BEIJING: Os "Budas Vivos" tibetanos estão perto de ter suas "reencarnações" sujeitas ao controle e certificação do governo ateísta chinês.
As novas regras pretendem institucionalizar a legitimidade, ou não, das reivindicadas reencarnações de Budas - ou, Iluminados.
A regulamentação, que entra em vigor em 1º de setembro, estabelece que toda reencarnação declarada deve ser submetida a especialistas religiosos oficiais para que sejam reconhecidas como legítimas.
A China é governada pelo Partido Comunista que, apesar de ser oficialmente ateísta e, portanto, devia ser neutro nestas questões, ao contrário, mantém um severo controle sobre o Budismo Tibetano e outras religiões.
Os "Budas Vivos" ou "Iluminados Reencarnados" são um importante elemento do Budismo Tibetano.
Eles formam um clero de figuras religiosas muito influentes que, segundo a crença, são reencarnações sucessivas de sábios do passado que transcendem as barreiras do tempo tomando novo corpo a cada morte sofrida e permanecendo, assim, sempre presentes no mundo a fim de trabalhar pelo bem da Humanidade.
Frequentemente, mais de um candidato aparece para ser avaliado. Com a aplicação da lei, os novos "reencarnados" deverão ser avaliados por autoridades do governo.
A nova lei parece feita sob encomenda para o caso do Panchen Lama, um "reencarnante" tradicional de primeira linha, a segunda mais influente personalidade do Budismo Tibetano; o Dalai Lama é o Iluminado mais prestigiado.
Em 1995, um garoto de seis anos foi reconhecido pelo Dalai Lama como reencarnação do Panchen Lama. Imediatamente, as autoridades tomaram a guarda e desapareceram com a criança. Movimentos de protesto têm exigido que as autoridades chinesas dêem notícias do paradeiro do jovem Lama.
TEXTO CONSULTADO:
Panchen Lama designado pela China faz primeira aparição internacional
FOTO: AFP/File/Mark Ralston
trad.& adapt. @LygiaCabus YOUTUBE CHANNEL
FONTE: NEWS YAHOO | AFP
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