WHASHINGTON/CHINA, AFP – Um fóssil velhíssimo, 160 milhões de anos, o esqueleto quase completo de um Darwinopterus foi encontrado em rochas sedimentares do período Jurássico, na província de Liaoning, nordeste da China. O animal morreu e seu esqueleto dividiu o túmulo geológico com seu ovo. Era uma fêmea e seus restos mortais podem esclarecer muito sobre os pterossauros e como viviam na Terra em arcanas eras do passado mais remoto da vida no planeta.
Os pterossauros tinham sangue quente. Essas criaturas aladas coexistiram com os dinossauros entre 65 e 220 milhões de anos atrás. Sua aparência era uma mistura de morcego, cegonha e ave de rapina. A equipe de pesquisadores, britânicos e chineses que descobriram o fóssil, apelidaram o achado de Mrs. T.. Eles constataram que a fêmea do pterossauro possui quadris mais largos que os machos e não tem, na cabeça, a crista característica do sexo oposto.
O paleobiólogo do Departament of Museum Studies da University of Leicester, David Unwin, destaca que este achado é especial porque encontar o fóssil da mãe junto ao seu ovo é algo inacreditavelmente raro. É primeiro pterossauro descoberto nessa condição.
O surgimento de Mrs. T. é um marco definitivo que permitirá, d'hora em diante, identificar outros esqueletos como sendo pertencentes a machos ou fêmeas. Ambos os gêneros apresentam mais ou menos o mesmo tamanho. Agora, o padrão dos quadris e o distintivo da crista elimina qualquer dúvida.
Além de Mrs. T., na mesma formação rochosa foram encontrados partes dos esqueletos de ao menos 10 outras criaturas semelhantes: pescoço e cauda alongados, boca saliente em forma de bico. Bico guarnecido de fileiras de dentes aguçados. O quinto dedo é alongado. Pterossauros.
Arqueologia, paleontologia, antropologia, são ciências que demandam análises, muitas vezes demoradas, a fim de se chegar o mais próximo possível da verdade. Os cientistas das Universidades de Leicester, Lincoln e do Instituto Geológico de Beijing – China, estudam esse fóssil desde 2009, quando foi identificado. Desde então foram recolhidos indícios de que a morte da criatura foi precoce e violenta.
O animal tem ossos quebrados visíveis próximos à sua asa sugerindo algum tipo de acidente súbito, como uma erupção vulcânica ou uma tempestade o atingiu. A fratura tornou impossível o vôo da criatura. Ela caiu em meio aquoso e provavelmente, morreu afogada. O ovo, que estava em vias de ser posto, foi empurrado para fora do corpo do animal quando em decomposição.
Esta associação de achados, a fêmea e seu ovo, é única na história da criptozoologia dos pterossauros. Jamais houve descoberta semelhante, afirmou o especialista Christopher Nennett da Kansas State University. Os especialistas entusiasmam-se porque o espécime e seu ovo permitiem que, agora, os esqueletos de pterossauros possam ser identificados como machos ou fêmeas, o que, até então, não era possível.
FONTE: SHERIDAN, Kerry. Fossil of mom with egg reveals Pterosaur's female form.
IN NewsYahoo/AFP – publicado em 20/01/2011
[http://news.yahoo.com/s/afp/20110120/sc_afp/sciencepaleontologybritainchina].
IN NewsYahoo/AFP – publicado em 20/01/2011
[http://news.yahoo.com/s/afp/20110120/sc_afp/sciencepaleontologybritainchina].
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