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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

📚 GIGANTES, MUITO ALÉM DA MITOLOGIA

pesquisa & texto Lygia Cabus
EDIÇÃO ORIGINAL: Setembro de 2006

Gigantes são, geralmente, considerados como personagens mitológicas; fantasia de estórias infantis ou exagero dos relatos históricos e religiosos, símbolos de poder, figuras criadas pela imaginação dos antigos. Sendo assim, como explicar as peças arqueológicas que remetem à existência destas criaturas? 

Esqueletos, monumentos ciclópicos, encontrados em todo o mundo, cuja engenharia a ciência contemporânea não consegue explicar? Com tantos registros e evidências não seria absurdo supor que eles existiram e desempenharam um papel muito importante na história da raça humana.

Os cientistas resistem em aceitar essa idéia. A confirmação da existência destes seres provocaria, necessariamente, uma mudança radical em mais de uma área do conhecimento: história, biologia evolucionista, arqueologia, antropologia.

Entretanto, a busca da verdade científica exige flexibilidade de pensamento capaz de rever as teorias ortodoxas diante de descobertas inesperadas que, eventualmente, venham a acontecer.

Muitos estudiosos têm defendido a teoria de uma raça pré-Adâmica e a existência de raças humanas que podem ter habitado o planeta em épocas muito remotas. 

Nessa linha de raciocínio os gigantes são uma hipótese significativa que não pode ser simplesmente descartada sem uma investigação minuciosa; existem mitos numerosos que se referem a eles. 

Considerar todos esses mitos como mera fantasia é, no mínimo, uma atitude ingênua e preguiçosa daqueles que preferem a ignorância ao trabalho de pesquisa e de possível reformulação de um conjunto de idéias comodamente estabelecido. Um exemplo clássico de referência histórica à existência de gigantes é um texto da Bíblia judaico-cristã:
Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas e escolheram esposas entre elas. 

O Senhor então disse: "Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos.

Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados em tempos antigos. [GENESIS 6:1-4]

O texto acima refere-se gigantes vivendo em uma época antes do dilúvio de Noé e depois desta grande inundação. Freqüentemente, são denominados Nephilim e relacionados aos "anjos caídos". Adão, tal como aparece no texto bíblico, é considerado o primeiro ser humano criado por Deus. 

Seria, então, um indivíduo. Entretanto, é de senso comum que a maior parte do Gênesis é uma escritura essencialmente alegórica e, portanto, Adão pode ser entendido como um nome genérico designativo de toda uma geração de humanos pertencente a uma raça anterior ao surgimento do homo sapiens, a espécie humana conhecida atualmente. 

Essa concepção abre espaço teórico para a admissão da raça ou raças pré-adâmicas. Seguindo a mesma lógica e considerando o conhecimento contemporâneo da geologia, é perfeitamente admissível que catástrofes naturais como o dilúvio não tenham ocorrido somente uma vez na história do planeta; ao contrário, vários cataclismas mudaram a face da Terra aos longo das eras.

Estes episódios são mencionados em numerosos textos das mais diferentes culturas. Os registros sobre os gigantes aparecem sempre relacionados a uma época bem anterior ao "Adão bíblico". Muitos estudiosos, entre os quais o mais popular é autor de best sellers Eric Von Daniken (Eram os Deuses Astronautas e outros), têm interpretado os "anjos caídos" ou a "queda dos anjos" como uma visita de seres extraterrestres que chegaram a este planeta em um tempo que a ciência denomina de pré-história. 

Tais seres teriam realizado um mega-processo de colonização da Terra que incluiu interferências na atmosfera e experiências genéticas cujo resultado foi a espécie humana; uma espécie que evoluiu através de diferentes tipologias cuja descêndencia é a humanidade contemporânea.

Uma das "pistas" mais citadas para a interpretação das personas angélicas com seres de outros planetas é a palavra "elohim", que também aparece no Gênesis bíblico referindo-se ao "Criador de todas as coisas", o "o Senhor". 

Ocorre que "elohim" é uma plural que significa "deuses", em contraposição ao singular "Elohi"

Outra palavra que sugere um Criador ou uma criatura humanóide é "Jeová", cuja análise etmológica revela a contração de dois vocábulos hebraicos "Yod + Eva", mais precisamente, "Jah-Hovah" ou ainda "Jod-Hoavah", duas palavras que se referem a "macho" e fêmea", respectivamente, ou seja, um ser hermafrodita.

o Hermafroditismo teria sido uma característica das primeiras raças humanas tal como aparece na estrutura biológica de alguns organismos que existem até hoje, especialmente entre criaturas microscópicas, planta ou em vermes, como a minhoca. 

A Doutrina Secreta defendida pelos adeptos da Teosofia apresenta uma teoria completa da evolução das raças humanas ou Antropogênese, começando por seres etéreos e assexuados, passando por densificação dos corpos, da forma, pelo hermafroditismo chegando, finalmente, às primeiras raças sexuadas com indivíduos machos e fêmeas. 

A Teosofia mantém essa hipótese sem nenhum recurso à interferência de extraterrestres, atendo-se apenas a concepção de evolução humana em tempo simultâneo ao próprio surgimento da Terra, em seus primórdios, como esfera em estado de fusão e densidade mais próxima da matéria líquido-gasosa (estado crítico) que se torna matéria sólida ao longo de trilhões de anos.

Os gigantes, uma raça de humanos desaparecida, seja como fruto de experiências genéticas de extraterestres ou uma raça arcaica, seraim, então, parte de uma cadeia de tipos humanos criados em um ciclo natural de evolução da natureza terrena e poderiam, de fato, ter existido. 

Mitologias de muitos povos falam desses homens colossais. Ainda na Bíblia, um deles chega a ser explicitamente nomeado: Golias, um guerreiro filisteu, aquele que foi derrotado pelo pequeno Davi, segundo rei dos judeus.

Também os gregos contam histórias de gigantes referindo-se a eles como uma primeria geração de filhos de deuses, nascidos da união da Terra (Gaia) com o Céu (Urano):


Prometeu, o Titã, acorrentado, sofre o castigo de Zeus por ter roubado o fogo dos deuses para entregá-lo aos homens. A águia come o fígado do Titã que se recompõe eternamente para ser novamente devorado. Prometeu foi salvo por Hércules. ILUSTRAÇÃO: Rubens.

Fecundada por ele [Urano], Gaia dá à luz os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (gigantes de cem braços e cinquenta cabeças)... A lenda cosmogônica de Hesíodo mostra Cronos [um Titã], o Tempo, indomável filho de Gaia e Urano, revoltado contra o pai por este fecundar incessantemente a mãe... 

Para que Gaia não continue gerando infinitamente, Cronos corta aos testículos do pai... Ao cair sobre a Terra, o sangue de Urano ainda uma vez a fecunda, gerando as Erínias.. os Gigantes e as Melíades, ninfas das árvores. (Mitologia, vol. III)

Entre os povos nórdicos, também chamados vikings, os gigantes são personagens de inúmeras lendas, a começar pela Antropogênese, tal como na Grécia. 

Ali, nas regiões geladas do norte europeu, o Gigante de neve Ymir deu origem a todos os outros gigantes do mundo.

Somente depois dos gigantes é surge a raça de humanos tal como a conhecemos hoje, criada por deuses. 

Na mitologia viking, gigantes, homens comuns e deuses conviveram e muitas estórias falam de episódios envolvendo as três raças, como a união entre o deus Freyr e a gigante Gerd.

Também são famosos gigantes como Kvasir, de cujo sangue foi feito o hidromel, uma espécie de vinho que confere a quem o bebe a inspiração para criar poesias magníficas. 

O hidromel era guardado por outro gigante, Suttung. Odin (um deus), seduzindo a filha de Suttung, Gunnlod, também gigante, roubou a bebida mágica que, desde então, tornou-se exclusiva para o consumo dos deuses.

Vários trechos de A Doutrina Secreta (obra teosófica), no volume denominado Antropogênese, de H.P. Blavatsky, transcendem a esfera da lenda fazendo referências históricas à existência dessas criaturas fantásticas:

Porque, em verdade existiram Gigantes (...) na ordem da criação, encontramos testemunhos que atestam a existência, na flora, das mesmas dimensões proporcionais, variando pari passu com as da fauna. (...) A série evolutiva do mundo animal prova que o mesmo se passou nas raças humanas. (p. 294)

Tertuliano (...) certificou que havia, no seu tempo, um certo número de de gigantes em Cartago (...) jornais de 1858 (...) mencionam o achado de um "sarcófago de gigante" no sítio ocupado por aquela cidade. (...) Filóstrato (...) fala de um esqueleto gigante de 22 côvados, visto por ele próprio no promontório de Sigeu. (p. 196)

Era crença de toda a antiguidade, pagã e cristã, que a humanidade primitiva foi uma raça de Gigantes. Algumas escavações feitas na América (em terraços e cavernas) puseram a descoberto, em casos isolados, grupos de esqueletos com nove e doze pés de altura. 

Tais esqueletos pertencem a tribos dos primeiros tempos da Quinta Raça [a atual] e cuja estrutura degenerou para a média atual de cinco a seis pés. Podemos admitir sem dificuldade que os Titãs e os Ciclopes das idades primitivas eram realmente da Quarta Raça (a Atlante) ... Ciclopes reais (...) eram mortais dotados de "três olhos". (p. 311)

CICLOPES (...) as ruínas ciclópicas (assim chamadas até hoje) são uma prova da existência dos Ciclopes, aquela raça de gigantes (...) a Quarta Raça Primitiva (...) podia possuir três olhos, sem que o terceiro olho fosse necessariamente no meio da testa ... (p. 312)
Os "buddhas" do Vale Bamiyan, Afeganistão, hoje destruídos pela ação da milícia taleban. As estátuas maiores têm proporções colossais: 55 metros e 38 metros de altura, respectivamente.
A Antropogênese teosófica defende a existência dos gigantes, em um passado remoto, com argumentos colhidos nas mais diferentes culturas do mundo. 

A Bíblia é um referencial dos menos importantes diante de outros exemplos que são mencionados. Nos textos indianos e tibetanos essa raça de gigantes, em estágio evolutivo em que os sexos já haviam se separado em machos e fêmeas, é denominada Dânavas.

Esses gigantes, cujo corpo e metabolismo ainda não eram inteiramente densificados na matéria física atual, engendraram descendência com animais gerando monstros hoje conhecidos, também através de relatos lendários, como criaturas cuja aparência misturava características antropomórficas e zoomórficas: sátiros, faunos, centauros, são os exemplos mais conhecidos.
Entre os testemunhos arqueológico-arquitetônicos da realidade de uma raça de gigantes, os teósofos mencionam monumentos colossais bastante conhecidos: pirâmides, que no passado foram consideradas como peculiaridade da civilização egípcia, hoje espantam o mundo com suas similares; primeiro as descobertas na América pré-colombiana e mais recentemente, pirâmides na Bósnia, na Ucrânia e na China. 

Os círculos de pedras como Stonehenge (Inglaterra), que possuem seus "aparentados" em vários lugares do mundo sendo que última ruína deste tipo foi descoberta em território brasileiro, no estado do Amazonas.
As estátuas inexplicáveis e gigantescas da Ilha da Páscoa (ilustração acima); os "budas" do Afeganistão, destruídos pelo fanatismo religioso dos Talebans, muçulmanos que dominaram aquele país até pouco tempo, quando foram destituídos pela intervenção bélica norte-americana. Estes cinco "budas" seriam, na verdade, representantes das cinco raças humanas; quatro já extintas sendo a quinta, a raça atual.

Eram estátuas de tamanhos diferentes; a maior era colossal, ou seja, uma referência às dimensões gigantescas dos homens entre a primeira e a quarta raça. A raça contemporânea, de hoje, a quinta raça, de menor estatura, foi precedida pelos gigantes Atlantes (quarta Raça) e Lemurianos (Terceira Raça). 

SEM OSSOS
A primeira e a segunda Raças, formadas por indivíduos de proporções também colossais não eram, porém, dotadas de corpos densos sendo por isso denominadas de "os sem ossos". 

O evolucionismo teosófico, que em tudo se contrapõe ao darwinismo e à antropologia acadêmica ortodoxa, sustenta-se também recorrendo a elementos da geologia e da bioquímica:

Até mesmo a simples forma física e a evolução das espécies mostram como procede a Natureza. 

O gigantesco Sáurio coberto de escamas, o Pterodáctilo, o Megalossauro e o Iguanodonte... todos esses monstros "antediluvianos"... apareceram sob a forma de infusórios filamentosos, sem carapaça nem concha, sem nervos, músculos e orgãos, nem sexo, reproduzindo suas espécies por gemação, como o fazem também os animais microscópicos... 

Por que então não podia suceder o mesmo ao homem? Por que não haveria ele, em seu desenvolvimento, isto é, em gradual condensação, de conformar-se à mesma lei? 

Todas as pessoas isentas de preconceitos hão de preferir acreditar que a Humanidade Primitiva tinha uma forma etérea - ou... uma forma imensa, filamentosa, de aspecto gelatinoso que sob a ação de Deuses ou "Forças" naturais evolucionou e se condensou durante milhões de séculos e que, em seu impulso e tendência físicos chegou a assumir gigantescas proporções até ganhar estabilidade com enorme forma física do homem da Quarta Raça [Atlantes]... (p 167/168)

Se podemos conceber uma bola de "névoa ígnea" que se converte pouco a pouco - à medida que gira nos espaços interestelares durante evos e evos - em um planeta, em um globo com luz própria para finalmente ser um Mundo ou uma Terra povoada de homens, havendo assim passado de corpo plástico e mole para um Globo rochoso; se vemos tudo evolucionar neste Globo desde o ponto gelatinoso... 

Protoplasma, Monera, que logo passa do seu estado de protista à forma animal para depois crescer e tornar-se um gigantesco e monstruoso réptil... e mais tarde diminuir gradativamente até o tamanho do crocodilo... como só o homem, então, poderia subtrarir-se à lei geral? ... A crença nos Titãs tem por fundamento um fato antropológico e fisológico.(p 170)
Há muito o homem contemporâneo acostumou-se a pensar em gigantes, centauros, sereias e outros seres fantásticos como personagens mitológicos, figuras simbólicas, alegorias cuja existência objetiva seria completamente impossível. 

Os relatos dos povos antigos são considerados como uma incrível proeza de imaginação que, entretanto, de alguma forma, deve ter-se perdido posto que a humanidade atual não é capaz de conceber nem sequer uma pequena fração dessas fábulas por conta própria.

É o caso de se perguntar como e por quê, na Antiguidade, a psique de sociedades inteiras perdia-se em tão exóticas criações. 

Talvez, se hipóteses de estudiosos como Eric von Daniken ou as teorias teosóficas fossem examinadas com mais seriedade pela ciência pós-moderna descobertas surpreendentes pudessem acontecer. 

Os antigos não seriam, então, tão alucinados e suas histórias e mitos poderiam ser explicados como relatos verdadeiros baseados em fatos e criaturas extintas mas que um dia, foram reais. Meditemos...

BIBLIOGRAFIA
Bíblia Sagrada. São Paulo: Ed. Claretiana, 2005.
BLAVATSKY, H.P.. A Doutrina Secreta vol III - Antropogênese. [Trad. Raymundo Mendes Sobral] São Paulo: Pensamento, 2001.
Giants - A Result of Genetic Warfare - IN TOHTH WEB
Mitologia Greco-Romana - vol I. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Os Viquingues vol I. (coleção Grandes Impérios e Civilizações). Madrid: Ed. del Prado, 1997.
Pesquisa e texto original: Lygia Cabus

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

🌑 TEOSOFIA. A LUA É UM CADÁVER VAMPIRIZADO PELA TERRA

Em Astrologia, a Lua Negra é um corpo celeste que transita numa órbita invisível para a astronomia oficial. Os cabalistas hebreus referem-se a este astro misterioso como Lilith, a Lua Negra. 

Apesar de ser raramente perceptível aos instrumentos de observação, os astrônomos Riccioli, Cassini e Alischer confirmaram sua existência.

Os pitagóricos chamaram esse astro de Vulcano, classificando-o como um segundo satélite da Terra; alguns ocultistas denominam-no Antiterra, um planeta análogo à Terra que descreveria uma elipse em sentido contrário ao terreno. 

No oráculo de cartas Taro, Lilith está associada à carta da Lua (XVIII) e sua face obscura, cujos conteúdos simbólicos remetem aos impulsos do inconsciente, ao domínio das ilusões, aos "estados de sono da alma", às práticas de feitiços e sortilégios.
 
Em Teosofia, ou na 'Velha Religião", os segredos da Lua Negra pertencem ao conhecimento profundo da cosmogênese, alcançado por poucos entre os mais elevados Iniciados. Os teósofos afirmam que a Lua precede a Terra; é mais velha.

Na hierarquia evolutiva do cosmo, a Lua é mãe da Terra. Os "Deuses Lunares", os Pitris (entre os indianos), são ancestrais da raça humana: 

As mônadas Lunares ou Pitris, que são os antepassados do homem, assumem na realidade a própria personalidade humana. (BLAVATSKY. 2000, p 222).

Na cadeia planetária admitida em Teosofia, um globo que morre transfere sua energia para um outro que nasce. Envelhecendo, a Lua tornou-se virtualmente um planeta morto, no qual a rotação quase cessou, após o nascimento do nosso Globo. 

A Lua é, sem dúvida, o satélite da Terra; mas isso não invalida a teoria de que ela deu tudo à Terra, exceto o seu cadáver. (...) E antes que esta [a Terra] chegue à sua Sétima Ronda, sua mãe, a Lua, ter-se-á dissolvido no ar sutil...  (BLAVATSKY. 2000, p 199-200). 

Nessa condição de cadáver, o simbolismo da Lua agrega numerosos atributos mórbidos:

A Lua é hoje frio resíduo, a sombra arrastada pelo corpo novo para o qual se fez a transfusão de seus poderes e princípios de vida. Está agora condenada a seguir a Terra durante longos Evos, atraindo-a e sendo por ela atraída. Incessantemente vampirizada por sua filha, vinga-se impregnando-a com a influência nefasta, invisível e venenosa que emana do lado oculto de sua natureza. 

Pois é um Corpo morto, e no entanto vive. As partículas de seu cadáver em decomposição estão cheias de vida ativa e destruidora, embora o corpo que elas anteriormente formavam esteja sem alma e sem vida. (...) Como os fantasmas e vampiros, a Lua é amiga dos feiticeiros e inimiga dos imprudentes. (BLAVATSKY. 2000, p 200).

É na Lua que os teósofos localizam a região de Kama-Loka ou o Mundo Sublunar, para onde migram os mortos e onde permanecem para expurgar, de sua essência espiritual, as impurezas do materialismo, dos erros e crimes terrenos e onde deverão despir-se de seu Kama-rupa, o corpo-alma astral-animal.

LILITH: MITOLOGIA DA LUA NEGRA
Lilith, representação em tabuleta de argila, Mesopotâmia. Na figura, as características clássicas: a mulher, um demônio. As garras de ave de rapina, as asas, ladeada por duas corujas e dois leões. Peça datada em cerca de 2000 anos antes de Cristo.

Lilith é uma dessas figuras mitológicas cujas origens se perdem em nebuloso passado. Os relatos de sua biografia são contraditórios, depois de milênios de misturas entre crenças de vários povos. O sincretismo mais conhecido é a combinação entre lendas mesopotâmicas e israelitas. As narrativas mais antigas são encontradas na cultura da Suméria.

No épico babilônico Gilgamesh (2000 a.C.) ela aparece como uma prostituta estéril com aparência zoomórfica, bela e jovem, dotada de pés de coruja e asas de morcego. 

Os atributos dos seres noctívagos são os signos da afinidade de Lilith com as horas noturnas e, por extensão, com as trevas, a escuridão.

Sua natureza maligna, demoníaca, de espírito violento e tempestuoso, migrou, dos caldeus para os judeus. Nos livros sagrados do judaísmo o mito de Lilith está inserido numa versão não oficial da antropogênese.

Há referências no Talmud, no Zohar e no Tora. Enredos confusos envolvem a personagem: ora aparece como a mulher insubmissa, que precedeu Eva mas, por sua rebeldia, foi expulsa do Paraíso; ora, é personificação que se refere a uma espécie de "história não contada" de Eva.

A tradição apócrifa afirma que Deus teria falhado na criação da primeira mulher. Fazendo a criatura de barro e sopro, tal como fizera com seu primogênito, tornara-a igual a ele. Esta era Lilith: arrogante, alegava sua substancial igualdade para recusar sujeição ao marido. 

Amaldiçoada por Deus, abandonou o paraíso e foi habitar o deserto, na região do Mar Vermelho: Lá onde habitam os demônios e espíritos malignos (...) um lugar maldito.

Outra versão, apresenta razão diferente para a revolta de Lilith. A primeira mulher de Adão, a tradicional Eva, teria tido filhos. Entretanto, os anjos, enciumados por causa das atenções de Deus para com o homem, vingativos, mataram impiedosamente as crianças.

Embrutecida pelo infortúnio supremo, Eva transforma-se em Lilith e abandona o Jardim das Delícias. Nada lhe restava senão dirigir-se aos mundos subterrâneos onde, aliando-se aos demônios, aprendeu as artes mágicas e a prática do vampirismo tornando-se, por fim, ela própria, um demônio dentre os mais poderosos da face da Terra.

NOIVA DE SAMAEL


Foi ali, no Hades (grego) ou no Inferno (católico-cristão), que Lilith encontrou Samael, o Senhor das Forças do Mal do Sitra Achra (do outro lado). Tornaram-se amantes. Lilith é denominada "a noiva de Samael". Juntos, eles reinam sobre todos os males que afligem a humanidade. 

Dessa união resultou uma descendência demoníaca: Lilith dava à luz (ou melhor, à treva) cem demônios por dia, prole conhecida como Liliotes ou Linilins.

Enquanto isso, no Éden, Deus providenciou uma segunda mulher para o solitário Adão. A fim de evitar pretensões feministas, resolveu o Senhor produzir esta outra a partir de uma parte do corpo do próprio Adão. Escolheu a costela, que não havia de fazer falta, mísera carne revestindo um osso pequeno e torto. A nova Eva nasceu como um subproduto de Adão.

Porém, mais uma vez, ainda que razoavelmente submissa, foi a Eva curiosa, que sucumbindo ao desejo pela maçã do conhecimento, arrastando o marido em sua ousadia, provocou a expulsão definitiva da raça humana que, fora dos domínios de Deus, haveria de amargar todas as dificuldades e tragédias que fizeram e fazem a história da humanidade.

Estabeleceu-se, desde então, o eterno conflito que atormenta o homem sempre dividido entre impulsos, para o bem e para o mal. 

Assim como o Diabo, a Serpente, o Satanás, Lilith representa a maldade em seu lado feminino, inspirando desde os malogros da sortes às ações mais pérfidas dos indivíduos.

São alguns dos "títulos" de Lilith: Rainha do Mal, Rainha da Noite, Mãe dos Súccubus, Mãe dos Demônios, Lua Negra (este último, uma relação com a simbologia astrológica). 

Por conta de seu tenebroso currículo, as origens de Lilith foram coloridas com detalhes mais fortes. Uma vez demônio, teria sido criada, "na verdade", de pó e excrementos ou ainda, de saliva e sangue (tradição hebraica).

AS MALDIÇÕES DE LILITH
Samael é um demônio polígamo. Tem mais três esposas, além de Lilith, até porque, ela também tem relações com outros demônios. 

São as outras três esposas do Senhor do Mal: Aggarath, Mochlath e Nehemah. Esta última é considerada tão poderosa quanto Lilith. 

A análise dos sincretismos permite interpretar Lilith e Nehemah como aspectos diferentes de uma mesma força. Em HISTÓRIA DA MAGIA, Eliphas Levi comenta os atributos de Lilith e Nehemah:

'Há no inferno – dizem os cabalistas – duas rainhas dos vampiros; uma Lilith, mãe dos abortos, a outra Nehema, a beleza fatal e assassina. Quando um homem é infiel à esposa que lhe foi destinada pelo céu, quando se entrega aos descaminhos de uma paixão estéril, Deus lhe toma a esposa legítima e santa e entrega-o aos beijos de Nehema. 

Esta rainha dos vampiros sabe aparecer com todos os encantos da virgindade e do amor; afasta o coração dos pais, leva-os a abandonar os deveres e os filhos; trás a viuvez aos homens casados, força os homens devotados a Deus ao casamento sacrílego. (...) Nehema pode ser mãe, mas não cria os filhos; entrega-os a Lilith, sua funesta irmã, para que os devore.

A ação maligna de Lilith no cotidiano de homens e mulheres é documentada no folclore assírio, babilônico e hebraico. Seja para vingar os filhos mortos pelos homens, seja em função da maldição que carrega, as aparições e influências deste demônio são sempre caracterizadas pelo terror.

Como o succubus, ela ataca o sono dos incautos impondo relações sexuais violentas das quais resultam criaturas híbridas, mistura de gente e demônio. 

Também produz pesadelos, montando no peito dos adormecidos e sufocando-os enquanto produz visões apavorantes (aqui ela se assemelha ao Jurupari, demônio entre os índios brasileiros que age de forma idêntica).

Entre outros males, Lilith seria responsável pela desavença que resultou no assassinato de Abel, por Caim, pela esterilidade de homens e mulheres, abortos, enfermidades em crianças (que enfraquece, vampirizando-as), discórdias matrimoniais, adultérios. Na Crônica de Caim (JOCASTIAN, 2002), Lilith aparece como a primeira feiticeira do mundo.

FONTES
Lilith, A Rainha da Noite. <http://www.gothiccity.hpg.ig.com.br/lilith.htm>
Lillith. <http://www.geocities.com/lillthoc>
BLAVATSKY, Helena Petrovna. A doutrina secreta. Cosmogênese. São Paulo: Ed Pensamento, 2000.
RESENDE, Vani. Planeta Especial Taro. São Paulo: Ed Três, 1983.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Orichalcum. Arqueólogos acreditam ter encontrado o mítico metal dos Atlantes



ITÁLIA. Cidade de Gela, costa da Sicília, a uma profundidade de pouco mais de 3 metros, no leito do mar há 300 metros da praia - uma equipe de arqueólogos marinhos descobriu 39 lingotes de uma liga metálica desconhecida ou, no mínimo incomum, muito rara no universo dos achados arqueológicos. Os lingotes estavam à bordo de um navio Antigo, naufragado há cerca de 2,600 anos



A análise de fluorescência revelou que o metal é  composto de 75 a 80% de cobre e entre 15 a 20 % de zinco, além de pequenas quantidades níquel, chumbo e ferro.

Estudiosos acreditam que esta liga pode ser o que restou do arcano e misterioso orichalcum, o metal mais precioso da mítica Atlântida. 

Um dos arqueólogos da equipe que descobriu os lingotes, Sebastiano Tusa, comentou: Sabemos sobre o orichalcum através de textos antigos e uns poucos achados, que são objetos decorativos.

O texto antigo mais conhecido que menciona o orichalcum é o Crítias, de Platão. Eis um trecho do relato do filósofo grego:

Atlas tinha, então, uma família numerosa e honrada e seus descendentes mantiveram o reino por muitas gerações e detinham muitas riquezas, tantas quantas jamais foram possuídas por outros reis e potentados. Muitas especiarias eram trazidas de países estrangeiros mas a ilha era auto-suficiente e fornecia tudo que era necessário a uma vida confortável. O subsolo possuía minerais e um precioso metal do qual hoje só resta o nome: orichalcum.





Todavia, justamente porque o lendário orichalcum seria considerado o mais valioso e belo dos metais, há opiniões divergentes sobre esses lingotes da Sicília e objetos antigos feitos de material similar.

Embora raro, o metal dos lingotes não parece ser tão nobre quanto teria sido o orichalcum dos Atlantes. Este, deveria - se fosse uma liga, em estado natural ou forjada - ser composto de metais mais preciosos como ouro e prata. O orichalcum poderia, até mesmo, ser um outro metal, puro, já que - segundo Platão - era extraído do subsolo e não há outros detalhes sobre sua composição.

+ ATLÂNTIDA DE PLATÃO
In Plato's History of Atlantis
cap II de Atlantis, The Andiluvian World
de Ignatius Donnelly



Atlântida, a ilha, situada a oeste das Colunas de Hércules. "Quando os deuses fizeram a partilha do mundo, a Atlântida coube a Netuno [Poseidon], que ali viveu em companhia de Cleito [ou Clito]. De sua união com a mortal nasceram dez filhos, dos quais o mais velho era Atlas. Atlas recebeu do pai a supremacia da ilha, que dividiu em 10 partes, tomou uma para si e dividiu as restantes entre seus irmãos. Punida por seus vícios e seu orgulho, a Atlântida foi engolida pelo oceano". 
DICIONÁRIO DE MITOLOGIA GRECO-ROMANA. São Paulo: Abril Cultural, 1976.


FONTES
Misterioso metal ‘de la Atlántida’ fue hallado en antiguo barco hundido
ECUAVISA, 11/01/2015
[http://www.ecuavisa.com/articulo/noticias/internacionales/95271-misterioso-metal-atlantida-fue-hallado-antiguo-barco-hundido]
GRAY, Richard. Does metal found in a 2,600-year-old shipwreck prove that Atlantis DID exist
DAILY MAIL, 09/01/2015
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2901795/Does-strange-metal-2-600-year-old-shipwreck-prove-Atlantis-DID-exist-Mythical-red-alloy-said-lost-island-discovered-coast-Sicily.html]

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

As Ruínas Submarinas da Ilha de Delos


+ LEMÚRIA, O CONTINENTE DA 3ª RAÇA por Ernesto Ribeiro 
[http://www.sofadasala.com/mundosperdidos/ernestoribeiro/lemuria01.htm] 

+ JAPÃO - AS RUÍNAS SUBMERSAS DE YONAGUNI 
[http://www.sofadasala.com/noticia/yonaguni00.htm] 
 
+ ARQUEOLOGIA. Sinais de Atlântida na Península Ibérica, 14/03/2011 [http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2011/03/sinais-de-atlantida-na-peninsula.html]



GRÉCIA/ITÁLIA. ARQUEOLOGIA. No mar Egeu, há apenas pouco menos de 2 metros de profundidade, na costa nordeste da ilha de Delos, pesquisadores descobriram ruínas que estão chamadas de Pompeia submarina. Ali foram encontradas instalações completas de oficinas de antigos oleiros com seus fornos embutidos, cerca de 16 vasos de terracota além de restos de outras edificações, como colunas e paredes.

Estruturas semelhantes foram achadas em Pompeia e Herculano e, muitas delas, possivelmente, abrigavam casas de comércio. Historiadores esperam que esses achados acrescentem novos conhecimentos sobre papel comercial da ilha (de Delos) durante o período romano.

DELOS


    Os Leões de Delos + FOTOS DE DELOS

A ilha de Delos faz parte do arquipélago das Cíclades, conjunto de ilhas do mar Egeu. É um local associado a mitos poderosos, a fatos históricos destacados sendo, por isso, um dos sítios arqueológicos mais importantes da Grécia. Ali, as escavações estão entre as mais numerosas e extensas da região do Mediterrâneo.

Delos era um santuário, lugar sagrado, muito antes do surgimento da cultura dos Deuses Olímpicos. Durante seu apogeu urbano, entre os séculos VIII a.C. (anos 800) a século 1ª da Era Cristã, foi um porto movimentado onde comerciavam-se, principalmente, escravos.



  
Latona transforms the peasants into frogs. Giulio Carpioni, 1670


Uma lenda ou história famosa associada a Delos é que ali, naquela ilha, nasceram as divindades Apolo-Hélio (o Sol, música, poesia) e Diana-Artemis (caça, Lua).

Filhos de Zeus, os gêmeos e sua mãe, a mortal Latona (ou Leto), perseguidos  pela esposa enciumada do Senhor dos deuses do Olimpo - Hera ou Juno - foram amaldiçoados a não terem permissão de nascer em nenhum pedaço de chão ligado à terra firme.

Delos, considerada uma ilha flutuante, sem laços com a terra, aceitou a parturiente. Mas a ilha continuou marcada pela lenda de Apolo e Diana e durante muito tempo, na Antiguidade, ninguém mais teve permissão nascer ou morrer em Delos.

O declínio de Delos começou no ano de 88 a.C., quando foi invadida por Mitríades VI, rei do Ponto. 20 mil habitantes foram mortos. Tomada por piratas e aventureiros, Delos foi abandonada por volta do século V d.C. (anos 400) e muitos dos mármores que faziam seu esplendor foram vandalizados para servir de material de construção por habitantes de ilhas vizinhas. 

+ LEMÚRIA, O CONTINENTE DA 3ª RAÇA por Ernesto Ribeiro 
[http://www.sofadasala.com/mundosperdidos/ernestoribeiro/lemuria01.htm] 

+ JAPÃO - AS RUÍNAS SUBMERSAS DE YONAGUNI 
[http://www.sofadasala.com/noticia/yonaguni00.htm]  

+ ARQUEOLOGIA. Sinais de Atlântida na Península Ibérica, 14/03/2011 [http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2011/03/sinais-de-atlantida-na-peninsula.html]


FONTE
PRIGG, Mark. The 'underwater Pompeii': Remains of an ancient settlement complete with a ruined pottery workshop found on the bottom of the Aegean sea
DAILY MAIL, 27/11/2014
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2848061/Remains-ancient-settlement-bottom-Aegean-sea.html]

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os Sereianos do Ártico


+ PEQUENA CRIATURA HUMANOIDE AQUÁTICA MORRE EM PRAIA AUSTRALIANA
[http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2012/10/estranha-criatura-humanoide-aquatica.html


CRITURAS ESTRANHAS. MITOS. SEREIANOS. Um ano depois da primeira exibição do "ducumentário-hipótese-ficção" - Mermaids, The Body Found - produzido pelo canal de televisão DISCOVERY-ANIMAL PLANET, neste maio de 2013, o mesmo canal pôs no ar uma Reportagem Especial a título de atualização do tema, polêmico (a existência de Sereias), trazendo à público o registro novos eventos que confirmariam a realidade possível dessas míticas criaturas vivendo, incógnitas, nas profundezas dos oceanos da Terra.



Na primeira exibição da Reportagem Especial MERMAIDS, THE NEW EVIDENCE, atualizando o Documentário MERMAIDS, THE BODY FOUND (maio de 2012). No programa, novos eventos são divulgados pelo apresentador, Jon Frankel e seus convidados: Dr. Paul Robertson,  biólogo marinho; o geólogo submarino Dr. Torsten Schmidt e Barrent Brent, especialista em Circos e Espetáculos Americanos do século IX.

Esse novo programa, MERMAIDS - THE NEW EVIDENCE, conduzido pelo apresentador Jon Frankel, reuniu o biólogo marinho e ex-funcionário da National Oceanic and Atmomosferic Administration/USA-NOAA, Dr Paul Robertson que, em 2012, revelou ao mundo suas experiências no processo da descoberta científica e ocultamento oficial (governamental) de uma "nova espécie" ou "até então, desconhecida espécie" de mamíferos aquáticos humanoides sapiens; o geólogo submarino Dr. Torsten Schmidt e o especialista em Circos e Espetáculos Americanos do século IX (anos de 1800) - Barrent Brent, conselheiro de vários museus incluindo o Museu de História Americana do Smithsonian Institute.

Concebidos como mitos, como figuras de sereias e tritões, a Humanidade aquática, como fato real teria permanecido ignorada, pelas sociedades terrestres, durante milênios graças ao que parecer ser uma escolha da espécie, um ocultamento voluntário da própria existência ao conhecimento dos homens da "terra seca".

Ao longo das Eras Históricas (desta Humanidade), esse ocultamento pôde ser preservado na intimidade das águas profundas, das praias desabitadas da vastíssima extensão do globo ocupadas pela massa líquida dos oceanos, rios e lagos.

Hoje, os sereianos estariam se revelando involuntariamente: descobertos por sonares que captam suas vozes agudas propagadas no meio aquoso ou, ainda, semi-mortos, lançados nas areias litorâneas de diferentes lugares do mundo, vitimados pelos mesmos sonares que os rastreiam, apanhados por das pragas tecnológicas desta Idade Cibernética que, descobriu-se são letais para a vida marinha.

Trata-se dos mais avançados sonares de sondagem submarina, usados para fins militares ou para instruir a exploração de petróleo no mar, por exemplo. Estes sonares e equipamentos especiais de gravação têm captado sons (não perceptíveis audição humana normal) que os cientistas distinguem claramente dos sons (vozes) emitidos por outros mamíferos marinhos, como os cetáceos.

Essa voz das sereias já tem até um nome ou apelido científico oficial: é o bloop. Porém, estes mesmos sonares, para desempenharem suas funções, emitem frequências de ondas acústicas que afetam a constituição dos tecidos, a organização celular dos orgãos internos da várias espécies marinhas, especialmente os mamíferos, causando o colapso do organismo, produzindo a mortandade em massa de diferentes animais, cujos numerosos corpos  moribundos e carcaças têm aparecido, repentinamente, nas praias do mundo mobilizando os midia e a opinião pública.

As fotos, chocantes, mostram, por vezes, centenas de corpos de baleias e golfinhos enfileirados, depositados nas areias por correntes fúnebres do luto das águas.

MERMAIDS - THE NEW EVIDENCE, além da sequência de flagrante de uma sereia em em um rochedo de uma praia da cidade litorânea da cidade de Kiryat Yam, em Israel (veja matéria anterior), um lugar onde é rico o folclore sobre a existência de sereias na região, apresenta o mais recente flagrante de um ser sereiano avistado (e perturbado) em seu ambiente natural, seu habitat: há 600 metros de profundidade.
 


O registro foi obtido em 2010, pelo geólogo submarino dinamarquês Dr. Torsten Schmidt, no Oceano Ártico, quando - navegando em direção ao mar da Noruega, partindo da ilha vulcânica de Jan Meyen (território norueguês) - trabalhando para o governo da Islândia, durante um mergulho/submersão de rotina, realizava um procedimento de sondagem (feito por varredura de radar - ondas de rádio),  justamente, da presença de vida marinha em locais que serão examinados pelos sonares que mapeiam a região e buscam localizar reservas de petróleo.

Esse trabalho e toda essa tecnologia historicamente em uso recente - que tem o objetivo ecológico e empresarialmente - "politicamente correto" - de prevenir lesões orgânicas às espécies sensíveis aos sonares, tem - eventualmente, alcançado descobertas não pretendidas, como ocorreu no episódio do Mar da Noruega.

APARIÇÃO

Tudo começou quando os cientistas, à bordo do submarino da empresa, realizando suas tarefas diárias, ouviram aquele estranho som semelhante a uivos (eram os bloops - que seria a voz dos sereianos ou homens-aquáticos) - indicando a presença de mamíferos marinhos, possivelmente cetáceos.

Tendo apresentado as gravações daqueles sons aos seus superiores foi requisitado à instância governamental competente a revisão da análise de impacto ambiental na área. O IGS - Instituto de Pesquisa Geológica da Islândia concluiu que os sons eram produzidos por baleias piloto; e encerrou a questão. A empresa lembrou os cientistas do compromisso confidencialidade assumido em contrato.

Desconfiado, Schmidt e sua equipe começaram a investigar a questão secretamente, monitorando, no mini-submarino - equipado com duas câmeras de gravação de áudio-vídeo. 

Também foi usada uma técnica simples para tentar atrair o ser responsável pelos bloops: emitir os bloops gravados no fundo do mar e esperar uma resposta. Os dinamarqueses espreitaram o fundo do mar da Groenlândia durante mais de 7 meses até obter resultados.



Ali, a mais de meio quilômetro de escura profundidade, os dois pesquisadores dinamarqueses - um deles, Torsten Schmidt - foram surpreendidos no interior da exígua cabine com a abordagem, algo abrupta, de um estranho ser cuja mão, humanoide, dotada de cinco dedos providos de longas e finas membranas entre si, espalmou-se contra uma escotilha de observação enquanto a câmera de bordo capturava com clareza a espantosa aparição.

FOI EM EM 06 DE MARÇO DE 2013 que - nas palavras de Torsten Schmidt: Eles apareceram... Vi sua face, sabia que era outra forma de inteligência...

Depois do comportamento esquivo, hostil - das autoridades da Islândia, Torsten Schmidt procurou o governo de seu próprio país, a Dinamarca, que detém soberania sobre a região Groenlândia. EM 27 de março de 2013 - o governo da Dinamarca proibiu todas as perfurações de prospecção de petróleo, toda exploração científica de baleias.


LINKS RELACIONADOS

+ PEQUENA CRIATURA HUMANOIDE AQUÁTICA MORRE EM PRAIA AUSTRALIANA
[http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2012/10/estranha-criatura-humanoide-aquatica.html





Sereias, Um Assunto Proibido, 18/06/2013
http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2013/06/sereias-um-assunto-proibido.html

Golfinhos São Legalmente Reconhecidos como "Pessoas Não-Humanas", 14/06/2013
http://sofadasala-noticias.blogspot.com.br/2013/06/golfinhos-sao-legalmente-reconhecidos.html 

CRIATURAS MÍTICAS: SEREIAS 
TEXTO: Lygia Cabus
FONTE DE INFORMAÇÕES & IMAGENS: 
MERMAIDS, A NEW EVIDENCE
DISCOVERY-ANIMAL PLANET, maio de 2013
legendado em português by rodelor
YOUTUBE, postado em 08/06/2013
[http://youtu.be/OWIl0-6hSKQ]

domingo, 18 de março de 2012

Arqueólogos desvendam a Lenda de Naylamp



No túmulo, localizado em complexo Chotuna-Chornancap,
foram encontrados 120 objetos incluindo ornamentos feitos
de ouro, prata e cobre. Arqueólogos acreditam que as
relíquias pertencem a Cetemi, a mulher do mítico Naylamp,
herói peruano de um povo pré-colombiano. [+] FOTOS: RPP

LINK RELACIONADO: A LENDA DE NAYLAMP + Arqueologia da Lenda


Em outubro do ano passado (2011), os arqueólogos do Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia "Bruning Enrique" da região Lambayeque fez uma descoberta extraordinária. Eles encontraram uma sepultura com 120 objetos, incluindo ornamentos e emblemas feitos de ouro, prata e cobre, assim como 116 peças de cerâmica.

No princípio, os cientistas pensaram que tinham encontrado outro dos líderes da cultura Lambayeque nascente, que segundo a tradição oral foi fundada pelo lendário Naylamp, mas depois de pacientes escavações ficaram surpresos ao saber que os restos não eram um homem, mas uma mulher.

Então, se lembraram de que, segundo a tradição oral, a Huaca Chornancap foi dedicado à esposa de Naylamp, Cetemy. Agora, muitos já assumem que o encontrado pode pertencer a esta mulher lendária.


Porém,os arqueólogos são cautelosos. Querem investigar mais até pronunciar um parecer definitivo. Esperam as análises laboratoriais completas. Se for confirmada a idade dos restos mortais, isso significa que os ossos têm cerca de 1,250 anos, o que reforça a teoria da identidade de Cetemi.

Nesse caso, é necessária uma revisão na abordagem conceitual da cultura Lambayeque. Até então, considerava-se que, naquela época e em meio àquele povo, somente os homens governavam e recebiam as honras funerárias compatíveis com a importância da posição social que ocupavam. Mas o achado de uma mulher sepultada com a pompa de uma rainha, junto com objetos valiosos, pode demonstrar que a posição feminina podia ser mais elevada do antes era suposto.


No entanto, os arqueólogos são cautelosos. Eles querem investigar mais para dar um parecer definitivo. Eles esperam concluir os testes de laboratório. Se confirmada a idade dos restos, isso significa que os ossos têm cerca de 1,250 anos, o que reforça a teoria da identidade Cetemi.

Neste caso, a descoberta provoca uma revisão da abordagem conceptual da cultura Lambayeque. Até então, considerou-se que naquela época, e no meio desse povo, só os homens que exerceram poderes políticos e religiosos recebeu as honras fúnebres coerente, em função - com a importância da posição social que ocupavam.

Mas a descoberta de uma mulher enterrado com a pompa de uma rainha, junto com objetos de valor, pode demonstrar que o sexo feminino poderia possuir mais relevância social do que se supunha anteriormente.






O COMPLEXO ARQUEOLÓGICO
DE CHOTUNA - CHORNANCAP

A Huaca de Chomancap está localizada 10 quilômetros a oeste de Lambayeque. É uma plataforma de tijolos de barro. Tem 70 metros de comprimento, 50 de largura, 25 de altura e está rodeado por 21 hectares de edificações de infra-estrutura que teriam sido salas de audiência, armazéns, oficinas, casas e cemitérios.

Os arqueólogos, com base nas tradições populares e indícios anteriores, dizem que esta Huaca foi o Palácio de Cetemi, por isso, supõe-se que ela pode estar enterrada ali. O corpo encontrado poderá - enfim, confirmar a lenda que, deste modo, passa a ser história.


* LAMBAYEQUE. Um dos 24 departamentos do Peru localizado a noroeste do país.
Inclui regiões litorâneas e andinas.

* HUACA. Lugar sagrado na cultura peruana pré-colombiana.


FONTE: CABREJOS, Juan. Arqueólogos lambayecanos tras los pasos de la esposa de Naylamp.
RPP, publicado in 16/03/2012
[http://www.rpp.com.pe/2012-03-16-arqueologos-lambayecanos-tras-los-pasos-de-la-esposa-de-naylamp-noticia_461966.html]