Na História da humanidade oficialmente reconhecida, entre os povos antigos, os egípicios sempre surpreenderam a "modernidade" com sua anacrônica capacidade de erigir edifícios e estátuas monumentais sem possuir, aparentemente, recursos técnicos para isso. Mas o mistério das tecnologias egípicias vai muito além da arquitetura.
Em 1998, pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley e da Universidade do Missouri, em St. Louis, desmontaram os olhos de uma antiga estátua egípcia: "O Escriba Sentado", atualmente sob a curatela do Departamento de Antiguidades Egípcias do Louvre (Department of Egyptian Antiquities of the Louvre).
"O Escriba", descoberto em Saqqara em 1850, pertence ao Antigo Império, entre a quarta e a quinta dinastias, entre 2600 a 2300 antes de Cristo.
Os cientistas descobriram um nível extraordinário de montagem e complexidade de design na “peça”.
Os olhos da estátua não são meramente decorativos, uma arte superficial em vidro mas, são lentes de cristal polido fixadas com cola e interagem em um complexo sistema óptico de "vídeo" vigilância.
Sob a lente aparente há um orifício atrás do qual estão outras duas lentes: uma convergente e outra divergente. E atrás dessas lentes há uma placa marrom-acinzentada com fios de cobre desfiados.
Esta descoberta levou os pesquisadores à conclusão de que o sistema óptico dos “olhos” da estátua foi projetado para uma concentração de fluxo de luz de amplo espectro permitindo exibição da imagem em matriz cristalina subjacente instalada em outro ambiente. Ou seja, as estátuas equipadas com este dispositivo eram estátuas "espiãs".
Os cientistas examinaram outras estátuas egípcias antigas e descobriram que algumas também possuem sistemas ópticos complexos nos olhos.
Isso indica que o uso de "câmeras de vigilâcia" era comum no antigo Egito e pode ter sido importante para fins de segurança e coleta de informações privilegiadas.
Essa descoberta renova o mistério: como os antigos egípcios conseguiram criar sistemas ópticos tão complexos sem o uso de tecnologia moderna? Quais eram suas habilidades e conhecimentos em óptica? Estas questões permanecem sem resposta.
Um "especialista" no assunto (um arqueólogo e não um físico), o professor de arqueologia John Smith, acredita que o uso de "CCTV" no antigo Egito pode estar relacionado às suas crenças religiosas.
“Os egípcios sempre tiveram fascínio pela magia e pelo misticismo. O uso de CCTV pode ter sido uma espécie de ritual sagrado, permitindo-lhes observar lugares sagrados e deuses”, diz o professor Smith.
É uma idéia pobre. Para arqueólogos e historiadores formados nas fábricas de acadêmicos atuais, todos os mistérios relacionados às antigas civilizações são explicados como parte de crenças ou rituais religiosos e o assunto está encerrado.
Uma estátua ka é um tipo de estátua egípcia antiga destinada a fornecer um local de descanso para o ka (força vital ou espírito) da pessoa após a morte. Os olhos dessa estátua mudam de cor conforme a intensidade e incidência de luz.
Os antigos egípcios acreditavam que o ka, junto com o corpo físico, o nome, o ba (personalidade ou alma) e o šwt (sombra), constituíam os cinco aspectos de uma pessoa.
NAS IMAGENS: A estátua KA do faraó Hor (ou Hórus), 13ª dinastia entre 1777 e 1732 a.C. (o período do reinado é incerto entre historiadores).
FONTE: https://en.wikipedia.org/wiki/Ka_statue
Todavia, a mesma ciência reconhece que os antigos egípcios estavam à frente de seu tempo em muitas áreas como matemática, astronomia, medicina e nesses casos não há meio de empurrar uma explicação de fundo religioso.
Outro pesquisador, o professor Jay Enoch, Universidade Berkeley - California, USA, comentou que essas lentes egípcias são muito finas (são feitas de cristal de rocha) e têm formato e estrutura perfeitos para o olho.
Os olhos da estátua de madeira do Faraó Hórus parecem azuis e cinza dependendo do ângulo de luz e até imitam a estrutura capilar da retina.
De fato, foi constatado que os olhos dessas estátuas são feitos de um cristal de rocha chamado Rhinestone (cristal do Reno) ou, ainda, strass, como é conhecido atualmente este material depois que sua versão sintética começou a ser produzida.
Somente no século XVIII, o joalheiro fracês de Alsácia, Georg Friedrich Strass (1701-1773), desenvolveu imitações de diamantes (semelhantes aos produzidos com Rhinestone) revestindo a parte inferior do vidro com um tipo de chumbo e pó metálico.
FONTES
Crystal Eyes Of Ancient Egyptian Statues Or High Technology That Cannot Explain
PUBLISHED IN 23AUG2023
https://greatplainsparanormal.com/6409009-crystal-eyes-of-ancient-egyptian-statues-or-high-technology-that-cannot-explain-alternative-view
High-tech eyes of ancient Egyptian statues
PUBLISHED IN 29OUT2023
https://ordonews.com/high-tech-eyes-of-ancient-egyptian-statues/
Secrets of Ancient Egyptian Statues
PUBLISHED IN 2022
https://jordsantos.com/secrets-of-ancient-egyptian-statues/
SOBRE O FARAÓ 'HOR: https://en.wikipedia.org/wiki/Hor
SOBRE RHINESTONE OU STRASS: https://en.wikipedia.org/wiki/Rhinestone