África – A Escravidão de cidadãos africanos durante a expansão europeia no Novo mundo é sempre lembrada como uma horrenda mancha histórica. E de fato, é horrenda e, em última instância, injustificável.
Nesse contexto, são sempre lembrados os execráveis colonizadores-navegadores portugueses, os "miseráveis judeus" envolvidos no aviltante comércio de gente! Jamais são lembrados os monstruosos africanos que venderam sua própria gente em troca de cachaça, por exemplo. (Como se aqueles africanos não tivessem suas próprias cachaças!)
Aqui e ali aparecem especulações sobre a concessão de diferentes tipos de compensações para a população afro-descendente nas Américas.
Estranho é que a escravidão de africanos, hoje! atualmente, seja tão pouco comentada nos midia e pelos militantes da causa dos negros e afro-descendentes de escravos. Sim, isso é very strange, tanto empenho em afirmar e resgatar os direitos dos descendentes dos escravos do passado e tanta indiferença pelos escravos africanos em solo africano no PRESENTE!
A realidade do comércio de escravos na África pós-moderna (!?) chega a parecer uma mentira, um parêntese que abriga o terror de uma ficção-pesadelo em meio a uma realidade onde o Navio Negreiro NÃO PODE, de jeito nenhum ter qualquer espaço. Está mais do que na hora da África prestar as devidas satisfações ao mundo sobre a manutenção dessa sua maldita "cultura de bárbaros" [L.C.].
Muita gente pensa que a escravidão é uma coisa do passado mas a Escravidão continua a ser um dos fenômenos mais vergonhosos da Humanidade, hoje. Em 20 de dezembro (2010), a Interpol resgatou 140 crianças no Gabão, África.
As crianças eram forçadas a trabalhar em mercados, usadas como escravas. Algumas não chegavam aos seis anos de idade. Essas crianças são raptadas ou compradas, dos próprios pais, em outros países mais pobres que o desgraçado Gabão que permite essa prática. As crianças recuperadas foram enviadas à orfanatos.
O Gabão, um dos países mais estáveis do continente Africano. É um país rico em petróleo, gás, manganês e minério de Urânio.
Sua renda per capita era de 13 mil e 900 dólares, em 2009. Todavia, está claro que cidadãos e, principalmente governantes deste país, não são pessoas civilizadas, posto que aceitam, sabem, consentem no comércio de escravos em suas cidades.
Segundo fontes não-oficiais, a escravidão também prospera! em países onde foi abolida, finalmente, há poucas décadas atrás.
Como na Mauritânia, onde a Abolição da Escravatura somente foi oficializada em 1980! Porém, ali, a lei é letra morta. Os ex-escravos [meus Eus!] os forros! da Mauritânia continuam escravos porque não lhes foi oferecida nenhuma alternativa de "inclusão social". Permanecem escravos por falta de opção.
Em Níger, a Escravidão somente foi abolida em 1995! Na realidade, segundo a Timidria, ONG que luta pelos direitos humanos dedicada à erradicação da Escravidão naquele país, somente em 2003, 870 mil pessoas permaneciam escravas no país.
Atualmente, enquanto o governo do Níger nega a existência de escravidão, a Timidria afirma que ainda existem, ao menos, 43 mil cidadãos que permanecem escravizados. Muitas dessas pessoas são conhecidas como Sadako; são mulheres. De acordo com a ONU e as organizações de direitos humanos, a situação também verifica-se com gravidade no Sudão, somália e Angola.
Sergey Karamayev, especialista russo na questão explica: Oficialmente, a escravidão não existe mais em nenhum lugar do mundo mas a verdade é absolutamente diferente. A escravidão continua a prosperar em países como o Congo e Serra Leoa (...e a lista de países africanos escravagistas somente aumenta!).
Em meios aos conflitos armados que disputam poder político, facções rivais utilizam escravos. Existem várias categorias de escravos: combatentes, para transportar armas ou mesmo lutar na defesa de seus raptores. Outra categorias cuida dos trabalhos domésticos como cozinhar e lavar roupa. Outros, são escravos e escravas sexuais. Há os que trabalham em minas e escavações.
Escravidão no Mundo
Todavia, o fato, que em nada minimiza a situação africana, é que a escravidão existe, também, em outros países, como no (chamado) Terceiro Mundo.
A Escravidão, ainda que clandestina, ilegal, pode ser encontrada no Sul e Sudeste da Ásia, em países como Paquistão, Sri Lanka, Nepal, Birmânia; no Oriente Médio e na América Latina.
A Europa também tem um submundo de escravos cujo número é estimado em 400 mil pessoas. No Velho Mundo, predomina a escravidão sexual.
Boa parte destes escravos e escravas, incluem crianças e são "importados" por agentes africanos estabelecidos em países europeus.
Escravidão sexual que também foi localizada nos Estados Unidos, Israel, Turquia e Hong Kong. O mundo do terceiro milênio d.C. possui, hoje, cerca de 30 milhões de seres humanos escravizados. Um especialista da ONU informa: um escravo sexual produz até 7 mil dólares mensais de renda para seu proprietário.
FONTE: BALMASOV, Sergei. Slavery, African style, continues to prosper.
IN Pravda English publicado em 22/12/2010.
[http://english.pravda.ru/hotspots/crimes/22-12-2010/116313-slavery-0/]