quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Homem Que Vive Sem Dinheiro



Mark Boyle

REINO-UNIDO – Em 2007, Mark Boyle, 31 anos [em 2010] criou o Projeto Freeconomy, uma ousada iniciativa que estabelece uma espécie de nicho econômico internacional que funciona sem dinheiro. A rede de membros do Freeconomy, utilizando a tecnologia da internet, promove trocas de talentos, habilidades, máquinas, equipamentos, espaços e objetos outros entre membros do grupo.

Em 2008 Mark Boyle desistiu de utilizar dinheiro. Vegetariano há seis anos, ele vive em um trailer, em uma caravana e no momento desta reportagem estava estacionado em uma fazenda orgânica próxima a Bristol, Inglaterra, onde trabalha como voluntário três dias por semana. Ele cultiva seu próprio alimento, faz seu próprio sabão, sua própria cidra [bebida alcoólica] usa fogão a lenha e possui um painel de placas/células captoras e produtoras de energia solar. Além, disso tem um telefone celular para receber chamadas e um laptop.

Boyle conta como tudo começou: ...Estávamos conversando sobre os problemas do mundo; fábricas, destrição ambiental, fazendas industriais, experiências com animais, guerras. Eu percebi que tudo isso, de alguma maneira, está ligado ao dinheiro. Decidi abrir mao do dinheiro. Vendi minha casa flutuante em Bristol e larguei meu emprego. Fiz uma lista de tudo o que comprava e tentei descobrir como começar [a ter as coisas] de outra maneira. Como pasta de dentes eu uso uma mistura de de pó de casca de moluscos e sementes de funcho selvagem. Coisas com IPod, você tem de deixar fora da lista.

Tudo leva mais tempo e exige mais esforço, como lavar as próprias roupas com as próprias mãos. Um serviço que a máquina de lavar faz em meia hora demanda duas horas de atividade. Era para ser por apenas um ano [viver deste modo] mas eu gostei desse estilo de vida e vou continar vivendo assim.


O Freeconomy, atualmente, possui 23 mil 276 membros em 148 países que partilham 358 mil 435 habilidades-talentos-profissões, 70 mil 884 maquinas, equipamentos, ferramentas e 377 espaços [Freeconomy]. O que este editor-tradutor acha de tudo isso? Deixe-me realizar a coisa... pasta de dentes... pó de casca de moluscos... moer moluco... Realizei! Tarde demais para mim, vou ficar com o dinheiro mesmo!

LINK – Freeconomy

FONTE: SALTER, Jessica. The man who lives without money.
IN Telegraph, UK – publicado em 18/08/2010
[http://www.telegraph.co.uk/earth/greenerliving/7951968/The-man-who-lives-without-money.html]



Extinção dos Micos-caqueta, Overdose dos Micos Humanos



Mico-Caqueta da Floresta Amazônica


AMAZÔNIA COLOMBIANA – Na floresta Amazônica, um ecossistema que transcende as fronteiras do Brasil, em local próximo às fronteiras entre o Peru e o Equador, cientistas da National University of Colombia, descobriram uma nova espécie de macaco.

Treze gupos da nova espécie foram observados. Os macacos, que pertencem ao gênero Callibecus, são chamados Titi monkeys. Esses novos tipos foram denominados macacos Caqueta Titi, porque foram encontrados na região sul do estado de Caqueta [Colômbia], próxima ao Peru. Seu nome científico foi determinado como Callicebus caquetensis.

Os micos-Caqueta têm o tamanho de um gato, pelagem castanho-grisalha. Especialmente o pelo branco no alto da cabeça e o topete-franja cinzento distingue esta espécie das outras 29 espécies conhecidas até então. Os pesquisadores, entre eles, os professores Thomas Defler, Marta Bueno e o estudante Javier Garcia, visiataram Caqueta, pela primeira vez, em 2008. Publicaram suas descobertas no Primate Conservation journal e alertaram: os macacos estão em perigo; de extinção, como sempre.

Dos Micos Caqueta, estima-se que existam, atualmente, menos de 250 indivíduos e a derrubada da floresta, para a implantação projetos agrícolas, ameaça definitivamente o habitat daqueles animais [e outros mais, evidente]. O biólogo francês da University of Nebraska, Omaha – USA, Jeffrey French, que trabalha com primatas na Amazônia brasileira, classificou a descoberta como espetacular

De modo geral, as pesquisas científicas em determinadas áreas da região Amazônica, não somente para Biologia mas também a Arqueologia, Antropologia etc., foram e ainda são muito prejudicadas/dificultadas pela situação socio-política violenta que caracteriza determinadas zonas, onde atuam grupos guerrilheiros rebeldes associados tráfico de drogas, pessoas e animais, além do estrativismo ilegal.

Sobre Os micos-Caqueta, a pesquisa informa que são animais monogâmicos, ao contrário da maioria dos primatas. Procriam uma vez por ano sendo que as fêmeas costumam gestar apenas um filhote por vez. Os Caqueta possuem uma linguagem complexa formada de diferentes chamados.

Enfin, mais uma espécie de mico. Mais uma espécie de bicho ameaçada de extinção. Mais alertas dos biólogos e ecologistas. Enquanto isso, a população de gente que preste também está em extinção e a população gente doente-demente-cafageste está em expansão. Todavia, cientistas, ecologistas, cúpulas, governantes e cidadãos, que se preparam para o próximo Natal, não parecem suficientemente preocupados com isso.

Pudera... São somente 250 micos-caqueta contra 6 bilhões de vermes humanos. Mico de menos, gente demais. Logo, micos são mais importantes que pessoas. Logo, se uns milhões, ou mesmo bilhões de humanos forem engolidos pela Terra irada, vamos ser francos, vai ser até bom. Se os cangurus multiplicam-se demasiado, abre-se temporada de caça aos cangurus. É a lei: oferta, procura... Dura lex, sed lex. Meditemos...

FONTE: Scientists discover new species of monkey hidden deep in Amazon rain forest.
IN Dailu Mail, UK – publicado em 18/08/2010
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1302768/Scientists-discover-new-species-monkey-Amazon-rain-forest.html]



Os Vampiros Reais Sul-Americanos



Um Desmodus rotundus. Pequeno e mortal. Foto: Trinidad, 1956.


VENEZUELA – Na floresta tropical venezuelana dezenas de mortes misteriosas assombram os indígenas. O caso foi investigado por dois pesquisadores University of California: Charles Briggs e Clara Mantini-Briggs. Os sintomas pré-óbito: febre alta, demência, hidrofobia. O agente do mal: morcegos vampiros, hematófagos, [os Desmodus rotundus, sugadores de sangue] infectados com o vírus da raiva

Nos últimos três anos, desde de junho de 2007, somente entre os nativos Warao, foram 38 casos de morte. Esta raiva transmitida pelos morcegos venezuelanos é extremamente malígna e nela os sintomas são extremos: além da fadiga, febre, dor de cabeça, hidrofobia, suas vítimas sofrem formigamentos nos pés seguido de paralisia [caracterizando a doença como do tipo raiva muda], danos no sistema respiratório, no gastro-intestinal e sistema nervoso em geral gerando hiperatividade [na raiva furiosa] e convulsões. O fim acontece entre dois a sete dias depois de apresentados os primeiros sinais.




Esses morcegos são endêmicos na floresta sul-americana. Seus ataques são noturnos, quando abordam animais adormecidos e, fazendo uma incisão com seus dentes afiados, passam a drenar o sangue da presa. Em geral, esses sangue-sugas são conhecidos por vitimar gado porém, as vítimas vezuelanas humanas multiplicam-se. Uma aldeia perdeu 8 de seus 80 habitantes, todos crianças.

O chefe do programa de combate à raiva do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Atlanta, Estados Unidos, Dr. Charles Rupprecht, lembrou que outras epidemias associadas a essa espécie de morcegos têm ocorrido no Brasil e no Peru e recomendou o uso de mosquiteiros e a vacinação como medidas eficazes de combate à doença.

FONTE: BELOV, Timofei. Vampire Bats Spread Rabies Terror.
INPRAVDA English – publicado em 17/08/2010
[http://english.pravda.ru/science/mysteries/17-08-2010/114640-vampire_rabies-0]



Bullying Histórico – O Real Corcunda de Notre-Dame



The Hunch Back of Notre Dame, 1939 – USA.
Filme. Quasímodo é o ator Charles Laughton.
Direção de William Dieterle.

REINO UNIDO – Com sua corcunda, sua face deformada, suas deficiências, Quasímodo, o trágico herói do romance de Victor Hugo [1802-1885], O Corcunda de Notre-Dame, sempre foi considerado uma personagem de ficção, fruto da imaginação do autor. 

Todavia, uma descoberta recente revela que, um dia, existiu um homem real que foi inspiração para a criação de Quasímodo. 

No romance, o sineiro da Igreja de Notre-Dame, além de corcunda era extremamente feio, com deformidades faciais, problemas de fala e meio surdo. Foi assim, totalmente desprovido de encantos físicos que ele se apaixonou bela bela cigana Esmeralda.

Os indícios de que Quasímodo é baseado em uma figura histórica foram descobertos nas memórias de Henry Sibson.

Sibson foi um escultor britânico. No século XIX, época em que o romance foi escrito, também ele, Sibson, escrevia sobre o cotidiano de seu trabalho naquela famosa catedral francesa. Em seu relato, ele se refere a um pedreiro corcunda, que também trabalhava lá.

Sibson escreveu sete volumes de memórias. Em 1999, os escritos foram adquiridos pelo Arquivo Tate e foram parar no sótão de uma casa em Pensance, Cornwall. 

Agora, as memórias de Sibson foram redescobertas e ali está registrado que na década de 1820, trabalhando na reparação das dependências da Catedral, deparou-se o autor com este pedreiro, na verdade, um escultor corcunda.

* ARQUIVO TATE – Parte dos programas mantidos pela Tate Oranization, uma instituição que abriga a coleção nacional do Arte do Reino Unido de Arte Britânica e Arte Internacional Moderna e Contemporânea. A organização reúne quatro museus. O Tate Britain, em Londres, foi fundado em 1897. Os outros três são: Tate Liverpool, galeria de arte de fundada em 1988; o Tate Saint Iver, em Cornwall, criado em 1998 e, também em Londres, O tate Modern, inaugurado em 2000.


Um trecho relembra: O governo francês tinha dado ordens para a reparação da Catedral de Notre-Dame. As obras estavam em andamento. Eu fui trabalhar nos estudios [de arte] onde eram produzidas e/ou restauradas as grandes peças de escultura. Foi lá que encontrei Monseigneur Trajano, um homem digno, amigável. Ele também era escultor. Mas eu não tinha proximidade com ele. Tudo que eu sei é que ele era corcunda e que não gostava de se misturar com os outros escultores.

Sibson retoma o personagem mais adiante quando trabalhava em outro projeto nos arredores de Paris com o mesmo grupo de escultores. Mais uma vez encontrava o escultor, que era contratado do governo. Desta vez, recorda seu nome como Monseigneur Le Bossu sendo que Le Bossu significa o Corcunda em francês.

O arquivista que fez a descoberta, Adrian Glew, disse: Quando vi as referências ao escultor corcunda de Notre-Dame e as datas coerentes com a criação de Victor Hugo, eu senti que havia uma relação. Victor Hugo começou a escrever O Corcunda... em 1828. O livro foi publicado três anos depois [1831].



As Gárgulas da Catedral de Notre-Dame de Paris.

Em sua investigação, o arquivista Glew foi mais além na descoberta de conexões entre o romance, o autor e o escultor corcunda de Notre-Dame. Victor Hugo tinha um interesse especial na Catedral tendo se envolvido nas polêmicas sobre a orientação estática das reformas no templo. 

Aliás, a história do edifício, cuja construção foi iniciada em 1163 [século X] mostra que a Catedral de Notre-Dame passou séculos entre finalização de construção e reformas. Em 1844, Hugo defendia um projeto que respeitasse o estilo gótico do templo.

Outros indícios sugerem que Victor Hugo teve oportunidade de observar o misantropo escultor corcunda. 

No Almanaque de Paris de 1833 foi publicada uma lista dos profissionais de escultura e artes outras] que atuavam na cidade. Um certo Monseigneur Trajin lá está nomeado e ainda dão seu endereço, na rua Saint Germain-des-Pres, onde Victor Hugo também vivia na época.

Toda ficção da imaginação humana tem pequena semente na observação da realidade e... Sob certo de ponto de vista, hoje, podemos imaginar Quasímodo com um verdadeiro mártir histórico, vítima de bullying... Meditemos...

FONTE: NIKKHAH, Roya. Real-life Quasimodo uncovered in Tate archives
IN Telegraph, UK – publicado em 15/08/2010
[http://www.telegraph.co.uk/culture/books/artsandentertainmentbooksreview/7945634/Real-life-Quasimodo-uncovered-in-Tate-archives.html]

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Mistério dos Pterossauros



Tombstone, Arizona – 1890

PAUPA NOVA GUINÉ – Neste país insular situado a sudoeste do Oceano Pacífico uma criatura alada aterroriza os nativos há milhares de anos. Chamam-no O Ropen, demônio voador. Outra criatura, menor, a Duah, parente do Roten também é um pesadelo para os habitantes das outras ilhas.

Durante muito tempo, pairou a dúvida sobre a existência destes seres; entre os civilizados que ouviam as histórias dos ilhéus, muitos consideravam os relatos como uma lenda, um elemmento mitológico da cultura local.

Recentemente, porém, relatos colhidos por uma equipe de exploração que empreende uma busca sobre a verdade destas criaturas, colocou os pesquisadores na pista de dois animais [como diziam os nativos] que parecem ser bem reais. As descrições falam de verdadeiros monstros, fabulosos pterossauros, ferozes sáurios voadores que, até então, acreditava-se, estão extintos há 65 milhões de anos.

Os pesquisadores Jim Blume e David Woetzel têm feito incursões a regiões perigososas, incluindo as ilhas circundantes à Papua, torrões de terra distantes entre si em meio ao vasto oceano, onde os fósseis vivos alados são mais temidos posto que ali costumam, com mais freqüência, capturar suas presas.

As evidências não se limitam aos relatos de testemunhas oculares. Foram encontrados os ninhos gigantescos das criaturas em regiões montanhosas íngremes, nos penhascos. David Woetzel obteve alguns registros em vídeo que esta editoria e a fonte da notícia não lograram localizar nainternet.

Os primeiros ocidentais a chamar a atenção para esses incríveis animais no ecossistemas das ilhas do Pacífico, especialmente na região da Papua, foram os missionários cristãos que chegaram àquele país depois da Segunda Guerra Mundial. Sobre essas fábulas reais, escreveu-se que tinham enormes asas semelhantes às asas dos morcegos [articuladas], dotados de dentes longos como navalhas afiadas, garras igualmente poderosas e uma longa cauda com extremidade em fornato de seta.

Tanto nativos como pesquisadores observaram que as criaturas brilhaam no escuro, o que as torna claramente visíveis à noite. Os cientistas supõem que essa luminescência auxilia o predador a caçar e pescar na escuridão.

Confirmando o conhecimento milenar dos nativos, também estes exploradores estão convencidos que são duas espécies de sáurios alados que assombram a área. Avistamentos recentes e umacarta náutica do seculo XVI [anos 1500] confirmam a diversidade. O documento de 1595 adverte os marinheiros sobre os monstros do mar e indica os locais da Terra conhecida poderiam ser encontrados.

A ilustração da carta náutica mostra, na Papua Nova Guiné, dois tipos de monstros: um maior que o outro porém ambos com características físicas idênticas. Pecoço longo, uma crista [protuberância] proeminente na cabeça, cauda terminando em forma triangular, sulcos nas costas. São retratados sobrevoando uma ilha.

Os Ropens da Papua têm asas com mais de 6 metros de envergadura; os pequenos Duahs, têm pouco mais de 1 metro de envergadura de asas. Os nativos distinguem bem os tipos e os pesquisadores indentificam-nos como remanescentes de dois sáurios: o Dimorphodon [que seriam os Ropens] e o Ramphorhynchus [os Duahs].

Mas a Papua Nova Guiné e suas ilhas periféricas não são o único lugar do mundo onde esses prodígios são encontrados [ou encontráveis]; Há relatos de avistamentos entre nativos africanos do Congo, Zâmbia, Angola, Quênia, Zaire. Lá, são chamados Kongomato. Sua aparência é um pouco diferente dos animais da Papua. Os fricanos são avermelhados e cauda bifurcada. Mas suas asas são igualmente enormes, as garras afiadas e os dentes proeminentes, ou seja, o perfil de um predador.



FONTE: AYM, Terrence. Found alive: Two dinosaur species in Papua New Guinea.
IN HELIUM – publicado em agosto, 2010
[http://www.helium.com/items/1919934-live-dinosaurs-found-in-papua-new-guinea]



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Comer Vegetais, Respirar os Ares do Campo... Isso Pode Ser Mortal


Rússia, 2009: a árvore crescendo no pulmão do homem.
Massashussetts, USA – Na cidade de Brewster um pé de ervilha brotou no pulmão esquerdo de um homem levando o órgão ao colapso e o homem ao hospital, com urgência, onde os médicos identificaram o bizarro problema. 

Ron Sveden sofria de enfisema, doença pulmonar. Quando seu estado de saúde piorou abruptamente, todos pensaram que a moléstia tinha se agravado ou, pior, que o paciente desenvolvera um tumor, um cancer. Mas os exames revelaram uma semente de ervilha em estado de brotamento.

A plantinha tinha uma polegada de tamanho e foi extraída por meio de uma cirurgia. Depois do susto, Ron Sveden despertou para sua primeira refeição de convalescente. No menu, salada com ervilhas. 

O caso não é inédito, há um ano [em 2009] médicos encontraram uma árvore brotando no pulmão de um paciente de 28 anos que ia ser operado de um cancer. Neste episódio, a planta foi descoberta por acaso, quando o peito do homem foi aberto para a cirurgia. A mudinha era de Abeto, um tipo de conífera [Fir tree].

FONTE: Doctor finds plant growing inside man's lung
IN WHDH TV NEWS – publicado em 09/08/2010 [http://www1.whdh.com/news/articles/local/12001910794327/man-finds-plant-growing-inside-his-lung/]