Os dois esqueletos dos prováveis presumidos vampiros encontrados na Búlgaria. As estacas de ferro no peito confirmam as crenças medievais.
BULGÁRIA. Dois esqueletos de (supostos) vampiros foram descobertos próximos a um mosteiro na da cidade búlgara de Sozopol.
O diretor do Bulgaria National Histoy Museum, Bozhidar Dimitrov, comentou: Esses dois esqueletos (são de cadáveres que) transpassados com varas ilustram uma prática que era comum em algumas aldeias búlgaras até a primeira décadas do século XX (anos 1900 d.C.).
De acordo com as crenças pagãs, pessoas ruins, malfeitores durante a vida, poderiam transformar-se em vampiros após a morte. (E esta é apenas uma das versões para a origem dos vampiros). O meio de impedir que isso acontecesse era cravar uma barra de ferro ou madeira do peito do defunto antes de de enterrá-lo.
Acreditava-se que a estaca podia segurá-los no túmulo, impedindo-os de sair à meia-noite para aterrorizar a vida de seus conterrâneos.
Dimitrov informou que mais de 100 esqueletos enterrados desta forma foram encontrados por arqueólogos, na Bulgária, nos últimos anos e acrescentou:
Eu não sei porquê uma descoberta comum causa tanto interesse. Talvez por causa do mistério da palavra vampiro. Estas pessoas eram consideradas malignas em vida e capazes de continuar praticando suas maldades mesmo depois de mortas.
Dimitrov disse, ainda, que ...Freqüentemente os vampiros eram aristocratas ou clérigos. O curioso é que não há mulheres entre eles (até agora nenhuma foi encontrada na Bulgária). (Ao que parece) ...Eles não tinham medo das bruxas.
A vampira de Veneza, encontrada em 2009.
VAMPIROS EM VENEZA
Porém, em março de 2009, pesquisadores italianos divulgaram a decoberta - em Veneza, na pequena ilha de Lazzaretto Nuovo, situada no Lago Veneza - o que eles acreditam ser os restos de uma vampira enterrada com um tijolo encaixado entre as mandíbulas, com o objetivo - supõe-se - de impedí-la de alimentar-se das vítimas da Peste Negra, que assolou a cidade no século XVI (anos 1500). Este blog publicou a notícia. VEJA LINK RELACIONADO - abaixo.
Na época, o antropólogo da Unversidade de Florença, Matteo Borrini, disse que essa descoberta confirma a existência da crença medieval de que os vampiros eram responsáveis pela disseminação de pragas, como a Peste (também chamada Morte Negra).
Esta vampira foi encontrada em uma vala comum datada em 1576. A ilhota de Lazarreto Nuevo, localizada cerca de 2 km a nordeste, foi usada como sanatório para isolar os infectados pela Peste.
Borrini informou: Esta foi a primeira vez que a arqueologia conseguiu recuperar uma prova do ritual de exorcismo (neutralização ou extermínio) de um vampiro. Isso ajuda a autenticar as antigas crenças sobre o mito dos vampiros.
Um dos fatores que promoveu acrença dos Vampiros na Europa foram as pragas, as doenças que assolaram o continente ente os anos de 1300 e 1700, principalmente porquê a decomposição dos cadáveres não era bem compreendida - segundo Borrini. Ele continua:
Coveiros, reabrindo valas comuns, deparavam-se com cadáveres inchados pelo efeito da liberação de gases, com cabelos e unhas crescidos e sangue escorrido em suas bocas. Acreditavam então que, de algum modo, ainda viviam.
As mortalhas usadas paracobrir os rostos dos mortos, freqüentemente eram achadas deterioradas na área da boca e isso decorre da ação de bactérias. Então, os dentes do cadáver ficavam a mostra e, por isso, os vampiros tornaram-se conhecidos como "comedores de mortalhas".
Alguns textos médicos e religiosos medievais registraram a idéia de que existiam mortos-vivos que espalhavam a Peste para sugar a vida dos moribundos. Com isso, obtinham energia para voltar continuar "vivendo".
Muitos pesquisadores (que não pesquisaram o suficiente...) afirmam que a figura do vampiro
é, relativamente, moderna, comparada a um tipo entre seus inúmeros seus antepassados, os Ghouls, comedores de cadáveres e bebedores de sangue, cuja existência tem relatos datados em milhares de anos.
HISTÓRIA & FOLCLORE
Durante a Idade Média, a crençaem vampiros disseminou-se, não somente na Bulgária mas, em muitos lugares daEuropa Central e Leste Europeu. A palavra vampiro, de acordo com a maior parte dos estudos, tem origem no termo eslavo "opyrb" ou "opir" que, aos poucos, tornou-se vipir, vepir ou vapir. Bêbados, ladrões, assassinos, esses tipos marginais eram todos vistos como candidatos ao vampirismo.
Uma das versões sobre anatureza desse monstros, adimite que os vampiros pareciam ser pessoas normais. Chegavam em uma cidade, estabeleciam-se, às vezes casavam-se e tinham filhos. Mas à noite, vagavam na escuridão em busca de sangue humano.
Eram essas criaturas que somente podiam ser detidas e exterminadas cravando-lhes uma estaca no coração.
Entre as idéias difundidas, dizia-se que os vampiros eram almas de bandidos que morriam nas montanhas ou florestas ou ao longo de uma estrada, sozinhos, sem socorro, bençãos ou funeral - e assim, seus cadáveres expostos eram comidos pelos corvos, lobos etc..
Isso coincide com uma lenda mesopotâmica da Antiguidade segundo a qual era maldito e tornava-se uma maldição aquele que morria e ficava sem sepultura.
O cadáver sem sepultura não poderia transcender, nem para o céu, nem para o inferno. Tornava-se um espírito errante e preso o ambiente terreno, assombrando o local onde morreu e bebendo o sangue daqueles que podia surpreender no lugar.
Outro relato diz o vampiro é alguém que sofreu morte violenta ou não natural e, ainda, alguém cujo cadáver foi atacado por um gato antes do enterro, como se este evento fosse um presságio do futuro vampirismo do defunto.
Caso tal coisa ocorresse, durante 40 dias depois do enterro, os osso tomavam uma consistência gelatinosa e o morto, tornado vampiro e invisível, passava a praticar maldades entre os vivos; maldade variadas, desde depenar animais vivos até sufocar pessoas.
Este tipo de vampiro poderia ser destruído por um Vampiridzhija, ou seja, um caçador der vampiros profissional, que podia vê-los. Ou, ainda, poderiam sucumbir de vez se fossem devorados por um lobo.
Mas se não fosse destruído nos primeiros 40 dias post-mortem, o Vampiro desenvolveria um esqueleto e tornava-se muito mais resistente.
O folclore sobre vampiros é muito variado. Há lugares onde as mortes inexplicáveis de gado e outros animais foram atribuídas a um tipo de vampiro específico, denominado Ustrel.
Estes eram espíritos de crianças nascidas em um sábado e que morriam antes de receber o batismo. No nono dia após o enterro, o Ustrel saía da sepultura para drenar o sangue de bois, vacas, ovelhas retornando ao túmulo antes do amanhecer.
Matar um Ustrel exigia a execução de um ritual conhecido como Needfire (?) ou, como parece ser o mais correto, Newfire. Consistia em apagar o fogo em todas as casas da aldeia em um sábado, antes do alvorecer. Reunir todos os animais de rebanho em uma encruzilhada e - ali, acender um "fogo novo", através do método pré-histórico, pela fricção de bastões de madeira.
O fogo novo iria alimentar duas fogueiras também novas. Os animais deviam ser orientados para circular entre as fogueiras. Isso, feito na escuridão da madrugada, deveria atrair o vampiro para o local e ali prendê-lo onde, esperava-se, os lobos o comeriam. Antes que as fogueiras extinguirem-se, uma chama era preservada para reacender os fogos nas casas de toda a aldeia.
LINKS RELACIONADOS
VAMPIROS por LygiaCabus
FONTE: MILLER, Daniel. Are you sure digging him up is a good idea? Archaeologists find Bulgarian 'vampires' from Middle Ages with iron rods staked through their chests.
DAILY MAIL/UK, publicado em 05/06/2012.
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2154837/Vampire-skeletons-unearthed-Bulgaria-iron-stakes-plunged-chests.html?ito=feeds-newsxml]