ciência macabra
28/05/2010
Trad., pesquisa & texto Lygia Cabus
RÚSSIA – Em abril [2010], na região de Kamerovo, nas vizinhanças da pequena cidade de Senzaskiye Kichi – Sibéria central – o caçador profissional Afanasy Kiskorov, acompanhado de outros caçadores, pescava em um rio gelado quando o grupo ouviu um forte barulho de gelo que se rompia. Investigando a fonte do ruído, descobriram uma criatura se afogando nas águas frias: era um ser incomum: ...um homem enorme coberto de pelo castanho escuro.
Ele estava a cerca de 10 metros distante da margem e tentava, sem sucesso, salvar-se do afogamento iminente. Kiskorov, correu a providenciar resgate e, encontrando um galho de árvore, estendeu-o ao Yeti. Este, agarrou a haste, içou-se à superfície e chegando à margem, tomou seu caminho bosque a dentro.
Senzaskiye Kichi, na verdade, é um vilarejo, uma aldeia, distante 140 km da civilização, um lugar que somente pode ser alcançado por meio de helicóptero.
Autoridades da região [Kamerovo] têm recorrentemente recebido relatos de avistamentos de Yetis, atualmente e ao longo dos últimos anos.
Na Rússia e países circunvizinhos, aparecimentos de Yetis são tão freqüentes que praticamente não há dúvida de estas criaturas realmente existem.
Uma reportagem de 2010, do Pravda English [traduzida e publicada neste site com o título A História de Zana, Bigfoot's Descendants Live Among Humans for Over 100 Years, publicada em 06 de abril deste ano [2010], fala da miscigenação entre humanos e Yetis cuja descendência vive até hoje no vilarejo de Tkhina, no Abkhazian ou República de Abkhazia.
O caso de Abkhazia é bastante curioso e consiste e em algo mais que uma simples crença. Ali, a mistura entre as espécies é admitida, simplesmente, como parte da história da população local.
De acordo com os registros, no passado, não tão distante, na Abkhazia havia uma grande colônia de macacos próxima à aldeia de Sukhumi.
O lugar já foi mais densamente habitado. No tempo de auge, ali viviam mais de 70 mil símios de diferentes espécies. Atualmente, existem somente uma poucas centenas. Mas não era uma colônia natural; ela foi adotada e mantida por cientistas do Institute Experimental Pathology and Therapy, na Abkhazia [Instituto Experimental de Patologia e Terapia - Sukhumi institute], um centro de estudos ainda atuante que pretende começar a treinar macacos em missões simuladas a Marte com a parceria da Russia's Cosmonautics Academy [Academia Cosmonáutica da Rússia].
O atual diretor do Instituto Experimental, na Abkhazia, nega que a colônia tenha sido criada especificamente para experimentos genéticos de cruzamento entre humanos e macacos porém revela documentos de arquivos que remontam à década de 1920; documentos que dizem o contrário, como uma carta do professor e cientista Ilya Ivanov [1870-1932?], quando requisitou verba para uma expedição para a África.
Eis um trecho da carta: Desde os primeiros estágio da minha pesquisa científica eu tentei, em meus experimentos, promover o cruzamento entre humanos e macacos. Presumo que o governo soviético poderia me ajudar no interesse da ciência do conhecimento da história natural.
Ilya, o cientista louco, a cobaia meditabunda
Ilya Ivanov já tinha trabalhado como pesquisador em outros projetos, como na reserva de Askania, onde fazia inseminação artificial misturando genes de touro com o de gazelas ou cervos. Porém, o sonho dourado de Ivanov sempre foi cruzar homens e macacos [para quê este editor/tradutor/pesquisador non entendeu até agora mas boa coisa non pode ser].
Mas Ilya Ivanov não estava sozinho com sua idéia de jerico. Vladimir Rosanov, famoso cirurgião que extraiu balas alemãs do corpo de Lenin, requisitou 50 macacos para experimentos que consistiriam em transplante de glândulas vasculares [tireóides, baço, timo que é um órgão linfático localizado na porção antero-superior do peito, parte do sistema imunológico, e cápsulas supra-renais].
O objetivo era restaurar [fisicamente, mesmo] os líderes envelhecidos da Revolução [de 1917]; e começando por Stalin.
Rozanov esperava repetir o sucesso de seu colega, Sergei Voronov que, imigrando para a França no século XIX, instalado em um luxuoso palacete na Riviera, transplantava glândulas sexuais de macacos em humanos. Voronov tinha 90% de sucesso em rejuvenescimento do corpo. Esse lugar, na época, foi chamado de The Simian castle [Castelo dos Símios].
Rosanov queria gorilas, babuínos e chimpanzés, animais que somente poderiam ser obtidos na África. Ilya Ivanov foi designado para ir pessoalmente ao continente negro supervisionar a aquisição das cobaias.
NA GUINÉ FRANCESA
O Sukhumi institute [o Institute Experimental Pathology and Therapy, supracitado] guarda, ainda, em seus arquivos, um protocolo de reunião da equipe que se preparava para ir à África.
O documento registra que colegas de trabalho de Ilya Ivanov advertiram-no para que não utilizasse mulheres da Guiné Francesa para procedimentos de inseminação com sêmen de gorila. Uma coisa como essa, que parece hoje e sempre tão óbvia [ou seja, inadmissível] era um tópico de discussão entre aqueles cientistas.
O projeto foi contemplado com uma verba de valor entre 15 a 20 mil dólares [muito dinheiro, na ocasião]. A expedição partiu com primeira parada em Paris, em fevereiro de 1926. Dali, foram para a Guiné francesa e instalaram sua estação de estudos experimentais em Kindia [região daquele país, nome da capital desta região].
Era uma árdua tarefa capturar os chipanzés: eram inteligentes, fortes e agressivos. Munição com projéteis tranqüilizantes ainda não tinham sido inventados e os monos, geralmente, venciam a briga com os homens.
Os nativos tinham um método específico para pegar os bichos. Caçavam-nos com cães, acuando-os, forçando-os a subir nas árvore. Então, faziam fogueiras em volta das árvores dos escolhidos.
Sufocados pela fumaça, os animais eram obrigados a descer onde uma gangue caçadores os esperava para a captura. Mesmo assim, não raro, caçadores saíam machucados desses confrontos.
Apesar das advertências, há relatos de que Ilya Ivanov ignorou qualquer limite ético. Mas tal como pegar os macacos, era difícil convencer mulheres a participarem do experimento de serem inseminadas com sêmen de símio.
A tradição local considerava qualquer iniciativa nesse sentido como uma coisa maldita. Havia casos de mulheres que tinham sido raptadas por gorilas e estupradas por eles. Algumas, diziam, engravidavam.
Todas as vítimas passavam a ser consideradas impuras e, mais cedo ou mais tarde, essas mulheres apareciam mortas.
Não foi a primeira vez que os mutantes, a ciência dos horrores de Stalin apareceramm nos jornais:
Em 2005, o jornal o canal SKY news publicava:
Documentos secretos russos revelaram, recentemente, que o ditador soviético Joseph Stalin ordenou a realização de experiências genéticas com o objetivo de criar seres híbridos pelo cruzamento de humanos com macacos.
Arquivos moscovitas, de meados dos anos de 1920, registram as ordens recebidas pelo especialista russo em procriação animal, Ilya Ivanov, que deveria se dedicar à criação de um "super-guerreiro".
Stalin teria dito ao cientista: Eu quero um ser humano invencível, insensível à dor, resistente e indiferente à qualidade da comida que consumir.
Trabalhadores que construíam um playground para crianças encontraram os laboratórios escondidos e esqueletos de macaco na cidade de Suchimi [Sukhumi], região do Mar Negro – Georgia. [PRAVDA, 2005]
A mesma reportagem informa que Ilya Ivanov foi pioneiro em seu trabalho. Ainda no tempo dos Czares, em 1901, ele criou o primeiro centro de inseminação artificial do mundo. Nesse tempo, suas cobaias eram cavalos.
Sobre suas atividades no centro de pesquisa na Guiné Francesa, fontes do Pravda informam que cientista, em terras africanas, chegou ao terreno do crime, acobertando o seqüestro de mulheres para serem inseminadas com sêmen de gorilas. Ao mesmo tempo, na Antiga União soviética, centro semelhante foi instalado na Georgia, terra natal de Stalin.
STALIN, O SEM-NOÇÃO
Como em enredo de terror-ficção-cinematográfica, o objetivo era criar uma máquina viva de guerra. Os mutantes seriam usados nas Forças Armadas e como mão-de-obra submissa.
Os homens-macacos deviam ser fortes, hábeis porém broncos, pouco dotados de inteligência. Ivanov fracassou na África e, de volta à União Soviética, na Georgia, tentou continuar suas experiências com mulheres voluntárias. Novamente, não obteve os resultados esperados.
Logo, tornou-se um estorvo para o Governo. Ele custara caro e não dera nenhum retorno. Como castigo, Ilya Ivanov foi processado pelo poder público, condenado e sentenciado a cinco anos de prisão. Em 1931 a pena foi comutada... para pior: exílio no Casquistão.
FONTES
Bigfoot saved from downing in icy Siberian river
In RT, Russia Today – publicado em 29/04/2010
[http://rt.com/Top_News/2010-04-29/russian-hunter-saves-bigfoot.html?fullstory]
Bigfoot Appeared after Experiments to Cross Apes with Humans
In Pravda English publicado em 25/05/2010
[http://english.pravda.ru/society/anomal/113512-0/]
Stalin's Army Of Mutant Ape-Men
In SKY News - publicado em 20/12/2005
[http://news.sky.com/skynews/Home/Sky-News-Archive/Article/200806413482528]
SCOTSMAN INTERNATIONAL IN
http://news.scotsman.com/international.cfm?id=2434192005 - em 20/12/2005
complementar: SKY.COM IN
traduções e pesquisa suplementar: Lygia Cabus