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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Feral Woman em Mianmar - 30 Anos Vivendo na Selva


Ng Khaila, 42 anos (2012) ao lado da mãe, Ng Ngola. Reencontro depois de 38 anos.

ÍNDIA/MIANMAR. Em 1974, Hg Chhaidy tinha quatro anos quando desapareceu depois de ter saído de casa em companhia do primo, Beirakhu. 

As crianças foram brincar na floresta próxima à sua aldeia, uma pequena comunidade que, ainda hoje, abriga apenas cerca de 150 pessoas, em Saiha (ou Siaha), distrito meridional do estado indiano de Mizoram.

Ela perdeu o caminho de casa. Embrenhando-se na densa vegetação da jungle, foi parar em outro país: Mianmar ou Birmânia (oficialmente República da União de Myanmar), que faz fronteira com aquele estado indiano (observe os mapas).




Mianmar, fronteira com o estado indiano de Mizoram onde localiza-se a pequena cidade de Saiha, próxima à aldeia natal da menina desaparecida.

No dia seguinte ao desaparecimento, para piorar a situação, um forte tempestade abateu-se sobre a região. Muitos se convenceram de que as duas crianças não sobreviveriam à intempérie. Porém, Beirakhu, o garoto, foi achado à beira de um córrego. Seu estado era lamentável mas, estava vivo. 

Depois de recuperado, Beirakhu contou que uma mulher encontrou-os e ajudou-os. Segundo ele, essa mulher vivia na floresta e deu-lhes abrigo e alimento. Mas quando os aldeões acompanharam o menino na tentativa de localizar o local onde ficava a casa da tal mulher, não havia sinal de moradia de nenhum tipo e nem de Chhaidy.

Então, os moradores da aldeia mobilizaram-se fazendo buscas durante meses mas o esforço foi infrutífero. Alguns aldeões diziam que a garota tinha sido abduzida por fantasmas, porque acreditam que a floresta é assombrada.

Agora, 38 anos depois, ela reencontrou o pai Ng Khaila, agricultor - 62 anos (em 2012) e a mãe Ng Ngola (50 anos, 2012), que depois de tanto tempo, jamais imaginaram ver a filha novamente, como disse Khaila: Nós tínhamos perdido toda a esperança de encontrá-la viva.

Porém, embora não acreditassem que iam achá-la viva, os pais ainda esperavam, um dia, descobrir saber o destino da menina, o quê - de fato, tinha acontecido com ela.

Durante quase quatro décadas de angústia, houve rumores. Muitas vezes, a família ouviu comentários sobre uma jovem selvagem vagando na mata. 

Khaila lembra que, ao longo dos anos: Ouvíamos as pessoas falando de uma mulher nua com longos cabelos e unhas vivendo nafloresta, às vezes - diziam, tinha sido vista do lado dafronteira de Mianmar. Falavam, ainda, que ela atacava as pessoas que tentavam fazer contato com ela. Ficávamos desconfiados mas nunca conseguimos localizar essa mulher.


DESTINO

Em julho deste ano (2012) uma moradora de Mianmar foi visitar parentes na cidade de Saiha e foi-lhe oferecido um jantar. Entre os convidados, estava o pai de Hg Chhaidy. Durante a conversa, o mistério do desaparecimento, finalmente, começou a ser desvendado. 

A visitante comentou que Ng Khaila se parecia muito com uma mulher que ela tinha adotado há quatro anos. E deu detalhes: A mulher estava estava nua, em um cemitério, quase morta. A outra, resolveu ajudar.

Ao ouvir o relato, o agricultor pensou na filha e contou sua história. Decidiu visitar a aldeia do país vizinho para ver pessoalmente a "selvagem" do cemitério". 

Hg Chhaidy conta: No começo, eu não a reconheci. Mas notei as marcas de nascença no rosto e piercings que minha filha tinha (é um costume local). Além disso, ela era canhota. Então, tive certeza de que era minha filha.

Ela, nada lembrava de seu passado. No momento, o sofrido pai ainda tentou reavivar a memória de Chhaidy sem resultado. Mas, na noite seguinte, ela ela veio até mim, me abraçou por trás e disse 'Ippa - pai no dialeto local, o Mara. Eu fiquei muito feliz.

Em agosto,depois de regularizar a situação com as autoridades locais, a família, finalmente, conseguiu levar Chhaidy de volta ao lar, na Índia.

Desde então, ela não recebeu nenhum atendimento médico, clínico ou psicológico. Passa os dias visitando os vizinhos, brincando com jovens e velhos.

RESSOCIALIZAÇÃO



Ela quase não fala; há muito desaprendeu oque sabia ao 4 anos. Mas ainda consegue lembrar os designativos para seus genitores: Ippa e Inna: pai e mãe.

Os presentes - que ganhou dos amigos da família, ela mantém em uma janela: uma caixa metálica verde com lixas de unhas, um pente de plástico, tubos de creme hidratante e um batom. Quando acorda, todas as manhãs, ela penteia o longo cabelo que aprendeu a amarrar com uma fita.

Surpreendentemente, agora que está de volta ao ambiente familiar, Hg Chhaidy tem se mostrado acessível e faz progresso no processo de reintegração social, embora tenha um comportamento infantil. Mas está aprendendo novas palavras, comparece com os parentes nos eventos da aldeia e da cidade de Saiha e começou a comer comida cozida.

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NESTE BLOG





FONTE: EDWARDS, Anna.  
Missing Indian girl who disappeared 38 years ago returns home after living in Myanmar jungle for decades.
DAILY MAIL/UK, publicado em 10/09/2012.
[http://www.dailymail.co.uk/news/article-2201134/Missing-Indian-girl-disappeared-40-years-ago-returns-home-living-Myanmar-jungle-decades.html]

sábado, 31 de outubro de 2009

Jungle Woman Quer Voltar Para a Floresta



Camboja ─ Em 1989, na província de Ratanakkiri, fronteira com o Vietnam, Rochom P'ngieng tinha 8 anos. A menina pastoreava búfalos quando desapareceu duarante quase duas décadas [18 anos sumida]. Em fevereiro de 2007, para surpresa de parentes, ela reapareceu. Tinha vivido na floresta durante todo aquele tempo.

Transformou-se no que os cientista chamam de feral child. Sua história apareceu nas manchetes do mundo onde era chamada jungle woman

No caso de Rochom, tudo indica que ela, sequestrada ou perdida, foi adotada por um grupo de macacos. Quando foi resgatada, o pai mal podia reconhecê-la, mas era ela, como comprovava uma cicatriz antiga em seu rosto. Estava nua e muito suja.

Não falava, recusava comida, tinha um comportamento de bicho assustado. Andava curvada, como um macaco e somente foi apanhada porque saiu da floresta em busca de alimento: estava roubando uma plantação. 

Hoje, 2009, nada mudou; ou pior, o estado de animalidade da jovem não diminuiu, ao contrário, intensificou-se. Sal Lou, o pai, explica: A condição dela parece pior do que quando nós a encontramos. Ela recusa usar roupas; está sempre tirando e tenta fugir, de volta à selva. E Ronchom, continua sem saber falar.

Alimenta-se mal, recusa arroz e fica mais magra a cada dia. Várias vezes levada ao hospital da província de Ratanakkiri onde seu caso tornou-se um problema: os médicos não conseguem contê-la nem têm condições de vigilância constante que possa impedir a fuga da paciente. Todavia, tencionavam insistir na recuperação da jovem. Em vão: o pai decidiu ficar com ela em casa contra a vontade da equipe médica.


Fonte: MAcKINNON, IAN. Jungle woman Rochom P'ngieng wants to return to the wild
In Teleghraph publicado em 30/10/2009
[http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/cambodia/6468099/Jungle-woman-Rochom-Pngieng-wants-to-return-to-the-wild.html]