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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

📃 TEXTO DE 2,500 ANOS DESCREVE EPIDEMIA DE #MOCORONGA NO TIBETE

TIBETE. Um texto de 2.500 anos encontrado no Tibete, denominado “Gyud-ji”, descreve doenças pulmonares e seus agentes causadores.

Cientistas ficaram surpresos ao encontrarem um trecho do manuscrito que descreve uma epidemia, ali denominada de Nien-rim - que guarda surpreendentes semelhanças com a #FRAUDEMIA atual.

Apesar dos médicos tibetanos, em tese, não possuírem o recurso ao microscópio, eles descreveram o Niem-rim como um agente minúsculo, redondo: uma esfera dotada de extensões semelhantes a espinhos.

O trecho ou capítulo do “Gyud-ji” relacionado ao tema começa descrevendo a situação da sociedade da época - um tempo bem conhecido na descrição tibetana-hindu da história das eras terras: era a Idade chamada Kali-Yuga*, uma das mais sangrentas, quando as pessoas tornaram-se "mercantis e gananciosas". 

Naqueles dias, todos os valores humanos pareciam esquecidos. Pessoas, aldeias, povos, lutavam entre si por questões religiosas, posse de riquezas, territórios. 

Esse comportamento desencadeou a ira das "potências superiores" que em punição, enviaram ao mundo uma doença que se propagava por meio da respiração.

As vítimas de Nien-Rim tinham problemas pulmonares, falta de ar, tosse, febre, dor abdominal, erupção na pele, acne escura e, como resultado do efeito negativo nos intestinos, diarreia com sangue.

O Nien-Rim espalhava-se rapidamente em todo o corpo de sua vítima: tecido muscular, canais sanguíneos, ossos e órgãos vitais eram afetados. 

O tratamento foi feito com decocções de ervas, comprimidos, pastas e cerveja medicinal.

Só recentemente os cientistas notaram semelhanças entre o Nien-Rim, descrito há 2 mil e 500 anos atrás e o atual MOCORONGA. 


*KALI-YUGA ou KALIYUGA (termo sânscrito). No calendário Brâmane, a época atual é o Kali-Yuga, ou quarta era também chamada Idade Negra ou Idade do Ferro. Sua duração é de 432 mil anos. a Kaliyuga começou 3 mil e 200 anos antes de Cristo e o primeiro ciclo de 5 mil anos terminou entre 1897 e 1898. É o tempo do "reinado de Kali", divindade sanguinária  (imagem acima) que promove dissenção, discórdia, maldade, perversão, guerras. (BLAVATISKY. Glossário Teosófico. São Paulo: Ground, 1995)

FONTE
2,500-Year-Old Tibetan Text Accurately Describes Coronavirus And Its Epidemic
PARANORMAL-LITUÂNIA, 2020 » Spalio » 24 (24OCT2020)
paranormal.lt/2500-year-old-tibetan-text-accurately-describes-coronavirus-and-its-epidemic

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Os Mistérios da Magia Tibetana

 
... A MORTE


O cuidado com os mortos também tem suas peculiaridades. No Tibete existem cinco tipos de funerais. Somente os marginais e criminosos são sepultados da maneira que é usual no Ocidente. Acredita-se que a terra sobre o corpo impede o desenvolvimento da alma e a reencarnação torna-se impossível.

A cremação é o método mais usado. Mas é um ritual caro; não existe muita matéria-prima combustível apropriada [para cremações] no Tibete. Deste modo, sem opção, os mortos dos pobres são atirados ao rio.

Curiosamente, os santos mais venerados do Tibete não foram cremados nem jogados na correnteza; foram emparedados no interior dos templos e tumbas especiais são [verticais, supomos] elaboradas em sua honra.  MATÉRIA COMPLETA

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Fim de um Tempo Segundo... O Oráculo de Shambahla



O Oráculo de Shambahla, monge tibetano do Monastério (ou lamaseria) de Gyangdak, nas montanhas Kailash, Himalaia.

TIBETE. Um monge, lama do monastério de Gyangdak, localizado nas montanhas Kailash, conhecido como "Oráculo de Shambhala", em mensagem enviada à NASA, fez revelações sobre o próximo Apocalipse e sobre como sobreviver aos seus eventos que, segundo ele, terá um auge que vai durar duas semanas.



O monastério de Gyangdak.

Os lamas tibetanos acreditam que o risco de acidente grave é uma realidade: no final de dezembro, exatamente no dia marcado no calendário maia - 21 de dezembro de 2012 - os planetas do Sistema Solar alinham-se em uma configuração única, extremamente rara. 

Esse acontecimento é definido pelos lamas como a passagem através da "banda zero" ou "linha zero da galáxia". Diz a mensagem do monge:

Outono e inverno serão quentes e a partir de 21 de dezembro de 2012 a Terra começará sua passagem pela linha Zero da Galáxia. Esse é um espaço [quadrante cósmico] onde predomina uma estado [condição] especial que não está sujeito [anula] a qualquer tipo de energia. Um lugar mergulhado em completa escuridão e silêncio; isso anulará todos os meios de comunicação e eletricidade. 

As trevas serão acompanhadas por flashs de luz e momentos de sombra. Às vezes, poderá parecer que espectros estão vagando, como se os mortos tivessem se levantado de suas tumbas. A vai tremer um pouco, como em um pequeno terremoto. Porém, algumas edificaçõespoderão ser destruídas.

Os animais sentem esse porvir naTerra antes que aconteça "a escuridão cósmica" e procurarão abrigos no chão, [nos subterrâneos]. Nas cidades, as pessoas que não pressentem esses acontecimentos, [pegas de surpresa] poderão até entrar em um estado de insanidade - 10% da população [mundial] poderá perecer.


RECOMENDAÇÕES DO ORÁCULO DE SHAMBAHLA

É preciso se preparar para essa mudança concluindo tudo o que deve ser concluído em 2012. É preciso Pagar as dívidas [refere-se também às dívidas espiriturais, cármicas, reparação de erros].

Vá para o campo. Leve sua família, seus filhos, todos os seus documentos, dinheiro. Saia da cidade. Prepare estoque de alimentos para dois meses, porque os sistemas de abastecimento levarão um longo tempo para serem restaurados.

Também é indispensável ter um suprimento de água, lenha e velas para a iluminação porque não haverá eletricidade nem abastecimento de gás. 

[Significa que a lenha será necessária para aquecimento e preparação de alimentos. Este editor acrescentaria, além do kit de primeiros socorros: cigarros, para fumantes, analgésicos e ansiolíticos...].

Durante esses "dias negros", mantenha as janelas escurecidas, fechadas, [cortinas cerradas]. Não saia de casa [ou abrigo] nem olhe para o lado de fora. Se olhar, não acredite em seus olhos e ouvidos. Se precisar sair, não vá longe, você pode se perder.

Quando o mundo "reaparecer" não tenha pressa em voltar para a cidade, é melhor viver "o renascimento" no campo.


Esses fatos assustadores, segundo os lamas, vão durar duas semanas mas seus ecos [seus impactos ambientais e econômicos] serão sentidos intensamente até 07 de fevereiro de 2013. Então, haverá uma restauração parcial nos sistemas de transporte e distribuição de energia elétrica. Ao chegar o final de março, o mundo estará completamente recuperado.

Esse "Fim de Mundo" vai mudar radicalmente as perspectiva das pessoas, seu modo de ver a realidade. A Humanidade tornar-se-á mais espitirual. 

Em países desenvolvidos e em desenvolvimento vão florescer os ensinamentos científicos e noéticos [espirituais, metafísicos], com especial atenção para as estruturas, instituições e práticas relacionadas à saúde. Este será um impulso muito importante para o progresso da Humanidade por um longo tempo - conclui o monge, Oráculo de Shambahla.



TARDE DEMAIS

Enquanto isso, os cientistas continuam a afirmar que os temores em torno de um Apocalipse são infundados. Ainda que tais cientistas, que são representantes das Ciências ortodoxas oficiais (de Governos) soubessem com certeza que, de fato, a Terra se aproxima da zona galáctica Zero, de escuridão e inércia energética, pode-se supor que jamaisconfirmariam isso. 

O motivo, obviamente - é que, se metade dos mais de 7 bilhões de habitantes da Terra resolvessem acreditar no Oráculo de Shambahla, em Nostradamus, ou na profecia Maia - e seguissem as recomendações do monge budista, isso seria suficiente para, a essa altura, instaurar um grande caos econômico-social.

Uma corrida aos supermecados, evasão em massa de pessoas que moram em cidade de grande e médio porte, estradas e aeroportos congestionados, inflação - elevando os preços de mercadorias diversas, cancelamento de inúmeros eventos festivos de fim de ano que geram lucro, muito lucro para muita gente [gente que pode cair fora no momento certo levando junto a grana já arrecadada].

A verdade é que, se vierem os dias de escuridão, é TARDE DEMAIS para que as pessoas sejam advertidas. E se os "donos do mundo" sabiam desses fatos, eles certamente já prepararam suas rotas de salvação enquanto deixarão o resto da Humanidade sofrer os horrores de um verdadeiro "Fim de Mundo" com todas as suas conseqüências.

FONTE: 21/12/12 – Tibetan monks make a statement for NASA Doomsday.
INFO PEREGUD/RÚSSIA, publicado em 29/10/2012.
[http://info.peregud.com/archives/658].

FONTE ORIGINAL EM RUSSO: ТИБЕТСКИЙ МОНАХ СДЕЛАЛ ЗАЯВЛЕНИЕ ДЛЯ NASA О КОНЦЕ СВЕТА 21.12.12.
PEREGUD, 29/10/2012.
[http://info.peregud.com/archives/656]

terça-feira, 15 de março de 2011

Hong Dong, um Cachorro Caro, Muito Caro


CHINA-TIBETE – Os Mastiffs tibetanos (Do-khyi, no Tibete ou Mastim Tibetano, em português) são cães de guarda de grande porte e podem ser muito ferozes. Durante séculos foram utilizados como vigilantes de acampamentos de nômades e mosteiros. 

Acredita-se que raça seja uma das mais antigas do mundo e, segundo a lenda, Gengis Khan e o próprio Buda Sakyamuni tinham seus Mastiffs.

Mais recentemente, os Mastiffs tornaram-se símbolo de status social. Na China, atualmente muito valorizados, são procurados pelos novos ricos. 

Eles são considerados uma raça pura chinesa e raramente são encontrados fora do Tibete. Os preços dos Mastiffs tibetanos dispararam. 

Um filhote deles que custava cerca de 5 mil yuans (em torno de 1 mil e 300 reais) há cinco anos atrás hoje, vale centenas de milhares ou mesmo milhões de yuans.
Big Splash ou Hong Dong, em chinês [foto], tem 11 meses de idade e pesa mais de 81 quilos. 

Segundo seu criador, Lu Liang que é diretor do Tibetan Mastiff Garden, em Laoshan, próximo à cidade chinesa de Qingdao, Hong Dong é um espécime perfeito. Ele tem genes excelentes e vai ser um cão muito bem adextrado. Quando comecei este negócio, há dez anos, nunca pensei que (estes cães) alcançariam esse preço.

Hong Dong já tem dono. Ele foi comprado por 10 milhões de yuans, mais de dois milhões e meio de reais. O comprador, cujo nome não pôde ser revelado, é um milionário da mineração de carvão do norte da China. Hong Dong pode produzir lucro sobre o preço de seu custo em poucos anos: alugado para procriar, logo, seu dono poderá cobrar até 100 mil yuan ou 25 mil reais por cada inseminação bem sucedida. O Mastim não é apenas um mimo, é um investimento.

A alimentação de Hong Dong é especial: frango e carne bovina temperados com exóticos complementos como o pepino do mar e abalone (abalone: gastrópode, tipo de molusco muito apreciado na Ásia). 

O criador justifica, assim, o alto preço: Nós gastamos muito para criar um cão como esse e empregamos muitos funcionários nos cuidados com o animal.

Antes de Hong Dong, outro Mastim Tibetano foi um dos cães mais caros do mundo. Chamado Yangtze River (number two) foi vendido por 4 milhões de yuans (pouco mais de 1 milhão de reais). Foi levado, ou melhor, foi conduzido para sua nova residência, na cidade de Xi'an, China, por um comboio de 30 limousines negras. Coisas dos novos ricos chineses...

FONTE: 
MOORE, Malcolm. £1 million for 'world's most expensive dog'. 
IN Telegraph/UK, publicado em 15/03/2011 [http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/china/8383084/1-million-for-worlds-most-expensive-dog.html]

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Dalai Lama: Escolhendo a Próxima Vida


Tenzin Gyatso - O Dalai Lama, menino...


"Dalai" significa "Oceano" em língua mongol que traduzida para o tibetano é "Gyatso". "Lama", significa guru, em sua tradução do sânscrito ou "mestre espiritual". Assim, "Dalai Lama" é o mesmo que "Mestre Oceano" referência a uma espiritualidade profunda como um oceano. [Um dos discípulos prediletos do Buda Sakyamuni chamava-se "Oceano de Beleza"].


Na hierarquia da liderança religiosa budista, a autoridade primeira é o Dalai Lama (Tenzin Gyatso, do Tibete); o "número dois" é o Panchen Lama (da China). Uma das atribuições do Dalai Lama é ajudar a identificar, com ajuda de sonhos e visões, a próxima reencarnação do Panchen Lama e vice-versa, posto que a sucessão destes líderes religiosos se faz pela reencarnação ao longo das eras. É o mesmo espírito, o mesmo mestre, que retorna em novo corpo.



Entretanto, o sistema sucessório budista tem uma terceira opção: existe um terceiro Lama na hierarquia dos líderes. Trata-se do 17º Karmapa,atualmente, Gyalwa Karmapa Trinley Thaye Dorje, do Tibete, da escola Karma Kagyu, que está apto a reconhecer as reencarnações tanto do Dalai Lama [tibetano] quanto do Panchen Lama [chinês]. O atual Karmapa ou Lama tibetano ainda tem a vantagem de ser uma autoridade aceita e respeitada tanto no Tibete quanto na China.



A busca pelo atual Dalai Lama começou no início do ano de 1935 quando a cabeça embalsamada de seu predecessor caiu e rolou até parar com a face apontada para o nordeste do Tibete. Depois, um fungo gigante tomou a forma de uma estrela enquanto crescia, durante uma única noite, no lado leste da sepultura do Lama morto. E os auspícios continuaram durante dois anos: um membro do conselho dos sacerdotes viu uma inscrição em uma massa de nuvens. As letras flutuavam sobre um lago místico indicando o noroeste da província de Amdo.

Os lamas superiores, então, partiram a galope para naquela direção e, em um vilarejo distante, encontraram um menino de dois anos [Tenzin Gyatso, nascido Lhamo Döndrub, hoje, o 14º Dalai Lama]. Essa criança, depois de ser submetida a uma série de testes, foi reconhecida como a reencarnação do Dalai Lama. Agora, próximo dos 74 anos, [pois nasceu em 06 de julho de 1935, ano do primeiro sinal], o Dalai Lama e seus seguidores estão novamente preocupados com a sucessão. O conflito político com a China cria uma situação extremamente difícil para a continuidade da tradição do budismo tibetano.

No fim de 2008, o governo chinês recusou, novamente, uma proposta de acordo do Dalai Lama, acordo que pudesse garantir maior autonomia para o Tibete. Recentemente, tropas chinesas invadiram milhares de residências tibetanas, uma operação de "batida", inspeção. Milhares de casas! Para prender 81 "ativistas" que estariam à frente de possíveis manifestações, em março, no aniversário dos 50 anos da rebelião que culminou, [em 1959], com a fuga e auto-exílio do Dalai Lama na Índia. A China parece firme em seu propósito de consolidar soberania sobre o território tibetano e, apesar de ser um Estado oficialmente ateísta, reivindica o direito de designar a legalidade da próxima reencarnação do Mestre!

No outono de 2008, quando representantes do Parlamento tibetano se reuniram em Dharamsala, nos Himalayas indianos, a preocupação maior com a futura sucessão do Dalai Lama ecoava nos corredores. Uns poucos defenderam a militância da resistência por um Tibete independente. A maioria, porém, prefere seguir o conselho do Dalai Lama que, coerente com a doutrina religiosa que representa, insiste que seja encontrado uma solução completamente pacífica. Mas uma questão permanece sem resposta: por quanto tempo, ainda, os tibetanos poderão contar com a sabedoria e o carisma de seu líder espiritual?

O próprio Dalai Lama tem especulado abertamente sobre sua próxima vida, reencarnação e considera a possibilidade de a prática histórica e cultural de escolher [ele mesmo, no post mortem, no estado de Bardo] seu próximo veículo terreno, sua reencarnação, de modo a poder continuar resguardando os interesses do povo tibetano. Nesse contexto, as dúvidas emergem. É uma situação inédita no budismo tibetano.

Seria possível, mesmo para um espírito evoluído como Dalai Lama escolher, em vida, sua próxima reencarnação? Se isso puder ser feito, será aberta uma exceção histórica e "sobrenatural", posto será dispensável a tradicional busca pelo Lama reencarnado, quando os sacerdotes ficam atentos aos presságios, prodígios e sinais meteorológicos que sempre legitimaram a identidade do sucessor.

Quando o Dalai Lama fugiu de seu país, fazendo longo percurso a pé e a cavalo, escapando das garras do domínio chinês, embora oficialmente exilado na Índia, ele iniciou uma "peregrinação", visitando numerosos países, divulgando com empenho a situação do Tibete, ameaçado de ser culturalmente chacinado pelo governo chinês. Os frutos desse trabalho são preciosos: muitos centros de cultura tibetana foram criados em todo o mundo e as bandeiras ostentando orações tibetanas estão espalhadas de Delhi a Londres, Zurique, Nova Iorque. A cultura do Tibete é celebrada em Hollywood e na arte popular. Os exilados são cerca de 130 pessoas enquanto seis milhões de tibetanos vivem no Tibete e na China.

Todavia, o futuro do Tibete pode ser bem sombrio. Com a morte do Dalai Lama, ainda que sua reencarnação seja conhecida previamente, ele , sucedendo a si mesmo será ainda demasiado jovem, cercado de desconfianças e desprovido do prestígio conquistado na vida presente. O Mestre Oceano reencarnado terá de refazer todo o árduo caminho de conquista de influência nas câmaras do poder. Será um período de transição que, certamente os chineses aproveitarão para engolir o Tibete budista transformando seu povo em uma horda de pessoas destituídas de suas referências culturais, perdidas na sombra imposta pelo poderio do Estado chinês. Será como um rebanho sem pastor porque o Mestre é símbolo poderoso de unificação.

O Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz, não é um líder teocrático clássico. Porque sempre soube separar o poder religioso do poder político como diferentes esferas do interesse público. Se o povo tibetano recuperasse a soberania do país, o Dalai diz que deverá ser eleito um parlamento e um primeiro ministro para o exercício das funções executiva, legislativa e regulação do judiciário. O Dalai Lama deixa claro que sua posição é de líder unicamente no âmbito religioso.

Ainda sobre a sucessão, quando morre o Dalai Lama, um conselho "real" [sacerdotal] aponta um regente até que a reencarnação do líder seja descoberta/revelada e a criança atinja a idade e o preparo necessários para assumir seu posto. Através dos séculos, evidentemente, nem todos os regentes atuaram com correção. Muitos, tomados de gosto pelo poder, não lamentaram as mortes prematuras de seus tutelados, muitas vezes, mortos em circunstâncias suspeitas. Assim, o período regencial, no Tibete, é potencialmente perigoso, especialmente par o Dalai Lama ainda infante, ainda frágil, em sua nova encarnação.

Na situação normal, o jovem Dalai, poderia surgir renascido como uma menina, no Tibete ou em qualquer outro país. Todavia, os chineses estão forçando uma outra estratégia e o Dalai Lama não hesita em aventar a possibilidade de escolher sua próxima vida ainda nesta vida. O processo passa pela identificação de um jovem lama que será o regente durante a transição, do renascimento e desenvolvimento do futuro Mestre. Quando Tenzin Gyatso morrer e reencarnar, o regente confiável deverá conduzir a identificação da criança [Dalai reencarnado] através dos métodos tradicionais: augúrios, prodígios, sinais da Natureza.


A política chinesa não hesita em usar a força [bruta] para desafiar o mistério metafísico da reencarnação. Quando questionado sobre o imperialismo contra o Tibete, o governo chinês alega que seus exércitos libertaram os tibetanos de uma escravidão teocrática, que o Tibete é inseparável da China e, ao que tudo indica não há esperança de recuo dessa posição. Em 1995, as autoridades chinesas não reconheceram a reencarnação do Panchen Lama [os lamas mestres são três], identificado pelo Dalai Lama em um garoto de 6 anos de idade [em 1995]. E foram além: escolheram outro "reencarnado oficial" e deram sumiço no menino identificado pelo Mestre Oceano.

A atitude é extravagante para um Estado que renega dogmas religiosos de qualquer espécie em uma China onde a propagação de qualquer religião é ilegal. Os exilados estão apreensivos: o tempo está passando e Mestre envelhece. Muitos estão atentos a presságios que revelem alguma coisa sobre um futuro retorno à pátria. Eles sabem que se ficarem sem o seu líder espiritual correm o risco de serem culturalmente sepultados pela força das armas chinesas.


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POWELL, Michael. IN N.Y. Times publicado em 31/01/2009