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domingo, 10 de setembro de 2017

SUÉCIA - A GUERREIRA VIKING DE BIRKA


Ilustração de Evald Hansen: reproduz a condição original do túmulo, no sítio arqueológico escavado pelo arqueólogo sueco Hjalmar Stolpe. Publicado em 1889. (Uppsala University)

ARQUEOLOGIA. SUÉCIA. Evidências obtidas através de testes de DNA provaram que os restos de um guerreiro viking enterrado em Birka - Suécia, datado do século X (anos 900) - são de uma mulher.


O túmulo foi descoberto no final do século 19 pelo arqueólogo sueco Hjalmar Stolpe e o achado foi presumido ser de um homem. [O cadáver] foi enterrado com armas, cavalos e itens de uso militar.

A arqueóloga da Universidade de Uppsala (a mais antiga de toda Escandinávia localizada na cidade de Uppsala) em parceria com Universidade de Estocolmo, Charlotte Hedenstierna-Jonson comentou:

'Na verdade é uma mulher, idade em torno de 30 anos e bastante alta, medindo em torno de 1,70 m. O estudo foi publicado No American Journal of  Physical, na sexta-feira - 08 de Setembro de 2017. Hedenstierna-Jonson, informou ainda:



'Além do equipamento encontrado - uma espada, um machado, uma lança, flechas, uma faca de batalha, escudos e dois cavalos - ela tinha no colo um tabuleiro, uma espécie de tábua de jogo mas que, de fato, servia para traçar estratégias de guerra, o que indica que ela era uma líder militar poderosa.

Há alguns anos atrás, a osteologista da Universidade de Estocolmo, Ana Kjellström, estudou os restos mortais e notou que os quadris eram de mulher, as maçãs do rosto são mais finas do que se espera de um homem. Este estudo dos ossos revelou que 'o guerreiro' era mulher mas, na época, o meio acadêmico recebeu a ideia com ceticismo.

Agora, o exame de DNA mostrou que Kjellström estava certa. Os resultados apontam a falta de um cromossomo Y e uma estrutura genética semelhante à dos atuais norte-europeus.

Os autores do estudo escreveram: A identificação de um guerreiro viking mulher fornece uma vis]ao única sobre a sociedade viking, padrões sociais e exceções à norma do período.

Provavelmente, era bastante incomum mas, nesse caso, temos uma situação que deve estar relacionada com o papel dessa mulher na sociedade e na família.

O professor Matias Jalobsson, da Universidade de Uppsala afirmou: Esta é a primeira confirmação formal e genética de uma guerreiro viking feminino.

HISTÓRIA & MITO


Hervor, filha de Heidrek, morrendo na batalha entre godos e hunos. Pintura de Peter Nicolai Arbo. 

Apesar das longas controvérsias - entre acadêmicos - sobre a realidade de uma guerreira viking, o que a biologia arqueológica confirma recentemente (2017) corresponde à narrativa mitológica, tradicional dos povos daquela região.

As 'Donzelas de Escudo - as 'shield-maiden estão presentes nas crenças tradicionais milenares da Escandinávia. Também aparecem nas lendas germânicas, inspiração da crença nas míticas guerreiras Valquírias. Todavia, sua existência histórica tem sido debatida.

Não obstante serem poucos, existem uns poucos registros históricos de participação de mulheres na guerra. O historiador bizantino, John Skylitzes, reconhece o fato na Batalha da Bulgária em 971 DC., quando Sviatoslav combateu com os bizantinos.  

Saxo Grammaticus (1150 - c. 1220) - historiador dinamarquês medieval - relata que 'mulheres de escudo lutaram ao lado dos dinamarqueses nas Batalha de Brávelli, em 750 d.C.. 

FONTES
NAYLOR, David. First genetic proof that women were Viking warriors
Publicado em 08 de Setembro de 2017
https://phys.org/news/2017-09-genetic-proof-women-viking-warriors.html
A female Viking warrior confirmed by genomics
IN AMERICAN JOURNAL OF PHYSICAL ANTHROPOLOGY
08 de Setembro de 2017
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajpa.23308/full 
WIKIPEDIA. Shield-maiden
https://en.wikipedia.org/wiki/Shield-maiden

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Vikings. As Extraordinárias Espadas de Ulberht


 
Uma espada Ulfberht exibida no Museu Nacional Germânico, Nuremberg, Alemanha. (Martin Kraft)

MISTÉRIOS ARQUEOLÓGICOS. As espadas de Ulberht, lâminas vikings extraordinárias, são forjadas com um metal tão puro que não se conhece, Historicamente, no mundo (ao menos no mundo Ocidental) - nenhuma técnica de forjar metais tão sofisticada em época tão recuada. De fato, a metalurgia ocidental somente alcançou semelhante grau de perícia no período da chamada Revolução Industrial.

Ocorre que as Espadas de Ulberht são datadas entre os anos 800 e 1000 d.C (Era cristã). Um documentário produzido pelo canais de informação multimidia National GeographicNOVA Television - Secrets of the Viking Sword, 2012 - chama a atenção para esse enigma histórico-cultural. Em todo o mundo, somente 170 lâminas Ulberht foram encontradas até agora (fevereiro, 2014).

No processo atual, avançado, de forja (preparação) do ferro para moldagem de instrumentos, artefatos, o minério precisa ser aquecido a um temperatura de 3 mil graus centígrados, tornando-se extremamente liquefeito, permitindo ao ferreiro (ou aos filtros de uma siderurgia) remover as impurezas do material - chamada de 'escória'. (Porque o ponto de fusão da escória é diferente do ponto de fusão do Ferro).

 

A diferença de pureza pode ser visto na consistência. Lâmina Ulfberht (ESQ.), quase livre de escória - em comparação com um exemplar, sua contemporânea. (Tela/NOVA/National Geographic)

Além disso, o ferro trabalhado para a confecção de objetos como espadas - esse ferro precisa ser mais que afiado; ele tem de ser forte, resistente. 

Para isso mistura-se carbono à matéria prima magmática. O ferreiro medieval não possuiu fornos que pudessem alcançar temperatura tão alta, por isso, a retirada da escória era muito difícil, feita de forma direta, manual - insuficiente paea obter ferro puro o bastante para gerar uma espada de Ulberht.

As Ulberht reúnem as virtude de força e flexibilidade. Nos Estados Unidos, no estado de Wisconsin, reside uma das poucas pessoas, na face da terra, com a habilidade necessária para forjar uma espada de Ulberht - o mestre ferreiro Richard Furrer.

Furrrer acredita que, na Idade Média, um ferreiro capaz de fabricar algo como uma lâmina Ulberh, teria sido considerado possuidor de poderes mágicos. E explica: Uma arma forte, resistente e ao mesmo tempo, tão flexível que poderia dobrar-se sem se quebrar seria temível como sendo algo sobrenatural, encantado.

Para fazer sua própria espada viking, Furrer passou dias trabalhando continuamente, empregando, meticulosamente, tecnologia medieval tradicional sem sucesso. 

É possível que as espadas Ulberht sejam uma evidência de um contato cultural não registrado - ainda - pela história. Há motivos para crer que o know-how da fabricação dessas espadas seja proveniente do Oriente Médio, resultado de relações comerciais pouco conhecidas entre aqueles povos.

FONTE: MACLSAAC, Tara. Mysterious Viking Sword Made With Technology From the Future? 
EPOCH TIMES, Feb/10/2014 
[http://www.theepochtimes.com/n3/499601-mysterious-viking-sword-made-with-technology-from-the-future/]