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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ray Rong - O Menino Santo Que Cura Doentes no Camboja


Ray Rong, 3 anos (setembro, 2012), abençoa garrafas de águas, ervas e outros remédios na aldeia de Svai Chrum. Foto: Heng Chioan/Phnom Penh Post. 

O Camboja ou Reino do Camboja, cuja capital é Phnom Penh, é um país famoso por abrigar as misteriosas ruínas de Angkor que, um dia, foram o centro do império cambojano. 

Com uma população de mais de 14 milhões de habitantes (em 2008), o idioma oficial é o khmer mas, como herança de períodos coloniais existem grupos que falam o francês, o chinês e o vietnamita. 

Ali, a religião predominante é o budismo teravada ou "Ensino dos Sábios" e - ainda, "Doutrina dos Anciões", a mais antiga escola da doutrina dos Budas, os Iluminados da Ásia. Portanto, a benção de Ray Rong é uma benção budista.


CAMBOJA. Na província de Svay Rieng (sul do Camboja), na pequena aldeia de Svay Chrum - centenas de pessoas provenientes de diferentes cidades e províncias reúnem-se, fazem fila para esperar o atendimento do pequeno Ray Rong, 3 anos (em setembro de 2012).

O garoto, terceiro filho de cinco de um casal de pobres agricultores, Saray Tep e Saroeurn Un, atualmente é conhecido como um dos mais eficientes curadores (ou curandeiros) do país. Ele abençoa água e receita medicação fitoterapeutica para exterminar doenças variadas.

Todos os dias, cerca de 200 pacientes, alguns vindos do país vizinho, o Vietnam, esperam do lado de fora da casa desta criança na esperança de serem curados de suas moléstias. Vários desses peregrinos viajam centenas de quilômetros para chegar até ali e muitas vezes dormem na porta da residência.


Hom Yay, 60 anos (2012) - um dos pacientes, levou incenso, velas, bolo e água potável como oferenda para o pequeno, que já considerado santo.

Hom Yay fala do seu caso: Eu tenho sofrido com o diabetes há 10 anos. Meu nível de açúcar no sangue nunca era inferior a 410 mg (o nível normal varia entre 70 e 180 mg por decilitro ou dl). Eu tomava remédios e ía aos médicos mas nunca melhorava. Depois que essa criança santa me deu a água mágica para beber e alguns frutos de figo meu nível de açucar caiu para 110 mg/dl.


Srey Sokhon, uma mulher, alugou uma casa próxima ao local de atendimento por quatro noites enquanto esperava sua vez de ver o garoto. Ela tem esperança de que a água recebida e uma receita de ervas medicinais prescrita por Ray Rong vai ajudar a curar a doença de consiste em uma condição que deixava seu corpo todo dormente e prejudicava sua rotina de alimentação. Srey Sokhon diz que sente-se melhor e já consegue comer normalmente.

Mas nem todos têm conseguido uma consulta. Recentemente, os consulentes foram informados que o santo está doente! Por isso, os pacientes têm de esperar. Na verdade, a família suspendeu as as visitas, preocupada com o esgotamento físico ao qual vem sendo submetido o menino.

De fato, os familiares de Ray Rong também não estão satisfeitos. Eles têm sido intensamente assediados por repórteres de jornais e canais de televisão. O avô do menino, Yorm Yum, lembra como tudo começou: há pouco tempo atrás, sua filha mais velha (tia de Ray Rong) padecia de uma dor insuportável; ela chegou a pensar em suicídio. 

Na época, Rong, que estava começando a a aprender a falar, disse que ia procurar o remédio para curar a tia e saiu correndo de casa. Chegando a determinado local apontou o dedo para uma planta estranha e selvagem. A família colheu a planta, secou-a sob o sol e preparou uma infusão, um chá. A tia bebeu e as dores desapareceram.  

O pai de Rong era alcoólatra. O filho ofereceu-lhe um pouco de água e desde então o homem abandonou o vício. A notícia destes dois prodígios espalhou-se rapidamente e assim começaram as romarias até a casa humilde do povoado. 

Isso aconteceu há dois meses. Desde então ...umas 3 mil pessoas já vieram vê-lo. Todos afirmam que recuperam-se de suas enfermidades... informa o avô de Ray Rong. 

Mas Yorm Yum está preocupado com a segurança e a saúde do neto, que - os parentes percebem, está sendo prejudicada pela intensidade dos atendimentos. Ele é só uma criança e já não tem tempo de descansar. Decidimos interromper essa atividade. Agora os pacientes que o procuram estão recebendo somente a água abençoada pelo pequeno.

FONTE: VUTHY, Sou. Three-year old revered as healer.
PHNOM PENH POST/CANBOJA, publicado em 14/09/2012.
[http://www.phnompenhpost.com/7days/1615-three-year-old-revered-as-healer]

sábado, 31 de outubro de 2009

Jungle Woman Quer Voltar Para a Floresta



Camboja ─ Em 1989, na província de Ratanakkiri, fronteira com o Vietnam, Rochom P'ngieng tinha 8 anos. A menina pastoreava búfalos quando desapareceu duarante quase duas décadas [18 anos sumida]. Em fevereiro de 2007, para surpresa de parentes, ela reapareceu. Tinha vivido na floresta durante todo aquele tempo.

Transformou-se no que os cientista chamam de feral child. Sua história apareceu nas manchetes do mundo onde era chamada jungle woman

No caso de Rochom, tudo indica que ela, sequestrada ou perdida, foi adotada por um grupo de macacos. Quando foi resgatada, o pai mal podia reconhecê-la, mas era ela, como comprovava uma cicatriz antiga em seu rosto. Estava nua e muito suja.

Não falava, recusava comida, tinha um comportamento de bicho assustado. Andava curvada, como um macaco e somente foi apanhada porque saiu da floresta em busca de alimento: estava roubando uma plantação. 

Hoje, 2009, nada mudou; ou pior, o estado de animalidade da jovem não diminuiu, ao contrário, intensificou-se. Sal Lou, o pai, explica: A condição dela parece pior do que quando nós a encontramos. Ela recusa usar roupas; está sempre tirando e tenta fugir, de volta à selva. E Ronchom, continua sem saber falar.

Alimenta-se mal, recusa arroz e fica mais magra a cada dia. Várias vezes levada ao hospital da província de Ratanakkiri onde seu caso tornou-se um problema: os médicos não conseguem contê-la nem têm condições de vigilância constante que possa impedir a fuga da paciente. Todavia, tencionavam insistir na recuperação da jovem. Em vão: o pai decidiu ficar com ela em casa contra a vontade da equipe médica.


Fonte: MAcKINNON, IAN. Jungle woman Rochom P'ngieng wants to return to the wild
In Teleghraph publicado em 30/10/2009
[http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/cambodia/6468099/Jungle-woman-Rochom-Pngieng-wants-to-return-to-the-wild.html]