sexta-feira, 5 de julho de 2013

CRIOGENIA - CONGELADOS PARA NÃO MORRER



CIÊNCIA DE FRONTEIRA. De acordo com o jornal britânico THE INDEPENDENT, três cientistas da Universidade de Oxford deixaram claro seu desejo de serem congelados, por meio da técnica chamada Criogenia. Eles somente querem der "despertados" quando a ciência for capaz de curar doenças que causam a morte.

Eles são: os professores Nick Bostrom, Anders Sandberge e Stuart Armtrong, todos pertencentes ao Future of Humanity Institute do Oxford Martin School. 

Os dois primeiros,  pretendem ter apenas suas cabeças preservadas - em nitrogênio líquido a uma temperatura de 196 graus negativos ao preço inicial de 50 mil libras esterlinas, (pouco mais de 173 mil reais); Armtrong, deixa instruções para a preservação de seu corpo inteiro, mais caro, 130 mil libras (pouco mais de 430 mil reais).

Mas para manter corpos e cabeças, ao longo de anos indeterminados, no freezer - existe um tipo específico de seguro de vida que custa ate 45 libras por mês (pouco mais de 150 reais). Isso garante que ninguém vai "desligar a geladeira" por falta de dinheiro para custos de manutenção.

Nenhum desses cientistas sofre de qualquer doença terminal. Sandberg explica: Minha esperança é que, talvez, dentro de 100 ou 200 anos, a Humanidade terá desenvolvido conhecimento para ressuscitar e curar o que puder causar minha morte. Eu acordaria em um mundo totalmente novo e eu acho isso muito emocionante.
 
Atualmente, quem quiser apostar em criogenia para prolongar a vida - ou escapar da morte em virtude de doença incurável -  conta algumas empresas norte-americanas, pioneiras em oferecer esse tipo de "serviço". Empresas tais como: a Alcor Life Extension Foundation (Arizona) e a American Cryonics Society (Michigan). Sandberg e Bostrom já foram além do simples desejo: assinaram um contrato com a Alcor Life. 

Nick Bostrom, especialista em neurociência computacional e lógica matemática comenta a decisão: Se considerarmos tudo o que já se passou nos últimos 100 anos e quantos avanços (tecnológicos e científicos) puderam ser e foram (previstos) antecipados em 1913, então damo-nos conta que, por mais inseguro que alguém se sinta sobre o futuro, faz sentido optar por estar vivo quanto este futuro chegar.

Para Anders Sandberg, a idéia de congelar a cabeça pressupõe, em futuro próximo, a possibilidade - não de despertar sendo somente uma cabeça mas, a esperança de seja desenvolvida a tecnologia capaz de transferir "a Mente", a personalidade e memórias para um computador que, por sua vez, poderá transferir esse "conteúdo" para um novo corpo, um novo cérebro. 

(Na verdade já existem pesquisas no sentido de fazer upload da Mente para um suporte físico eletrônico embora os cientistas não saibam exatamente o vem a ser essa coisa chamada Mente).

Boltrom e Sandberg contrataram os serviços da Alcor Life Extension Foundation, sediada em Scottsdale - Arizona/EUA, como empresa responsável pelo congelamento e conservação. Essa empresa já tem 974 membros e 117 pacientes na crio-preservação bem como 33 animais de estimação. 77 desses "pacientes" são "neuro-pacientes", ou seja, preservaram somente as cabeças, o centro do sistema neural.  

FONTES
HEATHER, Saul. Academics at Oxford University pay to be cryogenically preserved so they can be 'brought back to life in the future'.
THE INDEPENDENT/UK, publicado em 11/06/2013.
[http://www.independent.co.uk/student/news/academics-at-oxford-university-pay-to-be-cryogenically-preserved-so-they-can-be-brought-back-to-life-in-the-future-8651133.html]
LEAKE, Jonathan. Freeze a jolly good fellow.
THE SUNDAY TIMES/UK, publicado em 09/06/2013
[http://www.thesundaytimes.co.uk/sto/news/uk_news/Education/article1271389.ece]

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