ROMA REUTERS: Em um subúrbio de Roma, arqueólogos encontraram uma necrópole de cerca de dois mil anos onde repousam os restos mortais de cidadãos pobres da época do Império. O cemitério tem umas 320 tumbas onde esqueletos estão bem conservados junto com lâmpadas e adornos.
Os pesquisadores consideram o achado muito importante do ponto de vista da sociologia histórica porque revela detalhes das crenças e hábitos dos proletários romanos, como escravos e trabalhadores braçais. A maioria dos esqueletos, de homens, apresenta sinais de trabalho em locais úmidos, como se fossem estivadores de um porto; mas também há restos de crianças usando colares ou "segurando-os" na "mão". Os estudiosos presumem que os adornos serviam de proteção contra maus espíritos. Os colares são feitos de pequenas figuras e fragmentos de âmbar. Anéis de bronze e brincos de ouro também foram recuperados.
Entre as descobertas mais intrigantes feitas nesta necrópole está o esqueleto de um homem que sofreu de uma rara doença congênita que lhe tornava impossível abrir a boca ou seja, ele só podia se alimentar com ajuda de terceiros. "Os povos antigos não tinham uma atitude positiva diante desse tipo de deficiência e costumavam rejeitar pessoas assim que, em conseqüência, tinham baixa expectativa de vida. Essa situação [do homem com deficiência] é completamente contrária a este comportamento discriminatório. Esse homem precisou de ajuda para sobreviver e encontrou ajuda." ─ comentou Angelo Bottini, chefe e Arqueologia em Roma.
Roman-era necropolis for the poor found intact
por Deepa Babington. In YAHOO NEWS REUTERS - publicado em 09/06/2008
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