quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Os Corvos



"Nos fios tensos, da pauta de metal..." * uma congregação de corvos. Em Caldecote, Cambridgeshire - UK. Veja a foto ampliada na página de origem ou clique na imagem acima.

FONTE: [http://www.dailymail.co.uk/news/article-1352583/Starlings-delight-residents-awe-inspiring-giant-cobra-aerial-display.html]
* Parte de um verso de Cassiano Ricardo, música do grupo Secos e Molhados: Nos fios tensos, da pauta de matal, as andorinhas gritam, por falta de uma clave de Sol...


Uma Cobra Gigante nos Céus


UK - Bandos de estorninhos que migram nesta época do ano, passando pelo Reino Unido, são bastante conhecidos por suas incríveis formações aéreas. 

Os pássaros movimentam-se em uma coordenação tão perfeita que cientistas, intrigados, há anos estudam como estes animais conseguem este tipo de interação mútua. 

No primeiro dia deste mês de fevereiro (2011), um desses bandos surpreendeu os moradores de Taunton, no condado de Somerset delineando nos céus, em pleno voo, a figura de uma cobra gigante.

O fenômeno, conhecido como murmation ocorre geralmente durante o crepúsculo. As misteriosas formações resultam do instinto de sobrevivência. A revoada protege o bando que se fortalece pelo grande número de indivíduos reunidos.

FONTE: Watch out, there's a giant cobra about! Thousands of starlings delight residents with an awe-inspiring aerial display.
IN Daily Mail, UK - publicado em 02/02/2011
[http://www.dailymail.co.uk/news/article-1352583/Starlings-delight-residents-awe-inspiring-giant-cobra-aerial-display.html]

Chimpanzés – Sofrimento Humano na Consciência da Morte


O Chimfunshi Wildlife Orphanage é um famoso orfanato e
santuário para Chimpanzés, a única instituição do tipo no
mundo, localizado na Copperbelt province, no Zâmbia – África.


ZAMBIA, Africa – No orfanato e santuário de chimpanzés de Chimfunshi, cientistas do Max Plank Institute for Psycholinguistics (sediado na Holanda) e da Gonzaga University, de Whashington (USA) comprovaram que chimpanzés não somente têm consciência da morte de seus semelhantes como, também, possuem uma cultura, um padrão comportamental diante da finitude da vida em relação a seus entes queridos falecidos. Os pesquisadores, Drª Katherine Cronin, Edwin Leeuwen, Mark Bodamer e Innocent Chitalu Mulenga, conseguiram registrar os procedimentosde luto dos animais em uma sequência de vídeo.

Resultado de longo tempo de observação, é uma descoberta surpreendente porque uma das características sempre apontadas como distintiva, peculiar aos seres humanos é, o sentimento da perda diante da morte, o luto, a cultura. As mães chimpanzés têm um longo tempo, em termos de vida animal, para estabelecer laços íntimos com seus filhos. Amamentam-nos até os dois anos e acompanham seu desenvolvimento até os seis. Mas a relação afetiva se estabelece bem cedo.

A sequência filmada pelos cientistas que trabalham no santuário de Chimfunshi, um registro inédito, mostra uma chimpanzé em pleno processo ou experiência de luto por seu bebê, morto com apenas 16 meses de idade.

Em um primeiro momento, a fêmea demora a se convencer que o bebê morreu. Ela o carrega por mais de 24 horas até que, enfim, resolve colocá-lo no chão. Ela faz isso com ternura. Mas ainda não está certa da morte do filho e permanece cercando o corpo, tocando-lhe o rosto e o pescoço com os dedos para certificar-se da verdade: tudo indica que não há mais vida no macaquinho.

Porém, ela ainda duvida e leva o corpo para outros chimpazés da comunidade ou bando. Ela parece querer uma segunda opinião e demora-se, ainda um tanto, para aceitar o fato. Somente no dia seguinte o corpo foi, finalmente, abandonado. Aparentemente, aquela fêmea havia, naquela situação, aprendido sua primeira e definitiva lição sobre a vida: a irremediável morte e seu mais freqüente companheiro, o sofrimento dos vivos.





Por quê a mãe carraga o filho morto por dias ou semanas? Primeiro, ela jamais abandonaria um filhote vivo. Ela precisa ter certeza de que não há mais vida naquele ser. A fêmea somente abandona o filhote quando certifica-se de que a vivacidade não retorna àquele corpo mesmo com o passar de até muitos dias.

Ela sabe que o filhote, de algum modo, ainda que imcompreensível, não está mais ali. Finalmente a chimpanzé se convence de algo mudou e não mais confunde o morto com o vivo; não mais reconhece a presença da cria na massa inerte. E assim os chimps aprendem e sentem o quê é a morte.

Drª Katherine Cronin comenta a pesquisa: Os vídeos são extremamente valiosos porque questionam a verdadeira dimensão da mentalidade desses primatas e fornecem indicações do que (realmente) se passa na mente deles. Relatórios anteriores documentaram mães que carregaram seus filhotes mortos durante dias ou mesmo semanas, mostrando a força do vínculo entre a mãe e filho.

A pesquisa reafirma um estreita proximidade entre os humanos e determinadas espécies de macacos. Os chimpanzés alguns dos mais próximos parentes do homo sapiens. Eles são capazes de produzir uma resignificação de objetos, diferentes materiais, como fragmentos de madeira, pedras, conchas, cabaças etc., que escolhem e passam a usar como ferramentas no dia-a-dia; também conseguem organizar-se em grupos de caça e executar ações planejadas com antecedência. Além disso, o chimpanzé é um dos poucos animais da fauna terrena capaz de reconhecer a si mesmo em um espelho e, ainda, tendo consciência de que a imagem contemplada é apenas um reflexo

FONTE: A mother's grief: The startling images which show how chimpanzees mourn their dead just like humans.
IN DAILY MAIL, UK - publicado em 31/01/2011
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1352119/Chimpanzees-mourn-dead-children-just-like-humans.html].



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bioluminescência – As Águas Que Brilham no Escuro da Noite



AUSTRÁLIA – Em Gippsland Lakes, estado de Victoria, sudeste australiano, a concentração anormal, excessiva, de um micro-organismo chamado Noctiluca Scintillans, produz um estranho e fascinante efeito de visual tornando as águas dos lagos luminosamente coloridas em um tom azul muito brilhante.


O fenômeno, muito raro nessa escala, resulta de uma reação química, a bioluminescência, acontece naturalmente quando a massa dos microorganismos é perturbada ou movimentada por agitação nas águas. Pessoas que mergulhem em águas assim, molhadas com essa água, saem do lagos igualmente azuis e fosforescentes.


O complexo lacustre de Gippsland possui seis grandes lagos além de pântanos e lagoas. Especialistas acreditam que a ocorrência do fenômeno com essa magnitude deve-se à combinação de incêndios florestais e inundações, que produziu altos níveis de nutrientes naquela região, nutrientes do tipo que alimentam os micro-organismos favorecendo sua rápida multiplicação.

FONTE: The lake that glows in the dark: Eerie phenomenon that turned waters (and midnight swimmers) luminous blue.
IN Daily Mail, UH publicado em 27/01/2011.
[http://www.dailymail.co.uk/news/article-1350686/Glowing-dark-Eerie-phenomenon-turned-swimmers-brighter-shade-blue.html]





Vulcanismo: O Despertar do Shinmoedake


Shinmoedake é um vulcão situado na ilha japonesa de Kyushu.
Sua idade idade é estimada em dezenas de milhares de anos.
É um vulcão ativo e suas erupções têm sido registradas desde
1716 até hoje.


JAPÃO – Em Kyushu, (cujo nome significa Nove Províncias), a terceira maior ilha do arquipélago japonês, o vulcão Shinmoedake, localizado no monte Kirishima, acordou, entrou em erupção ejetando rochas e aspergindo uma densa nuvem de cinzas por todo o sul do Japão. A fumaça tomou a atmosfera com uma camada de poeira vulcânica que, além de extensa, alcançou até um quilômetro e meio de altura.


Um relâmpago corta os céus abalados pela erupção
Shinmoedake. Demonstração de poder da Natureza.


Especialista da Agência de Vulcanologia, Sei Lijima explicou que a erupção não representa ameaça para as cidades próximas e, ao que tudo indica, uma erupção de maiores proporções não é iminente. Todavia, as autoridades estabeleceram um perímetro de segurança de dois quilômetros em torno do vulcão: Nunca se pode, realmente prever, quando uma erupção é iminente. O indicador geológico de um evento deste tipo é a constatação de que existe magma se movimento próximo à superfície, o que não acontece, neste momento, com o Shinmoedake.

O Shinmoedake faz parte de um complexo de 20 vulcões, todos situados no monte Kirishima. A erupção começou na madrugada, por volta da 7:30 da noite do dia 26 alcançando grande intensidade de emissão de fumaça no meio da tarde do dia 27 (janeiro, 2011). Embora seja freqüente a atividade moderada constante dos vulcões no monte Kirishima, esta é a maior erupção observada desde 1959.



Embora, oficialmente, o espaço aéreo acima da montanha tenha permanecido aberto neste dia 27, as companhias aéreas cancelaram vôos por falta de condições de visibilidade. O mesmo ocorreu nas estradas da região, que foram fechadas. A emissão de cinzas foi tão intensa que os trilhos da Japan Rail ficaram cobertos com densa camada do pó; as linhas foram canceladas.

Um pequeno centro de recepção de desalojados eventuais foi criado ainda durante a noite na cidade de Takaharu, sete milhas aleste de Kirishima. Gerente de Assuntos Gerais da Cidade, Yuji Nakashima ouviu alguns relatos. Moradores assustados disseram que suas janelas estavam chacoalhando e podia-se ouvir os sons dos rugidos da montanha.

FONTE: Lightning and fire: Japan on alert after volcano's biggest eruption in 50 years.
IN Daily Mail, UK - publicado em 27/01/2011.
[http://www.dailymail.co.uk/news/article-1351064/Japan-raises-alert-following-volcanos-biggest-eruption-50-years.html]



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ambam – O Gorila Que Prefere Ser Humano



INGLATERRA, UK – Em Port Lympne, o Wild Animal Park próximo da cidade de Hythe, Kent – Inglaterra, vive o gorila Ambam, de 21 anos. Ambam é uma figura imponente e singular: caminhando em seus domínios, no Parque, com uma aparência sisuda, ele chama a atenção pelo seu porte humano. Ele jamais anda de quatro. Ambam "escolheu" andar como um perfeito bípede, ereto, contando com forte par de pernas. Mesmo quando caminha bastante fazendo longa distância ele não se curva.

O "Costas de Prata", pois o pêlo de suas costas largas, de fato, é prateado, está chamando a atenção do mundo, por meio dos midia e muito especialmente a internet, no Youtube, depois que funcionários e visitantes do Parque e uma cientista notaram e documentaram o fenômeno.





Os gorilas, em geral, usam os quatro membros para se locomover. Como são muito pesados, usam as costas bem protegidas de suas mãos para apoiar-se no chão, aliviando o esforço da caminhada. Eventualmente, colocam-se sobre as duas pernas para alcançar galhos de árvores ou para obter visão melhor do seu em-torno. Mas poucos gorilas apresentam a habilidade e, sobretudo, a "preferência" de Ambam de caminhar e permanecer tanto tempo sobre duas pernas.

Ingrid Naisby, que trabalha com o gorila há 16 anos comenta que este comportamento é muito incomum nos gorilas. Ela conta: Ele sempre gostou de ficar de pé e conseguiu esse nível de equilíbrio praticando por iniciativa própria. Ambam chegou a Port Lympne há sete anos e hoje é o maior gorila do Parque. De pé, ele mede 1 m e 83 cm de altura e pesa mais de 200 kg.





O gorila foi filmado pela pesquisadora Johanna Watson durante um trabalho que ela fazia sobre a locomoção de grandes animais. Resultado: Ambam está no YouTube...

FONTE: Ambam, the swaggering silverback gorilla who walks around his pen on two legs.
IN Daily Mail, UK – publicado em 27/01/2011
[http://www.dailymail.co.uk/news/article-1350765/Gorilla-walks-like-man-filmed-zoo-Kent-Ambam-silverback.html]