quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Garrafa de Bruxa





REINO UNIDO ─ Em setembro [2009], em um sítio arqueológico no Condado de Sttafordshire, Inglaterra, foi encontrada uma witch-bottle, garrafa de bruxa. Pertencente ao século XVII [anos 1600], a peça é de origem alemã. Tem formato e tamanho do que poderia ser uma garrafa de cerveja da época que foi transformada em talismã [objeto encantado] destinado e repelir espíritos malignos.


O orientador da escavações, Andrew Norton da Oxford Acheology, empresa prestadora de serviços arqueológicos, explica: Não é um achado comum. A maior parte do material resgatado consiste em cerâmica quebrada. A Garrafa de Bruxa era utilizada por pessoas que, supunham-se amaldiçoadas por alguma feitiçaria ou assombração, ou sujeitas aos mal-feitos de algum inimigo. A garrafa era, ainda, um preventivo poderoso contra o mau-olhado.


Dentro delas, eram colocados tecidos e secreções da pessoa necessitada de proteção: unhas, cabelos, urina. Também eram incluídos nessa poção outros ingredientes dotados com as mesmas propriedades: pedras, ervas, flores, secreções animais ou parte do corpo de animais, como língua, olhos, etc., elementos que, segundo a tradição, tinham poder de proteção. A garrafa, deste modo personalizada, era enterrada próximo da casa do beneficiado com o encantamento.




A garrafa encontrada, primeiro submetida a raio X e depois examinada por dentro continha: 12 pregos de ferro curvados, um deles tranpassando um coração feito de couro, oito pinos de latão, 10 fragmentos de unhas de indivíduo adulto, unhas que devem ter pertencido a uma pessoa de confortável posição social, pois não tinha as marcas das unhas de trabalhador e, ainda, uma quantidade de cabelo e alguma urina, o suficiente para que um exame mostrasse traços de nicotina, indicando uma pessoa fumante. Também há traços de enxofre e um cordão umbilical. [FORTEAN TIMES]

O objeto, feito de uma espécie de pedra com superfície envidraçada, é decorado com com a estampa do rosto de um homem com expressão hostil. [Os arqueólogos arriscam apontar uma identidade para o rosto da garrafa. Seria o cardeal Roberto Belarmino [jesuíta, Roberto Francesco Romolo Bellarmino, 1542-1621, na época, ferrenho adversário da Reforma Protestante]. Diz a lenda que os protestantes procuravam vasos garrafas assim decorados, com o rosto do cardeal, somente para quebrá-las, crendo que desta maneira atingiriam o adversário. O leão gravado na base da garrafa é como se fosse a marca do artesão/feiticeiro.

Apesar do nome, Garrafa de Bruxa, objetos como este eram usados com objetivos benéficos: eram amuletos de sorte. Algo como pendurar uma ferradura na porta. É uma expressão típica do que se chama de magia dos campos. Foi um tempo de muitas práticas supersticiosas: emparedavam-se sapatos de crianças ou enterravam cabeças de cavalo à beira das portas porque ambos, os sapatinhos e a ossada de um animal nobre, tinham o poder de ver e espantar maus espíritos. A garrafa de bruxa podia também ser confeccionada como trouxinhas de pano contendo os ingredientes do encantamento: era o saquinho de bruxa.


LINK RELACIONADO ─ Sobre o Mau-Olhado

Fonte: Witch Bottle Discovered; Made to Ward Off Evil Spirits?
In National Geographic pulicado em 29/10/2009
[http://news.nationalgeographic.com/news/2009/10/091029-halloween-pictures-witch-bottle.html]





quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Humanos: Estranhos e Perigosos Animais




BRASIL ─ Nesta quarta, 18 de novembro, informou o noticiário que na cidade de São Paulo, uma bebê de seis meses morreu depois de ficar 8 horas trancada dentro de um carro sob um calor de 35º. A mãe esqueceu a criança... No mesmo dia, um pai, rejeitado pela ex-mulher, pegou o filho de 2 anos e meio, subiu para a cobertura do prédio de 18 andares e de lá se jogou com o menino. Enquanto isso:

RÚSSIA ─ Novembro, 2009. Na região de Satarov a polícia está às voltas com um crime bizarro: a morte de uma recém-nascida; apenas 22 dias de vida. Os indícios mostram a que a bebê foi assassinada pela própria irmã, 3 anos de idade, uma criança de colo, portanto.

A perícia forense logo percebeu que foi uma morte violenta. A criança chegou ao hospital, na cidade de Engels. Embora ainda viva, estava em estado critico. Os paramédicos ficaram horrorizados. A vítima tinha marcas de mordidas e hematomas em todo o corpo. Durante quatro horas os médicos fizeram todos os procedimentos possíveis para evitar o óbito sem sucesso. A pequena morreu.

A autópsia revelou que a causa da morte foi uma lesão craniana profunda que resultou em trauma encefálico. Alguém tinha batido a cabeça da criança no chão, e com muita força. Depois, exames patológicos determinaram que as mordidas foram feitas pela irmã, pouco mais de 3 anos.

A mãe da criança assassina disse às autoridades que ela e o marido tinham bebido e dormiram profundamente. Quando acordaram, viram a filha mais velha brincando com a recém-nascida. A bebezinha não se mexia, não mostrava nenhuma reação. A mulher chamou a ambulância. Sobre este relato dos pais, questiona-se como, mesmo em sono alcoólico, eles não foram acordados pelos muito prováveis gritos e choro alto da recém-nascida.

Especulações psíquicas-comportamentais apontam para mais de uma lógica que pode ter determinado o incidente. A menininha, talvez, entendesse a figura da irmã com uma boneca, e não como um ser humano. Por outro lado, a questão da humanidade da vítima pode não ser relevante.

Um especialista, mais realista, lembrou que o ciúme dos filhos mais velhos em relação aos bebês, novatos na família, é um fenômeno comum e acrescentou que o assassinato pode, perfeitamente, ter sido deliberado. A motivação: inveja, ciúme, egoísmo por causa da atenção dos pais que foi dividida com chegada de outra criança. Sobre a inocência das crianças, sobre a essência da criatura humana: meditemos...

Fonte: Little Girl Bites Her Baby-Sister to Death While Parents Sleep
In Pravda English ─ publicado em 13/11/2009
[http://english.pravda.ru/hotspots/crimes/13-11-2009/110486-little_girl-0]



domingo, 15 de novembro de 2009

Caldeus: Rituais de Morte



MESOPOTÂMIA ─ Nos anos de 1920, foram encontrados túmulos da realeza mesopotâmica [dos Caldeus]. Crânios achados na época são estudados até hoje. Pesquisas de arqueólogos contemporâneos especializados em crânios revelaram circunstâncias incomuns experimentadas poelas pessoas da época no momento da morte. Em muitas culturas antigas, quando foram comuns a escravidão doméstica e de concubunato, para muitos cidadãos de grandes civilizações morrer não era somente uma fatalidade; era um dever! Ainda hoje, em alguns lugares da Índia, ser viúva de marido velho é uma sentença de morte precoce; é o malogro do Golpe do Baú. Meditemos...

E voltemos... O descobridor dos crânios em questão, Sir Leonard Wooley [arqueólogo, 1880-1960], acreditava que certas vítimas pertenciam à criadagem do palácio. Se o Senhor morria, morriam também seus prediletos. Eles entravam nas tumbas e ali bebiam um uma poção venenosa, fatal. Ao que tudo indica, esticavam as canelas serenamente.

Contudo, recentemente, os crânios desses serviçais que foram escaneados, examinados através da Tomografia Computadorizada. Essa tecnologia contemporânea revelou um dado curioso: todos os empregados tinham bastões de ferro introduzidos na cabeça. Não se sabe exatamente a função ou significado dessa peculiaridade. As análises também detectaram que os cadáveres dos cortesãos eram submetidos a um tratamento diferenciado; uma forma primitiva de mumificação: eram cozidos antes do sepultamento.

Algumas covas, especialmente profundas, abrigavam grupos de mortos de duas classes distintas: guerreiros, vestidos com suas armaduras e uma vítima sacrificial, em geral, uma escrava ricamente adornada com jóias valiosas. Realmente, vida de lacaio na Antiguidade era uma coisa de matar. Meditemos sobre as Leis Trabalhistas...


REFRESCANDO A MEMÓRIA:

Ur foi uma cidade que floresceu na antiga Mesopotâmia durante o predomínio da cultura-nação dos Caldeus [ou caldaica]. Ficava próxima cerca de 160 km daquela que seria a cidade histórica mais famosa da região: Babilônia. Ur também é conhecida porque é citada na Bíblia judaico-cristã: ali seria a cidade natal do patriarca judeu Abrãao ou, ao menos, de onde ele partiu [os pais dele eram de Ur] em busca da Terra Prometida. Hoje, a cidade de Ur fica no Iraque e abriga uma estação da estrada de ferro de Bagdá, plantada no alto de uma colina em "cujas fendas as corujas fazem seus ninhos" [WIKIPEDIA]. O s beduínos chamam o lugar de Tell al Muqayyar, Monte dos Degraus.

Fonte: Ritual Death at Ur
In Archaeological Review ─ publicado em 2710/2009
[http://thearchaeologicalreview.blogspot.com/2009/10/ritual-death-at-ur.html]




sábado, 14 de novembro de 2009

Cotidiano Maia: Mingau de Milho...



Os raros, escassos registros da cultura dos povos pré-colombianos, depois da profanação jesuíta que destruiu inúmeros documentos [fossem pinturas, tábuas escritas, quipos, etc.] foram, enriquecidos com a descoberta de uma série de murais da cultura Maia. Os murais exibem inscrições hieroglíficas completas que fornecem informações ineditas, únicas para os arqueólogos e para a Humanidade. Os painéis retratam muito mais que o dia-a-dia de uma princesa em seu império. A época: entre 620 e 700 d.C..

Os murais até então conhecidos mostravam a elite governante, vitórias em batalhas ou temas religiosos. Mas nas paredes externas [já conhecidas a algum tempo] e, surpreendendo os pesquisadores, agora, se sabe, nas internas também, de uma certa pirâmide, os arqueólogos encontraram algo de completamente diferente.

A construção esteve enterrada por séculos na selva mexicana. O chamado sítio Maia de Calakmul, localizado em 2004, mostra pessoas comuns em ocupações comuns, como a caça. O curador emérito da Yale University's Peabody Museum of Natural History, Michael D. Coe, comentou: Realmente, não existe nada semelhante a isso em qualquer outro sítio arqueológico conhecido. Isso é a vida cotidiana do povo, gente comum fazendo coisas comuns.


MAIAS: MODA E MESA

São cenas coloridas onde pode-se apreciar as roupas e jóias usadas por diferentes classes sociais em Calakmul, uma das maiores cidades do período maia clássico, datado entre 300 e 900 d.C. Nessa Era, Calakmul era algo como a capital do Reino de Kan [Reino da Serpente], um centro urbano importante no mundo maia.

As imagens mostram a comida servida e as pessoas cozinhando e servindo os alimentos. Nos hieróglifos foram decifrados signos que se referem a curioso títulos de criados como: a pessoa do sal, a pessoa do tabaco. Ali também estão desenhados iguarias que eram essenciais na dieta maia. Em um painel, uma mulher serve um prato de tamales [algo como um pastel feito de farinha de milho cozido no vapor envolto, naturlmente, em palha de milho. Pode ser doce ou salgado, conforme o recheio, como carne, queijo etc. É uma espécie de pamonha mesmo. WIKIPEDIA]; um casal se encarrega do mingau de milho.

Fonte: Maya "Painted Pyramid" Reveals 1st Murals of Daily Life
In National Geographic ─ publicado em 12/11/2009
[http://news.nationalgeographic.com/news/2009/11/091112-maya-pictures-murals-pyramid-food.html]




Mistério Ritual: Encolhedores de Cabeça



AMÉRICA DO SUL, Amazônia ─ Nas mais profundas sombras da maior floresta equatorial do mundo vive um povo que ainda conhece o segredo de um dos seus mais infames rituais: o encolhimento de cabeças. O National Geographic Channnel obteve, restaurou e disponibilizou na rede [mundial de computadores] o que pode ser o único filme que registra uma cerimônia atual/relativamente recente de encolhimento de cabeças. Tem receitinha e tudo... LEIA REPORTAGEM COMPLETA VEJA O VIDEO E A TRANSCRIÇÃO DO AUDIO



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Reencarnação. Garoto de 11 Anos Se reconhece Como Mestre Budista


USA-ÍNDIA ─ Jigme Wangchuck [foto], 11 anos [2009], deixou a escola depois de ter reconhecido a si mesmo como reencarnação de um mestre budista que morreu em 1250 d. C.. Jigme começou a falar de sua vida passada ao dois anos de idade. 

No início, seus pais não acreditavam nos relatos porém, durante uma viagem à Índia, visitando um monastério em Mysore, sul do pais, o garoto entrou em transe e começou a descrever outro monastério budista e identificou o lugar falando de um dragão, cerca de 11 metros de comprimento, que adornava o teto.

Os monges Mysore ficaram impressionados: a descrição era exata embora o menino jamais tivesse conhecido o local [nesta vida]. Depois disso, sem nenhuma dúvida, os religiosos admitiram que Jigme é, de fato, o Rinpoche [alto sacerdote, mestre] Galwa Lorepa, fundador de uma das principais escolas do budismo tibetano.

Ele se mudou para a Índia e hoje é o líder de uma seita budista na cidade de Darjeeling, leste do país [Índia]. Ali, ele deve passar os próximos 10 anos em reclusão virtual; isto porque o jovem mestre pode se comunicar com amigos por e-mail. 

Sua mãe ainda insistiu que ele voltasse para Boston e continuasse sua vida normal mas o garoto recusou: Eu deixo para trás meus dias de escola e estou muito feliz com minha posição; e sentenciou: Eu gosto daqui.

Fonte: Boy, 11, declared reincarnated holy man
In Anna Nova ─ publicado em 05/11/2009
[http://www.ananova.com/news/story/sm_3549650.html?menu=news.quirkies]