feitiço 145 do Livro dos Mortos Egípcio

Dois desses demônios - o chamado In-tep, retratado como como uma espécie cão-babuíno e o Chery-benut, de corpo indefinido  mas dotado de cabeça humana - aparecem como tutores ou guardiões na entrada de uma complexa edificação, possivelmente um templo onde suas várias câmaras são vigiadas por outras entidades demoníacas. Os textos relacionam este templo à divindade lunar masculina Thoth e á barca do deus Sol.

O terceiro demônio chama-se Ikenti, também guardião, zela por uma Porta de Fogo que leva a uma área restrita que abriga a imagem de um deus. Ikenti era conhecido desde que sua figura foi descoberta em um sarcófago do Médio Império (1870-1830 a.C) sob a forma de um grande pássaro com cabeça de gato preto.

No manuscrito encontrado por Sherbiny, a imagem de Ikenti (ou Ikenty) - mais antiga que a anteriormente mencionada - foi reproduzida de modo um pouco diferente mas é o mesmo demônio, uma criatura perigosa, de cujo ataque ninguém escapa. Quando escolhe uma vítima, um ser humano, Ikenti move-se muito rapidamente lançando-se em voo contra o alvo, agarrando a pessoa e arrancando-lhe a cabeça.

O mundo das crenças no Egito antigo era povoado por numerosos seres 'mágicos dotados de superpoderes. Esses demônios poderiam ser ser benévolos ou malévolos. Podiam ser invocados para proteger, defender, ajudar mas, também, para ameaçar, adoecer, empobrecer e matar.

+  Egito: Magia na Terra dos Faraós
[http://www.sofadasala.com/ocultismo/09042008magia_egito.htm]



Os egípcios também praticavam a magia das maldições ou magia destrutiva. Nomes de inimigos estrangeiros e traidores eram escritos em vasos, tabuletas ou figuras de cerâmica. Nas figuras, os inimigos eram representados amarrados. Os objetos eram, então, queimados ou enterrados em cemitérios. Esse procedimento deveria enfraquecer ou destruir o adversário.

FONTES
PRIGG, Mark. The 4,000 year old DEMONS of Egypt revealed: Giant birds with feline heads that 'gripped their victims and cut off their heads' pictured on coffins and manuscripts
DAILY MAIL, 26.04.2016
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3560459/The-4-000-year-old-DEMONS-Egypt-revealed-Giant-birds-feline-heads-gripped-victims-cut-heads-pictured-coffins-manuscripts.html]
LORENZI, Rossela. Oldest Depiction of Ancient Egyptian Demons Found
DISCOVERY NEWS, 19.04.2016
[http://news.discovery.com/history/archaeology/oldest-depiction-of-ancient-egyptian-demons-found-160419.htm]

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Cabeça-de-Cone Encontrado por Arqueólogos em Arkaim



+ Mistérios de Arkaim
[http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2010/06/misterios-de-arkaim.html]

Arkaim é sítio arqueológico considerado o Stonehenge da Rússia. Ali, arqueólogos encontraram os restos mortais de uma mulher que viveu há cerca de 2 mil anos. 

O crânio da mulher é alongado como tantos outros que já foram achados nos mais diversos lugares do mundo. É mais uma inexplicável 'cabeça-de-cone.















RÚSSIA. CHELIABINSKY Oblast. Um esqueleto e um crânio - com o incomum formato alongado - cabeça-de-cone foi desenterrado no sítio arqueológico de Arkaim. Arqueólogos descobriram que os restos mortais pertenceram a uma mulher que viveu há quase dois mil anos. 

Os cientistas descartam qualquer conexão entre o crânio longo e extraterrestres do passado - como os entusiastas da teoria da origem alienígena do homem defendem.


Explicam a estranha formação óssea como resultado de algum procedimento ritual relacionado a tradições locais. (Tradições locais que aparecem em muitos locais já que esses crânios são achados em muitas partes do globo).

ARKAIM é um lugar misterioso cuja origem, cultura e povos que ali habitaram são um enigma para pesquisdores.

As escavações que - recentemente - resultaram neste achado, do crânio alongado, são esforços para elucidar a história do local e do povo que habitou suas edificações. Sobre o esqueleto, a pesquisadora Maria Makurova comentou:



Encontramos um esqueleto de mulher bem preservado. Existe a possibilidade de esta mulher tenha pertencido à tribo Sarmati, cujo território estendia-se por regiões dos atuais Ucrânia, Cazaquistão e Rússia meridional. 

O crânio alongado era uma deformação induzida, desde a quando a cabeça era envolta em talas e faixas apertadas que 'modelavam a ossatura. Isso, está claro - era uma tradição da tribo.

O esqueleto é centenas de anos mais recente que o sítio arqueológico. Os estudiosos estimam que Arkaim foi construída 1,700 anos antes de Cristo. 

Também acreditam que o lugar foi usado como observatório astronômico e consideram-no mais avançado que Stonehenge - Na Inglaterra.

Comparativamente: enquanto em Stonehenge era possível observar 10 fenômenos cósmicos usando 22 elementos ou estruturas, Arkaim permite monitorar 18 fenômenos celestes utilizando 30 estruturas.

Esses dados foram apurados pelo estudo comparado que o arqueólogo russo K.K. Bystrushkin empreendeu em 2003.

Desde que foi descoberto - em 1987, Arkaim tem proporcionado descobertas espetaculares. Além de restos humanos, no local já foram recolhidos inúmeros artefatos, objetos, alguns datando da Idade do Bronze (na Europa, período entre os anos 3200–600 a.C).

Apesar das explicações acadêmicas, que desprezam qualquer relação entre lugares como Arkaim e crânios alongados - com interferência ou presença de seres extraterrestres ou humanos pertencentes a uma civilização desconhecida,  o fato é que este sítio arqueológico e suas proximidades possuem uma tradição mais recente: são considerados lugares misteriosos.

Círculos de pedras com propriedades magnéticas, montanhas benditas e malditas e uma insólita floresta de árvores retorcidas com marcas de combustão -  são alguns dos enigmas da região.

O povo que habitou Arkaim desapareceu repentinamente. As causas estão sendo investigadas pelos cientistas mas, até agora, somente encontraram sinais de um formidável incêndio ocorrido milhares de anos atrás.

+ Mistérios de Arkaim
[http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2010/06/misterios-de-arkaim.html]

FONTES
GRIFFITHS, Sarah. Strange 'conehead' skeleton unearthed at Russia's Stonehenge: Elongated head was bound in tribal tradition 2,000 years ago
DAILY MAIL, 27.07.2015
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3176210/Strange-skeleton-unearthed-Russia-s-Stonehenge-Elongated-head-probably-bound-tribal-tradition-2-000-years-ago.html]
IDADE DO BRONZE
WIKIPEDIA, 29.07.2015
[https://en.wikipedia.org/wiki/Bronze_Age]
SOUTO MAIOR, A. HISTÓRIA GERAL.
São Paulo. ED Nacional, 1976

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A Estranha estátua Alienígena de Israel



ISRAEL. ARQUEOLOGIA. Nas cercanias das escavações arqueológicas do Kibbutz de Magen, em um local situado na fronteira da Faixa de Gaza - ao sul de Israel, em meio a ruínas bizantinas - no começo deste ano (2015), arqueólogos descobriram uma estranha estátua. 

A peça, datada em 2 mil anos, feita de mármore - representa uma criatura zoo-mórfica, algo entre o humano e cetáceo. 

Porém, a representação também remete àqueles entalhes, pinturas e estátuas de outras civilizações que são associadas a extraterrestres ou alienígenas (criaturas inteligentes não-humanas).

O chefe da equipe de escavações empreendidas pela Israel’s Antiquities Authority (IAA) - Alex Fraiberb, informa que a origem da estátua é um mistério.

Além do aspecto intrigante, ela foi encontrada em um local separado do conjunto do sítio. Apesar de assemelhar-se a um ser marinho ou aquático, estava soterrada distante quase 20 quilômetros do mar Mediterrâneo.



A arqueóloga especialista nos períodos romano e bizantino - Rina Avner, comentou: 'Acreditamos que esta peça é somente uma parte de uma obra maior que foi danificada.

O Busto foi removido do lugar de origem e removido para cá. A estátua completa que pode ter sido dedicada a Afrodite - deusa do amor e da beleza, nascida da espuma do mar ou - Poseidon, o Senhor dos Oceanos na mitologia grega.

Avner tenta fundamentar suas hipóteses pela associação de Afrodite com o mar e os golfinhos, que aparecem nas representações do nascimento da deusa.

A relação de Poseidon com cetáceos de todas as espécies é mais robusta, posto que esse deus foi frequentemente associados a estes animais, que nas pinturas e esculturas antigas ou renascentistas, sempre acompanham o rei dos mares como um cortejo de súditos.





Mas, se assim for, essa estátua tem de ser mais antiga que os dois mil anos estimados. Há dois mil anos a arte grega representava esses deuses de modo muito mais realista. 

A estátua de Gaza não se encaixa no estilo daquele naquele período mas sua estética aproxima-se bastante das imagens das divindades produzidas por culturas mais remotas, tanto no tempo quanto no espaço (IMAGENS ABAIXO E ACIMA).


Culturas que existiam muito antes do período romano-bizantino da ocupação de Israel e que floresceram muito tanto nas proximidades quanto muito longe do Oriente Médio.

Estátuas exóticas e relevos - por exemplo - cuja aparência é assemelhada ou tão exótica quanto a do Delfim Branco de Gaza, quase monolíticas, são encontradas entres os mistérios da cultura egípcia, suméria, fenícia e, ainda, do outro lado do mundo, entre povos da América pré-colombiana.

Dentre essas estranhas figuras muitas têm sido apontadas como registro de presença de alienígenas, extraterrestres, vivendo entre os povos da Antiguidade conhecida e em um passado ainda mais distante.

FONTE
Mysterious 2,000-year-old marble dolphin surfaces near Gaza
TIMES OF ISRAEL, 25.06.2015
[http://www.timesofisrael.com/2000-year-old-marble-dolphin-surfaces-near-gaza-strip/]

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Descoberta a Tumba de Filipe II, Rei da Macedônia

 

ARQUEOLOGIA. HISTÓRIA. Filipe II, (382-336 a.C.) famoso rei da Macedônia, pai do ainda mais famoso Alexandre, O Grande (356-323 a.C.) - morreu assassinado.

Político e guerreiro, entrou para a História da Civilização Ocidental depois de transformar seu pequeno reino em um dos mais poderosos da Antiguidade depois de dominar nações vizinhas, incluindo a Grécia, uma de suas primeiras conquistas.

Durante muitos anos, os historiadores e arqueólogos da modernidade não conseguiam localizar ou confirmar o local exato de seu túmulo.

Em 1970, pesquisadores descobriram uma tumba em Vergina (hoje, pequena cidade situada ao norte da Grécia, localizada na Macedônia Central).

Ali, foi achado um esqueleto com características do monarca (que reinou na Macedônia 359-336 a.C.) mas, não se podia afirmar com certeza se eram ou não os restos mortais do rei Filipe II.

Recentemente, um novo estudo realizado por Theodore Antikas e Laura Wynn-Antikas, parece confirmar a identidade daqueles restos mortais.

Os cientistas usaram a tecnologia da tomografia computadorizada e concluíram: os ossos pertenceram a um homem que não tinha completado 50 anos (Filipe da Macedônia morreu aos 46 anos).

Duas hérnias de disco em suas costas revelam o desgaste do esquelético de alguém que andava a cavalo com frequência, correspondendo ao perfil do estilo de vida do antigo rei.

Além disso, no mesmo túmulos repousavam, também, fragmentos ósseos de uma mulher que, supõem os historiadores, podem pertencer à sétima esposa daquele governante - e não a Cleópatra, como foi especulados durante alguns anos.

FONTE
La misteriosa tumba del padre de Alejandro Magno
NETNOTICIAS/MÉXICO, 14.05.2015
[http://netnoticias.mx/2015-05-14-1f13e2f7/la-misteriosa-tumba-del-padre-de-alejandro-magno/]

quarta-feira, 29 de abril de 2015

O Mistério das Ruínas de Por-Bajin



A estrutura, datada em 1,300 anos, pode ter sido uma fortaleza, um palácio de verão ou, ainda, um observatório. É um mistério histórico. IMAGEM gdehorosho.ru

RÚSSIA. POR BAJIN. Ou Por-Bazhyn é o nome de uma estrutura de ruínas localizada em terras altas, em uma ilha no meio do lago Tere-Khol - República de Tuva (um estado da Federação Russa), entre as cordilheiras das montanhas Altai e Syan, fronteira com Mongólia, no centro da Eurásia. Na linguagem Tuva - pois os Tuva são um povo - Por-Bazhyn significa 'casa de barro.

Ocupando praticamente toda a extensão da ilhota (que leva o nome do lago onde se ergue, lago Tere-Khol - imagem abaixo) - uma área medindo cerca de 35 mil m² onde foi erigida - Por Bajin tem resistido às pesquisas empreendidas até agora e permanece sendo um mistério.




Aparentemente, o complexo, um quadrilátero onde destacam-se enorme paredes. As exteriores, medem 10 metros de altura e até 12 metros de largura, o que que leva muitos estudiosos a estabelecer que o local poderia ser um tipo de fortaleza. Algumas dessas paredes, rebocadas com gesso, foram decoradas com uma faixa vermelha horizontal. Também foram identificados grandes portões e pátios.

No centro do complexo, destaca-se uma edificação maior dividida em duas partes ou câmaras ligadas entre si por uma passarela coberta, esta edificação possuía uma cobertura de telhas e era apoiada por 36 colunas de madeira erigidas sobre bases de pedra.

Há indícios que Por-Bazhyn pode ter sido construído durante a existência de um antigo império nômade - conhecido como Uyghur Khaganate ou Toquz Oghuz (povo turco antigo), datado entre 744 -840 d.C.. Sua idade, portanto, é estimada em 1,300 anos.

A ideia de que o lugar foi uma fortaleza não é unânime entre os estudiosos. Muitos acreditam que Por-Bazhyn pode ter sido um palácio, um mosteiro ou - ainda - um observatório astronômico.

Como sítio arqueológico, o lugar foi explorado, pela primeira vez em 1891. Outras incursões foram realizadas em 1957 e 1963 mas, somente em 2007 os arqueólogos começaram uma investigação sistemática.

Logo, descobriam a influência da cultura chinesa na arquitetura, como a utilização de telhas e semelhança com as cidades-castelos chinesas ou - como os Palácios Paradisíacos Budistas tal como são representados na pinturas da dinastia Tang.




Peritos - como a arqueóloga Irina Arzhantseva que, em 2011 publicou um artigo sobre o tema no The European Archaeologist -  asseguram que ...a arquitetura ali é tipicamente chinesa da primeira metade do século VII (anos 700 d.C.) - estilo característico da dinastia Tang

Porém, há muitas outras perguntas sem resposta. Os pesquisadores não entendem, por exemplo, a ausência de sistemas de aquecimento no complexo; nem mesmo rudimentares, sobretudo por quê Por-Bajin está localizado 3,200 metros acima do nível do mar significando que, ali, as temperaturas são muito baixas. É um lugar extremamente frio.

Outro ponto enigmático das ruínas é a incerteza sobre a configuração geográfica na época de sua construção. Existe a possibilidade que Por-Bazhyn tenha sido construído em terra firme. O lago, teria surgido depois, ilhando o local.

Também foram descobertos indicativos de que seus ocupantes abandonaram o local pouco tempo depois de construído e o motivo desse abandono é outro enigma das ruínas da ilha de Tere-Khol.

FONTES
LAMBIE, Derek. Who built this Siberian summer palace… and why?
THE SIBERIAN TIMES, 12/11/2014
[http://siberiantimes.com/science/casestudy/features/f0009-who-built-this-siberian-summer-palace-and-why/]
Por Bajin: The mystery hidden in Siberia
NEWS AUSTRALIA, 07/04/2015
[http://www.news.com.au/travel/world-travel/por-bajin-the-mystery-hidden-in-siberia/story-e6frfqai-1227293552690]

domingo, 26 de abril de 2015

O Mistério do Mercúrio em Teotihuacan



O arqueólogo mexicano - Sergio López encontrou, na pirâmide central de Teotihuacan (morada dos deuses) - a Pirâmide da Serpente Emplumada), no fim de um túnel, em uma câmara selada há 1,800 anos - mercúrio (em estado líquido - Hg). 

Considerando o significado (potencial) alquímico (química esotérica, metafísica) do Mercúrio em práticas rituais relacionadas a fenômenos sobrenaturais (ou mágicos), Gomez acredita que a exploração do local poderá revelar o túmulo de um rei. Trabalhando no túnel já há seis anos, Gomez reuniu milhares de artefatos. 

+ O Mistério das Esferas Metálicas de Teotihuacan, 2014
[http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2014/10/teotihuacan29.html]
+ O REINO PERDIDO DE CAIM
[http://www.sofadasala.com/mundosperdidos/oreinoperdidodecaim.htm]

MÉXICO. ARQUEOLOGIA. TEOTIHUACAN.  Nos primeiros dias de Abril (2015) - na entranhas das misteriosas 'ruínas da cidade pré-asteca de Teotihuacan, situada 30 km a nordeste de Cidade do México (capital do  uma equipe de pesquisadores do INAH-México (Instituto Nacional de Antropologia e História), liderada pelo arqueólogo Sergio Gomez, encontrou grandes quantidades de Mercúrio (metal em estado líquido).

O material, achado  no final de um túnel que conduz a uma câmara selada há 1,800 anos, poderá ajudar a elucidar algo mais do pouco que se sabe sobre Teotihuacan, uma cidade que já foi a maior das Américas, construída com gigantescos blocos de pedra.

Ali, entre os anos 100 e 700 d.C., habitaram cerca de 200 mil pessoas que desapareceram misteriosamente sem deixar qualquer registro escrito. Mais tarde, no século XIV, quando os astecas dominaram a região, Teotihuacan era uma colosso fantasma e um enigma.




Os pesquisadores acreditam que o Mercúrio, um metal prateado, de aparência sedutora porém extremamente tóxico para seres humanos e outros viventes, depositado naquele local, pode estar relacionado ao conteúdo da câmara que, os arqueólogos anseiam, seja o túmulo de um governante.

Seria uma descoberta extraordinária posto que apesar de décadas de exame daquelas ruínas, nada se sabe - além de conjecturas - sobre o povo que a construiu. 

Um dado, porém, é certo: este povo sem nome foi contemporâneo dos maias.também não há nenhuma indicação de por que o Mercúrio foi colocado lá e Gomez somente pode especular: talvez simbolize um rio ou lago subterrâneo.

No passado, Mercúrio foi encontrado em pequenas quantidades em alguns sítios arqueológico maia, mais ao sul. Porém, nunca, antes, foi  registrado um achado desses, em qualquer quantidade, em Teotihuacan.

O mistério se aprofunda: o Mercúrio era raro no México antigo, quase impossível de ser extraído de  seus veios naturais mas, devia ser muito apreciado por sua aparência brilhante em sua liquidez densa, coesa e fugidia. O Mercúrio, de fato, parece ser algo como prata viva e mortal.

Na década de 1670, os espanhóis escavaram Teotihuacan mas um trabalho metódico, científico somente começou, no local, muito mais tarde - nos anos de 1950.

Trabalhando na pirâmide da Serpente há 6 anos, Gomez e sua equipe já recolheram milhares de objetos como esculturas de pedra, joias finas, conchas gigantes.

Agora, com o achado dessa significativa quantidade de Mercúrio, os pesquisadores precisarão usar equipamentos de proteção para evitar a intoxicação. O objetivo é abrir a câmara até o final do período das escavações, no fim deste ano (2015).

+ O Mistério das Esferas Metálicas de Teotihuacan, 2014
[http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2014/10/teotihuacan29.html]




+ O REINO PERDIDO DE CAIM
[http://www.sofadasala.com/mundosperdidos/oreinoperdidodecaim.htm] 



+ Os deuses astronautas e as cabeças de pedra de Tiahuanaco 
NOITE SINISTRA, 06.02.2013
[http://noitesinistra.blogspot.com.br/2013/02/os-deuses-astronautas-e-as-cabecas-de.html]

http://noitesinistra.blogspot.com.br/2013/02/os-deuses-astronautas-e-as-cabecas-de.html

FONTE
MCLAUGHLIN, Kelly/REUTERS. Will secret tunnel inside the bowels of pre-Aztec pyramid reveal long-lost tomb of Teotihuacan's first king? Archaeologists find 'large quantities' of liquid mercury used in primitive burial
DAILY MAIL/UK, 24.04.2015
[http://www.dailymail.co.uk/news/article-3054296/Hunt-ancient-royal-tomb-Mexico-takes-mercurial-twist.html]

domingo, 11 de janeiro de 2015

Orichalcum. Arqueólogos acreditam ter encontrado o mítico metal dos Atlantes



ITÁLIA. Cidade de Gela, costa da Sicília, a uma profundidade de pouco mais de 3 metros, no leito do mar há 300 metros da praia - uma equipe de arqueólogos marinhos descobriu 39 lingotes de uma liga metálica desconhecida ou, no mínimo incomum, muito rara no universo dos achados arqueológicos. Os lingotes estavam à bordo de um navio Antigo, naufragado há cerca de 2,600 anos



A análise de fluorescência revelou que o metal é  composto de 75 a 80% de cobre e entre 15 a 20 % de zinco, além de pequenas quantidades níquel, chumbo e ferro.

Estudiosos acreditam que esta liga pode ser o que restou do arcano e misterioso orichalcum, o metal mais precioso da mítica Atlântida. 

Um dos arqueólogos da equipe que descobriu os lingotes, Sebastiano Tusa, comentou: Sabemos sobre o orichalcum através de textos antigos e uns poucos achados, que são objetos decorativos.

O texto antigo mais conhecido que menciona o orichalcum é o Crítias, de Platão. Eis um trecho do relato do filósofo grego:

Atlas tinha, então, uma família numerosa e honrada e seus descendentes mantiveram o reino por muitas gerações e detinham muitas riquezas, tantas quantas jamais foram possuídas por outros reis e potentados. Muitas especiarias eram trazidas de países estrangeiros mas a ilha era auto-suficiente e fornecia tudo que era necessário a uma vida confortável. O subsolo possuía minerais e um precioso metal do qual hoje só resta o nome: orichalcum.





Todavia, justamente porque o lendário orichalcum seria considerado o mais valioso e belo dos metais, há opiniões divergentes sobre esses lingotes da Sicília e objetos antigos feitos de material similar.

Embora raro, o metal dos lingotes não parece ser tão nobre quanto teria sido o orichalcum dos Atlantes. Este, deveria - se fosse uma liga, em estado natural ou forjada - ser composto de metais mais preciosos como ouro e prata. O orichalcum poderia, até mesmo, ser um outro metal, puro, já que - segundo Platão - era extraído do subsolo e não há outros detalhes sobre sua composição.

+ ATLÂNTIDA DE PLATÃO
In Plato's History of Atlantis
cap II de Atlantis, The Andiluvian World
de Ignatius Donnelly



Atlântida, a ilha, situada a oeste das Colunas de Hércules. "Quando os deuses fizeram a partilha do mundo, a Atlântida coube a Netuno [Poseidon], que ali viveu em companhia de Cleito [ou Clito]. De sua união com a mortal nasceram dez filhos, dos quais o mais velho era Atlas. Atlas recebeu do pai a supremacia da ilha, que dividiu em 10 partes, tomou uma para si e dividiu as restantes entre seus irmãos. Punida por seus vícios e seu orgulho, a Atlântida foi engolida pelo oceano". 
DICIONÁRIO DE MITOLOGIA GRECO-ROMANA. São Paulo: Abril Cultural, 1976.


FONTES
Misterioso metal ‘de la Atlántida’ fue hallado en antiguo barco hundido
ECUAVISA, 11/01/2015
[http://www.ecuavisa.com/articulo/noticias/internacionales/95271-misterioso-metal-atlantida-fue-hallado-antiguo-barco-hundido]
GRAY, Richard. Does metal found in a 2,600-year-old shipwreck prove that Atlantis DID exist
DAILY MAIL, 09/01/2015
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2901795/Does-strange-metal-2-600-year-old-shipwreck-prove-Atlantis-DID-exist-Mythical-red-alloy-said-lost-island-discovered-coast-Sicily.html]

sábado, 3 de janeiro de 2015

Sincretismo religioso antigo no amuleto de Chipre



O amuleto, com inscrição em palíndromo, encontrado em Chipre (ou Cyprus, República de Chipre). Artefato encontrado nas escavações da Jagiellonian University/Krakow em Paphos Agora. Semelhante a um medalhão o amuleto reúne elementos de culturas diferentes: escrito em grego, menciona o deus judaico e possui as representações de um deus romano, um egípcio e uma corruptela do Anúbis, também egípcio, para sua versão grega, rebaixado a uma criatura mítica. Foto: Marcin Iwan


CHIPRE. Em escavações realizadas na cidade de Nea Paphos, na ilha de Chipre, arqueólogos encontraram um amuleto datado em 1,500 anos.

A peça contém uma curiosa inscrição em palíndromo - texto que é lido do mesmo modo de trás para frente e vice-versa - bem como várias imagens, representações de de divindades que foram identificadas como sendo Osíris,  Harpócrates, deus do Silêncio e um mítico ser - um cinocéfalo (cabeça de cão).

O sitio arqueológico examinado pela equipe do Paphos Agora Project está centrado em uma antiga Ágora - um ou grande praça pública da antiga Nea Paphos. O lugar, habitado desde o período neolítico, em época pré-helênica, tornou-se um dos primeiros e mais importantes centros de culto da divindade Afrodite e outras, relacionadas à fertilidade.

A vocação de devoção à deusa justifica-se posto que, no relato mitológico, a ilha de Chipre o local de nascimento de Afrodite (ou a Vênus, romana). Ali, um templo foi erguido para ela pelos micênicos do século 12 a.C.. Este templo permaneceu ativo até o período romano.

Um relatório da Unesco informa que o sítio é uma vasta área de interesse arqueológico onde encontram-se ruínas de moradias, palácios, fortalezas, túmulos.


AMULETO

O objeto encontrado em Nea paphos - um amuleto - mede 3,5 cm de largura por 4,1 cm de altura. Semelhante a um pingente, o políndromo inscrição em umas faces, possui 59 caracteres. O texto, em grego, diz:

ΙΑΕW ΒΑΦΡΕΝΕΜ ΟΥΝΟΘΙΛΑΡΙ ΚΝΙΦΙΑΕΥΕ ΑΙΦΙΝΚΙΡΑΛ ΙΘΟΝΥΟΜΕ ΝΕΡΦΑΒW ΕΑΙ 

OU

Iahweh é o portador do nome secreto
o leão de Re seguro em seu santuário


Acredita-se que o uso de palíndromos remonta cerca de 2 mil anos e a prática tornou-se popular na Idade Média.  Os gregos Bizantinos costumavam escrever nas pias batismais:

ΝΙΨΟΝ ΑΝΟΜΗΜΑΤΑ ΜΗ ΜΟΝΑΝ ΟΨΙΝ
Lavai os pecados, não só o rosto

Este uso foi mantido em muitas igrejas em toda a Europa, em lugares tais como: a fonte da St. Mary's Church, Nottingham (UK); também na fonte da basílica de Santa Sofia, em Constantinopla (Turquia) e na fonte de St. Stephen d'Egres, Paris - França.



DEUSES & SINCRETISMO


Neste outro talismã, Osíris aparece mumificado, em pé em um barco. A direita da figura, distingue-se o perfil de um  cinocéfalo, possivelmente, Anúbis [detalhe baixo], acompanhando Osíris em sua jornada no além túmulo. 
Genevra Kornbluth, University of  Michigan, Special Collections Library.




Enquanto o texto em uma das faces do amuleto refere-se a Iahweh - um dos nomes atribuídos ao Deus do monoteísmo judaico, o outro lado da medalha mostra o egípcio Osíris, associado à vida no post mortem; a outra divindade representada é Harpócrates, o Senhor do Silêncio. 

O terceiro personagem não é - na Grécia, considerado um 'deus mas, uma criatura mítica, o cinocéfalo, o homem-cabeça-de-cão. Os cinocéfalos tornaram-se familiares para os gregos, importados da cultura egípcia, na qual o deus Anubis - deus dos mortos, é muito conhecido.

A pesquisadora da Jagiellonian University (sediada en Cracóvia, Polônia) - Ewdoksia Papuci-Wladyka, que lidera as escavações, comentou para a revista Live Science que as características do amuleto sugerem uma persistência, em Chipre, das antigas crenças politeístas tradicionais mesmo depois que o Cristianismo tornou-se religião oficial na ilha - no século V d.C. (anos 400). Tais amuletos eram usados para proteção, contra danos, doenças, perigos.

FONTE
HOLLOWAY, April. Ancient Greek amulet with strange palindrome inscription discovered in Cyprus
ANCIENT ORIGINS, 02/01/2015
[http://www.ancient-origins.net/news-history-archaeology/ancient-greek-amulet-strange-palindrome-inscription-cyprus-020151]