Irmã Albina Locantore protesta acorrentada a um poste deluz do lado de fora do Vaticano [08/06/2008] bem diante da janela do escritório do Papa, onde ele costuma aparecer para a oração do fim de tarde, o Angelus. Locantore é uma das duas freiras idosas que denunciam terem sido "excluídas" do convento de religiosas reclusas ao qual pertenciam. Pedem a interferência do papa para retornar à clausura. O cartaz diz: "Santidade, nós não somos prostitutas, nem violentas, nem ladras nem malucas". Foto: REUTERS/Alessandro Bianchi (VATICAN)
Duas freiras, irmã Albina Locantore, 73 anos e irmã Teresa Izzi, 79 anos!, se acorrentaram em frente ao Vaticano no domingo [08/06/2008] para que o Papa Bento XVI tome conhecimento da inusitada situação: elas foram "despejadas" do convento de Carmelitas onde viviam. Vestindo seus hábitos as freiras contaram que depois de sair da reclusão, em 2005!, para tratamento de saúde não lhes foi permitido voltar. Irmã Albina desabafa: "Depois de 50 e 60 anos de vida monástica, dedicada à Igreja, nós fomos atiradas às ruas sem qualquer auxílio, como dois sacos de lixo".
A agência de notícias ANSA tenta mostrar "o outro lado" da questão citando artigos dos jornais locais, de 2007, nos quais as consta a versão de que duas mulheres teriam sido expulsas depois que um homem foi descoberto no convento durante uma inspeção de autoridades da Igreja. Os artigos sugerem que o homem vinha extorquindo dinheiro do convento através da Irmãs. As religiosas rebatem: "Isso tudo é mentira!" O Vaticano não se pronunciou, ainda, sobre o assunto. Que disparidade! Enquanto padres pedófilos são discretamente instalados em retiros e o vaticano "abafa os casos", as duas freirinhas velhinhas são tratadas com o rigor de um tribunal chinês por conta dessa história tão mal contada. Abre o olho Bento XVI... Meditemos...
FONTE: Two nuns chain themselves in Vatican protest
In YAHOO NEWS AFP - publicado em 08/06/2008
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