quarta-feira, 14 de agosto de 2024

🕎 OS GUARDIÕES DA ARCA PERDIDA

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O Antigo Testamento fala claramente dos super-poderes da Arca da Aliança. Quando foi roubada pelos filisteus, estes, trataram de se livrar logo dela posto que que seu povo foi penalizado com uma praga terrível: tumores cancerígenos.

A queda das muralhas de Jericó também é atribuída aos poderes da Arca. Pessoas que tocaram inadvertidamente o objeto, morreram imediatamente. Somente poucos escolhidos poderiam carregá-la, usando os suportes das extremidades.

O próprio Moisés tinha uma das faces marcada e passou a usar um véu depois da construção da Arca. 

Estes poderes espantosos levaram muitos estudiosos a concluir que a Arca da Aliança continha algum tipo de material radioativo, como um pequeno reator nuclear, o que explicaria desde as doenças até as curas miraculosas atribuídas ao misterioso objeto.

Farão uma arca de madeira de acácia [Êxodo, 25:10] - foi a instrução de Deus a Moisés, no Livro do Êxodo, depois que o patriarca libertou o povo hebreu de 400 anos de escravidão no Egito. 

E os israelitas confeccionaram a Arca que foi banhada a ouro por dentro e por fora. Dentro desta arca Moisés depositou as Tábuas, que continham os Dez Mandamentos da Lei, gravados na pedra pelo próprio Deus no alto do monte Sinai.

Desde então, os judeus reverenciam esta Arca como uma manifestação terrena da Divindade e símbolo da Aliança entre Deus e o "povo escolhido". 

O Antigo Testamento descreve os poderes fabulosos deste objeto mítico: resplandecente em fogo e luz, capaz de deter a correnteza dos rios, destruir armas ou derrubar as muralhas de Jericó.

No Livro dos Reis, Salomão construiu o primeiro templo de Jerusalém para abrigar a Arca da Aliança e ali ela foi venerada durante todo o reinado, de 970-930 a.C. e além.

Entretanto, de acordo com a história e a tradição, a Arca da Aliança desapareceu quando o templo foi saqueado pelos babilônicos em 586 a.C..
 
Ao longo de muitos séculos, enquanto os judeus acreditaram e ainda acreditam que a Arca estava/está perdida, os cristãos da Etiópia [antiga Abissínia] têm afirmado que a verdadeira Arca da Aliança existe e está guardada em uma capela na pequena cidade de Aksum.

Dizem as lendas que a Arca sagrada chegou à Etiópia há 3 mil anos atrás e tem sido protegida por uma sucessão de sacerdotes virgens que, uma vez escolhidos, nunca mais põem os pés fora da capela, até a morte.
Um mural em Aksum, típico, cujo tema pode ser visto em outros murais em toda a Etiópia, representa o encontro da rainha Sheba com o rei Salomão.  FOTO: Paul Raffaele


De Jerusalém a Aksum, a trajetória da Arca da Aliança está ligada à figura de Menelik, filho da rainha Sheba, mais conhecida como rainha de Sabá, com Salomão, o rei sábio dos judeus.

A história é contada no Kebra Negast ou o Livro da Glória dos Reis que contém a crônica da linhagem real de Salomão em terras etíopes. 

Segundo o Kebra Negast, a rainha Sheba viajou até Jerusalém a fim de conhecer os segredos da sabedoria de Salomão.

Ao que parece, a rainha partilhou mais que conhecimento com o rei: na viajem de retorno ao seu país, ela deu à luz um filho do monarca, Menelik.
 
Adulto, Menelik foi visitar o pai e, três anos depois, na volta à Etiópia foi acompanhado pelos filhos primogênitos da nobreza israelita. 

Estes judeus, sem que Menelik soubesse, tinham roubado a Arca. Menelik considerou a gravidade do fato mas concluiu que, sendo a Arca tão poderosa, se não havia destruído os ladrões, devia ser porque era da vontade de Deus que o objeto sagrado ficasse com ele em seu país.

[Outra versão afirma que a Arca foi confiada a Menelik pelo próprio rei Salomão; outra ainda, diz a Arca levada por Menelik, que deveria ser uma cópia, foi trocada pela original].

Muitos historiadores, como Richard Pankhurst, um pesquisador britânico que viveu na Etiópia por quase 50 anos, datam o manuscrito do Kebra Negast no século 14 [anos 1300].

As crônicas, em idioma copta, teriam sido copiadas de originais ainda mais antigos. 

O livro foi escrito para validar a reivindicação dos descendentes de Menelik que se consideram herdeiros da realeza de Salomão e, portanto, governantes do país [ou reino] por "direito divino". Alegam que a linhagem salomônica etíope jamais foi quebrada.

Sua Santidade Abuna Paulos, patriarca da Igreja ortodoxa Etíope [2007] desde 1992, PhD em teologia pela Princeton University [USA], sentado em um trono de ouro, explica:

Nós temos mil anos de judaísmo seguidos de dois mil anos de cristianismo. Nossa religião tem suas raízes no Antigo Testamento. Seguimos a mesma dieta dos judeus, segundo as leis estabelecidas no Levítico. 

Os pais fazem circuncidar os meninos e escolhem os nomes dos filhos entre os personagens do Antigo Testamento. Muitos observam o descanso do sábado, o Sabbath.

Sobre a rainha Sheba, o patriarca diz: 

A rainha Sheba visitou o rei Salomão em Jerusalém há três mil anos. O filho dela com o rei, Menelik, aos 20 anos, foi a Jerusalém de onde trouxe a Arca da Aliança para Aksum. Ela tem estado na Etiópia desde então.

Abuna Paulos, que não põe em dúvida a tradição, nunca viu a Arca. O objeto é tão misterioso que nem o patriarca tem esse direito. O guardião da Arca é à única pessoa no mundo que tem essa honra.

A Arca não permaneceu continuamente em Aksum ao longo da História. Monges mantiveram-na escondida por 400 anos  e sempre que houve risco da relíquia cair em mãos profanas.

O monastério que abriga a Arca fica em uma ilha no Lago Tana, 200 milhas a noroeste do caminho para Aksum.
Monge Abba Haile Mikael, do lado de fora de sua cabana com o crucifixo e o Livro Santo, na ilha de Kirkos, Lago Tana, um dos possíveis refúgios da Arca da Aliança.

O Lago Tana [ou T'ana, ou ainda Tsana] é a fonte do Nilo Azul. 

O maior lago da Etiópia, localizado a 1.840m de altitude, tem cerca de 3.500 km² de superfície e misteriosas ilhas que aparecem e desaparecem conforme sobe ou desce o nível das águas. 

Ali, pescadores ainda utilizam embarcações primitivas, feitas de papiro, tal como os egípcios dos tempos dos faraós. 

A ilha onde, supostamente, encontra-se a Arca da Aliança chama-se Tana Kirkos.

A primeira visão da ilha é um paredão de pedra com 150 metros de altura e meio quilômetro de largura.O barco acerca-se de um pequeno cais que dá para um caminho feito na rocha.

Um monge, vestido de amarelo, aguarda e logo vistoria o barco para certificar-se de que não há mulheres à bordo. 

O monge é Abba ou Pai Haile Mikael informa que na ilha residem 125 monges e mais alguns noviços. As mulheres foram banidas há séculos porque sua presença colocava em risco a virtude dos homens.

Sobre a Arca, outro monge, Abba Gebre Maryam explica: 

A Arca veio de Aksum para esta ilha a fim de ser preservada de inimigos saqueadores. Isso, muitos antes do nascimento de Jesus. Naquele tempo, nosso povo seguia a religião judaica.

Durante o reinado de Ezana, há 1.600 anos, a Arca retornou a Aksum. O reino de Ezana estender além do mar Vermelho alcançando a península Arábica. Aquele monarca converteu-se ao Cristianismo em 330 d.C..

Segundo Abba Gebre, Jesus e Maria passaram 10 dias na ilha durante seu longo exílio das terras de Israel [refere-se, portanto, ao período infância-juventude de Jesus [não mencionado na Bíblia católica]. 

Existe até uma pedra que, segundo a tradição, serviu de repouso para a Virgem Maria e seu filho.


A bandeja de bronze, sob a guarda dos monges de Tana Kirkos, teria sido retirada do Templo de Jerusalém pelo príncipe Menelik e viajou para a Etiópia junto com a Arca e outros objetos de culto.

A ilha também guarda suas Tabots, réplicas das Tábuas da Lei mosaica, em uma igreja antiga, construída com madeira e e rocha, em forma circular, como é tradicional na Etiópia.

Todas as igrejas etíopes possuem suas próprias réplicas, que são consideradas como a credencial necessária para santificar os templos. 

Sem as Tabots, uma igreja é tão sagrada quanto um estábulo, esclarece Abba Gere. A cada 19 de janeiro, na festa chamada Timkat ou Epifânia, as tábuas saem das igrejas e são levadas pelos fiéis pelas as ruas das cidades em procissão.


Na festividade da Epifânia, Timkat, 19 de janeiro, padres, diáconos e outros religiosos, vestidos com suas belas e coloridas túnicas, ornadas com finos brocados, saem às ruas em procissão levando sobre as cabeças as réplicas das Tábuas da Lei Mosaica, aquela que contém dos Dez Mandamentos da lei de Deus, recebidos por Moisés, diretamente de Deus, no alto do Monte Sinai. 

As tábuas são envoltas em veludo negro bordado com fios de ouro.

Em Gonder, outra cidade etíope, na Festa de Timkat ou Epifânia, o Arcebispo, portando as Tábuas de sua Igreja, abre a procissão seguido de dúzias de padres, diáconos e acólitos. São acompanhados por centenas de pessoas. Cantos, hinos, preces, são entoados. 

A este séquito, ao longo do trajeto nas ruas, reúnem-se outros clérigos de outras sete igrejas, todos levando suas Tábuas. A Timkat prolonga-se por três dias, entre missas e outras celebrações.

Em Aksum existe um grande reservatório de água, a superfície coberta de espuma verde. É chamado de banho da Rainha Sheba e muitos acreditam que suas águas são amaldiçoadas. 
Em meio ao mistério que envolve a Arca, outra tradição afirma que a relíquia está em uma capela, Capela de Santa Maria do Sião, em Aksum, atualmente [2007] sob os cuidados do padre Nerbuq-ed. 

[A confusão pode ser proposital, como medida de segurança]. De acordo com Nerbuq, o guardião ora constantemente diante da Arca, queima incensos como tributo a Deus].

O único homem do mundo autorizado a olhar para a Arca da Aliança israelita é escolhido pelos altos sacerdotes de Aksum e pelo guardião vivo. 

O guardião não entra em contato com leigos. Somente os líderes religiosos podem vê-lo ou falar com ele. Uma vez o escolhido, o guardião abandona seu próprio nome e passa a se chamar "Guardião da Arca" ou Atang.

Outras fontes, porém, como a reportagem publicada pela National Geographic, assinada por Candice S. Millard, informam que o Guardião é o sacerdote Abba Mekonen, cerca de 70 anos [em 2006], no posto há pouco mais de 3 anos na missão que só termina com a morte. 

Ele nunca sai da área da capela. aos curiosos que insistem em ver a Arca, os sacerdotes, tanto em Aksum como na ilha do Lago Tana respondem: "Quem poderá contemplar a face de Deus?"

A ilha também guarda suas Tabots, réplicas das Tábuas da Lei mosaica, em uma igreja antiga, construída com madeira e e rocha, em forma circular, como é tradicional na Etiópia.

A cada 19 de janeiro, na festa chamada Timkat ou Epifânia, as tábuas saem das igrejas e são levadas pelos fiéis pelas as ruas das cidades em procissão.

Como prova da conexão Jerusalém-Salomão-Etiópia, Abba Gebre mostra uma antiga bandeja de bronze que também teria sido trazida por Menelik, para Aksum,  junto com a Arca e outros objetos de culto, em seu retorno à Etiópia, depois da visita ao pai, o rei Salomão, em Jerusalém. 

O sacerdotes judeus usavam as bandejas para o recolher o sangue de animais sacrificados.

A reverência dos etíopes pela Arca é bem ilustrada pela cerimônia sagrada que acontece na cidade de Gonder. 

Ali, o Arcebispo Andreas, líder local da Igreja Ortodoxa Etíope, lembra que a história da Arca na Etiópia tem atravessado gerações ao longo de milênios.

Esta é uma evidência de fato reforçada pela sacralização das Tabots, as réplicas das Tábuas da Lei presentes em todos os templos cristãos etíopes, uma característica ritual que aparece na liturgia de outras nacionalidades cristãs.


FONTE
Keepers of the Lost Ark?
por Paul Raffaele
IN Smithsonian magazine — December, 2007
https://www.smithsonianmag.com/travel/keepers-of-the-lost-ark-179998820/
tradução: Lygia Cabus, 2007

domingo, 28 de julho de 2024

🐎 KALI YUGA. PROFECIAS DO VISHNU PURANA: APOCALIPSE & TRIBULAÇÃO

#TEOSOFIA #BUDISMOESOTERICO #PROFECIA
por @LygiaCabus

Deus É Na Eternidade e tem seus Dias e Noites que têm durações iguais e são infinitamente longos em relação à escala de tempo humana. 

Mesmo assim, sábios hindus, os Brâmanes, projetaram uma cronologia da Eternidade de Deus. 

De acordo com tal cronologia, para a Humanidade atual, "o Tempo está próximo"... O ano corrente [2024 d.C.] dos Brâmanes poderia ser:

5126 ─ do presente Kali Yuga ou da Era de Kali ou Era do Ferro 

DO ANO 4 bilhões 319 milhões 573 mil 111... ─ do presente Manvatara ou seja, desde a última vez que Deus repousou ou cessou mais um período de sua atividade criativa.

O próximo Pralaya vai demorar 426 mil 889 anos para acontecer. Na mesma ocasião será o fim da presente Era cósmica terrena. O FIM DE UM KALPA.

Ao fim de um Kalpa, todos os seres desaparecem em minha natureza material e de mim emanam outra vez, ao iniciar um novo Kalpa. (Bhagadav-Gitâ. IX, 17)

PARA O TEÓSOFO BUDISTA ESOTÉRICO, UMA ETERNIDADE é um KALPA ou um DIA e uma NOITE de Brahmâ, correspondente a 4 bilhões e 320 milhões anos. Durante um KALPA ocorrem mil mahâyugas, mil grandes Eras cíclicas, EM CICLOS MAIORES E CICLOS MENORES, uma realidade cíclica e sem pressa na qual um princípio heróico, o auge, a estabilidade e degradação se alternam.

Os Ciclos são compostos de 4 Eras ou Yugas, do começo ao fim de um período de manifestação da Criação em um mundo. As Yugas ou períodos ciclicos são: 

KRITA ou SATYA YUGA
TRETÂ YUGA
DWÂPARA YUGA
KALI YUGA

Todas as Humanidades passam pelas quatro Eras VÁRIAS VEZES, em circunstâncias exteriores diferentes, durante o curso de sua História: Ouro, Prata, Bronze, Ferro. 

A Era do Ferro é a Era de Kali. A Kali Yuga, seja em que mundo for, é caracterizada como um longo período de trevas e este mundo, esta Humanidade está, agora em um de seus tempos de Kali-Yuga. 

TEMPO, TEMPOS, UM TEMPO
A teósofa informa que o início do presente Kali-Yuga é admitido, pelos estudiosos, em torno de 3102 a.C. (considerando imprecisões para mais ou menos). 

Em teosofia, O MARCO ZERO DE CONTAGEM do lento processo do presente KALI YUGA começou no momento da morte de Khrisna e, sua duração, de cinco mil anos, em termos de perspectiva histórica, está perto do fim. 

Para estudiosos, historiadores, esse MARCO ZERO tem uma referência mais robusta: a Kurukshetra War, também chamada de Guerra do Mahabharata
Este fólio mostra parte do versículo 20 e o início do versículo 21 do capítulo de abertura do Bhagavad Gita, que trata do tema da angústia de Arjuna. प्रवृत्तू ॥ २० ॥ Então, vendo os filhos de Dhritarâshtra em formação, e o vôo de mísseis prestes a começar, ... o filho de Pându pegou seu arco, पते । अर्जुन उवाच । ...॥ २१॥ E falou esta palavra para Hrishîkesha, ó Senhor da Terra. 

A tradição popular sustenta que essa guerra marca a transição para Kali Yuga e ocorreu em 3102 a.C. Khrisna, acompanhou o príncipe Arjuna nessa Guerra.
https://en.wikipedia.org/wiki/Kurukshetra_War

De fato, com base nestes padrões, o "Avatar do Cavalo Branco" está atrasado. Entre as informações imprecisas, a própria Blavatsky mostra uma matemática imprecisa: está registrado, também em Antropogênese:

Desde o começo deste Kali Yuga, em 1887, decorreram 4.989 anos' (ANTROPOGÊNESE, p 83) de um ciclo de 5.000 anos de FERRO. 

Por este cálculo o Kali Yuga deveria ter alcançado seu fim em 1898... O fim ou a transição para uma Nova Idade do Ouro estaria com atraso de 126 anos, em Julho de 2024. 

Todavia, não se pode cobrar precisão nem edição da realidade quando se trata de um processo de transição movendo-se na grandiosidade de uma cronologia que se quantifica em centenas de bilhões de anos.
Os ciclos de Kali são marcados por “os estados psicológicos ou mentais e físicos do homem durante seu período” (Isis Sem Véu  II:275). 

Nesse sentido, o Kali-Yuga, é a “era do ferro" (tempos duros), da escuridão, da miséria e da tristeza... a queda do espírito na degradação da matéria, com todos os seus resultados terríveis”  (idem). Ela (Blavatsly) também relaciona o início do Kali-Yuga a eventos astronômicos e astrológicos incomuns.  https://www.theosophy.world/encyclopedia/kali-yuga

ESCREVEU BLAVATISKY EM COSMOGÊNESE

O Kali Yuga reina agora (o ano de publicação deste texto: 1888) supremo na Índia, e parece coincidir com o da era [da degradação, também] ocidental. De qualquer forma, é curioso ver quão profético em quase todas as coisas foi 'o escritor do Vishnu Purana ao predizer a Maitreya algumas das influências obscuras e pecados deste Kali Yuga'. 

Maitreya é o o Avatar de Krishna que virá para resgartar a Humanidade remanescente da destruição deste Kali Yuga desta Quinta Raça Humana. Esse Maitreya ou avatar, que seria uma reencarnação (ou manifestação?) de Krishna, é chamado "o Avatar do Cavalo Branco".

PROFECIAS 
DO VISHNU PURANA: 
REVELAÇÕES E TRIBULAÇÃO
O 'escritor do Vishnu Purana, depois de dizer que os "bárbaros" serão os senhores das margens do Indo, de Chandrabhaga e Kashmera, acrescenta:

"Haverá monarcas contemporâneos, reinando sobre a terra — reis de espírito grosseiro, temperamento violento e sempre viciados em falsidade e maldade. 

Eles infligirão morte a mulheres, crianças e vacas; eles se apoderarão da propriedade de seus súditos e serão cobiçosos sobre as esposas de outros; eles terão poder ilimitado, suas vidas serão curtas, seus desejos insaciáveis...
 
Pessoas de vários países se misturando a eles seguirão seu exemplo; e os bárbaros sendo poderosos (na Índia) no patrocínio dos príncipes, enquanto tribos mais puras são negligenciadas, o povo perecerá (ou, como o Comentador diz, 'Os Mlechchhas estarão no centro e os Aryas no final.')** 

Riqueza e piedade diminuirão até que o mundo esteja totalmente depravado. A propriedade sozinha conferirá posição; a riqueza será a única fonte de devoção; a paixão será o único vínculo de união entre os sexos; a falsidade será o único meio de sucesso em litígios; e as mulheres serão objetos meramente de gratificação sensual.

Tipos externos [as aparências] serão a única distinção das várias ordens de vida; um homem rico será considerado puro; desonestidade (anyaya) será o meio universal de subsistência; fraqueza, a causa da dependência... liberalidade será devoção...

...Aquele que for o mais forte reinará; o povo, incapaz de suportar o fardo pesado, Khara bhara (a carga de impostos) se refugiará entre os vales...

Assim, na era Kali a decadência prosseguirá constantemente, até que a raça humana se aproxime de sua aniquilação.

KALKI: O AVATAR DO CAVALO BRANCO
Quando o fim da era Kali estiver próximo, uma porção daquele ser divino que existe, de sua própria natureza espiritual... descerá na Terra... (Kalki Avatar) dotado das oito faculdades sobre-humanas.

Ele restabelecerá a retidão na Terra, e as mentes daqueles que viverem no fim de Kali Yuga serão despertadas e se tornarão tão translúcidas quanto o cristal. Os homens que forem assim transformados... serão as sementes dos seres humanos e darão à luz uma raça que seguirá as leis da era Krita, a era da pureza.  

BLAVATSKY, COSMOGÊNESE 
IN A DOUTRINA SECRETA.*PDF, p 199

Se um dramático Fim de um Tempo que "todo olho verá", de fato, estiver prestes a acontecer, os humanos deveriam saber.

A literatura profética é real, disponível e historicamente, até certo ponto, verificável. 

O escriba do Vishnu Purana escreveu como um profeta: ele apontou os SINAIS. Todos os profetas enumeram claros SINAIS. Resta ao Homem, prestar muita atenção nos sinais, no microcosmo de sua vida e nos macrocosmos à sua volta.

FONTES
BLAVATSKY, H.P.. ANTROPOGÊSE IN A DOUTRINA SECRETA. São Paulo: Pensamento, 2008.
BLAVATSKY, H.P.. COSMOGÊNESE IN A DOUTRINA SECRETA.*PDF, p 199
https://web.seducoahuila.gob.mx/biblioweb/upload/Blavatsky,%20H%20P%20-%20Cosmogenesis%20[English].pdf
BLAVATSKY, H.P.. Glossário Teosófico. São Paulo: Grimaldi, 1995.
MUTTATHIL, George.The Seven Yugas
https://blavatskytheosophy.com/the-seven-yugas/
Cosmogenesis - H.P. Blavatsky, publicada originalmente em dois volumes, em 1888
https://en.wikipedia.org/wiki/Vishnu_Purana
https://en.wikipedia.org/wiki/Kurukshetra_War

sexta-feira, 26 de julho de 2024

🐎 A CRONOLOGIA DOS BRÂMANES: ESTAMOS NO KALI YUGA

por @LygiaCabus


Em que ano estamos? 2024 da Era Cristã; mas nem tanto; ou nem tão pouco. Os calendários são relativos, são instituídos em função de marcos considerados mais ou menos históricos no contexto de culturas diferentes. 

O presente ano é 2034 da Era Cristã; 2024 no calendário Gregoriano,  que tem este nome porque foi promulgado pelo papa Gregório XIII em 24 de fevereiro de 1582 ─ em substituição ao seu predecessor, o calendário Juliano. O calendário Gregoriano, portanto, foi introduzido a menos de 500 anos [em 2024 d.C.].

Segundo o antigo calendário Juliano o ano corrente seria 2054. Entre os muçulmanos, o ano que vale é 1387 [depois da Hégira maometana ─ fuga do líder precursor do Islã, Maomé ─ Muhammad ou Mohammed, saindo de Meca rumo a Medina, em 622 d.C.]

A palavra calendário e seu conceito vem do latim, kalendae, designação latina para o primeiro dia de cada mês [NEW SHORTER OXFORD ENGLISH DICTIONARY]. 

Kalenda era era o dia de pagar as contas e o calendarium, por extensão associativa de idéias também é um livro de registro [dos valores e devedores].

O calendário Gregoriano é o que prevalece no mundo Ocidental e, até certo ponto, é padrão mundial de contagem do tempo. 

Porém, para efeitos outros, relacionados às tradições culturais de diferentes nações, antigos calendários continuam sendo respeitados e acompanhados. 

Embora muito tradicional, o calendário judeu não é o mais antigo. Segundo a contagem do tempo nos padrões do calendário egípcio, 2024 corresponde ao ano 7526. 

Povos mais antigos ainda também contam mais milênios de registros históricos: mesopotâmicos, chineses, japoneses, hindus, tibetanos. 

Porém, de acordo com os ocultistas teósofos, a contagem de tempo mais recuada registrada em escrituras antigas encontra-se na Índia, mais precisamente, nas bibliotecas dos mosteiros mais remotos da região Himalaia, fronteira com o Tibete.
Afirma a Tradição da Doutrina Secreta que a cronologia dos Brâmanes remonta à criação deste sistema solar, acompanha a formação dos planetas, da Terra, das formas materiais orgânicas e inorgânicas, físicas e metafísicas. 


Brâmane

Palavra sânscrita. Sacerdote, educador, estudioso ─ brahmanebrahmin, em inglês. Indivíduo das casta sacerdotal, a primeira, a mais elevada das quatro principais castas da sociedade indiana [BLAVATSKY, 1995]

 

Também são chamados Vipra [sábios], Dvija, duas vezes nascidos ou Bhūsura deus sobre a terra, deuses terrenos.


O calendário dos Brâmanes registra o surgimento dos primeiros protótipos de indivíduos egóicos de natureza humana; os ciclos das Eras, do nascer, crescer, decair e morrer de diferentes Humanidades e formas de civilização. 

A cronologia dos Brâmanes oferece registros de bilhões de anos! Eis os marcos principais dessa fantástica jornada geo-cósmica:

Idade deste Sistema Planetário-Solar [em 2009]

1 bilhão 995 milhões 884 mil 809 anos

Idade do Surgimento da Primeira Raça Humana [etérea]

1 bilhão 644 milhões 501 mil 109 anos

Idade da Humanidade Atual ─ Quinta Raça Humana

18 milhões 618 mil 728 anos

Duração do Kali-Yuga, Era atual

432 mil anos

Tempo de KaliYuga já transcorrido [em 2009]

5 mil 111 anos

 
Idades deste Universo

O Universo não tem calendário; porque a marcação do tempo depende de uma referência, um marco zero que defina um começo. Porém, até onde a inteligência humana pode conceber, o Universo é ou deve ser Eterno. E eternidade não tem começo nem fim. 

O que a cronologia dos Brâmanes mede ou pretende medir e registrar são os ciclos de atividade e repouso do Universo, estes, sim, segundo a Doutrina Secreta, são períodos que podem ser medidos em anos terrenos. Os números desse calendário brâmane, apesar de serem astronômicos, são surpreendentemente bem definidos.

Dia de Brahma, Kalpa ou Manvatara

4 bilhões 320 milhões de anos

Noite de Brahma ou Pralaya

4 bilhões 320 milhões de anos

Um Dia e Uma Noite de Brahma

8 bilhões 640 milhões de anos

Ano Atual desde o começo deste Manvatara

4 bilhões 319 milhões 573 mil 111 anos

Os ciclos da Vida do Universo são semelhantes ao relógio biológico que regula a vida dos seres humanos. O Universo é Brahma, o Todo, o Todas Coisas em Um. Deus. Deus repousa e desperta para seus dias e noites. 


Em um dos períodos, Cria a Diversidade, os Cosmos em múltiplas manifestações de Si mesmo. Em outro período, Descria ─ recolhe [e recolhe-se em] todas as coisas e volta a ser Um em Si Mesmo.


Pralaya

Sânscrito. Noite de Brahma. Período de obscuridade ou repouso seja planetário, cósmico ou universal]. É o período de dissolução, sono ou repouso relativo ou total do Universo, que sobrevém ao fim de um Dia, de uma Idade ou de uma vida de Brahma. ...


Durante a longa Noite de descanso ou sono do Universo, Pralaya Universal, quando todas as Existências estão dissolvidas, a Mente universal permanece como uma possibilidade de ação mental ou como aquele Pensamento Absoluto Abstrato... Então, toda a ideação cósmica cessa, porque não existe nada nem ninguém para perceber seus efeitos.

 

Brahma, a própria divindade, encontra-se em estado latente... [A variedade dos seres, das substâncias] dissolve-se no estado primordial de objetividade potencial abstrata. 

[BLAVASTKY, 1995]


A Doutrina Secreta do Brâmanes chama o período de criação de Manvatara, o Dia de Brahma ou Kalpa. O Repouso de Deus é Pralaya, a Noite de Brahma. 


Manvatara

Sânscrito. Período de manifestação do Universo,  oposto ao Pralaya [repouso ou dissolução]. 

O termo é aplicado a vários ciclos, especialmente a um dia de Brahma, que compreende 432 bilhões de anos solares. 

Cada Manvatara divide-se em 14 períodos, cada um sob a regência de um patrono ou guardião chamado Manu. 

O presente período do atual Manvatara é o sétimo e o guardião deste período é o Manu Vaivasvata [BLAVASTKY, 1995].


É como se Deus dormisse e acordasse; o que este pesquisador ainda não resolveu é se Deus cria acordado ou dormindo. Se o Universo é a atividade de Deus ou se o Universo é um Sonho/Pesadelo de Deus. Meditemos...


KALI YUGA

JULHO, 2024. O KALI YUGA HOJE


Como Deus tem a Eternidade para Dormir e Acordar, Seus Dias e Noites, que têm durações iguais, são infinitamente longos em relação à escala de tempo humana.


O ano atual [2024 d.C.] de acordo com a cronologia brâmane poderia ser:


ANO 5126 desde a morte de Khrisna, quando o atual Kali Yuga ou a Era de Kali ou a Era do Ferro começou. 


Em outras palavras, estamos em cima da linha de um tempo de grandes infortúnios; na verdade, mesmo desconsiderando as imprecisões nos cálculos dos estudiosos, o Fim, está atrasado pouco mais de 100 anos.


[+/- 3102 a.C., o ano da morte de Khrisna = ANO ZERO do ATUAL KALI YUGA. + 2024 anos d.C. supera os 5 mil anos do ciclo histórico desta Humanidade neste KALI YUGA]. 


Em uma escala cósmica: 


ANO 4 bilhões 319 milhões 573 mil 111 ─ do atual Manvatara, isto é, desde a última vez que Deus descansou ou cessou outro período de sua atividade criativa.


O próximo Pralaya levará 426 mil 889 anos para acontecer. 


Ao mesmo tempo, a atual Era cósmica terrestre, terminará em último Kali Yuga.



FONTES:

BLAVATSKY, Helena Petrovna. Antropogênese. 

In A Doutrina Secreta vol. III. [Trad. Raymundo Mendes Sobral]. São Paulo: Pensamento, 2001.

...............................................Glossário Teosófico

[Trad. Silvia Branco Sarzana]. São Paulo: Ground, 1995.

segunda-feira, 15 de julho de 2024

🔬 INVESTIGAÇÃO CRIMINAL: A MORTE DE CRISTO

Os mais antigos registros da reportagem a seguir, na internet, remontam a abril de 2002 [Discovery Channel Apud ZOOMInfo]. 


https://sofadasala-noticias.blogspot.com/2009/11/sudario-atestado-de-obito-de-cristo.html
https://sofadasala-noticias.blogspot.com/2010/09/sudario-transubstanciacao-do-corpo-de.html

Em setembro de 2006 o Pravda online, periódico um tanto espetaculoso, especialista em requentar reportagens, especialmente devotado a notícias da ciência fantástica e do sobrenatural, em sua versão english, voltou a falar no assunto:

Cientistas do Russian Institute of Criminal Investigation e do Russian Federal Security Services [FSS] ─ concluíram uma série de análises do Santo Sudário. A pesquisa foi orientada por Anatoliy Fesenko, doutor em Ciências Técnicas e diretor do Criminal Investigation Institute.  

O trabalho, pioneiro, submeteu a relíquia às técnicas da investigação criminal, contexto em que o Sudário foi considerado como evidência de um fato. Segundo a tradição, o lençol de linho serviu de mortalha, veste funerária, ao Cristo Salvador e, miraculosamente, teria conservado a impressão do corpo e do rosto do fundador do Cristianismo.

Os cientistas trabalharam desprezando toda e qualquer interpretação de natureza religiosa. Segundo Anatoliy Fesenko: 

Foi uma pesquisa complexa que envolveu numerosos ramos da pesquisa científica: química, biologia, física, matemática etc..

Começamos buscando estabelecer a possível idade do objeto, refazendo o provável processo de envelhecimento do material. Nossas conclusões mostraram que os cientistas norte-americanos erraram em datar o Sudário em cerca de mil anos. De fato, ele tem no mínimo, dois mil anos.

Os especialistas do FSS analisaram os vários aspectos dos traços que formam a imagem no tecido a fim de determinar a natureza dos ferimentos do homem do Quinto Evangelho [como também é chamado o Sudário]. 

As descobertas ajudaram a reconstituir a paixão de Cristo ou seja, o tipo e a ordem dos tormentos físicos aos quais foi submetido.

Na peça de linho, que mede 4,1 por 1,1 metros, estão preservados muitos materiais que evidenciam os abusos que a vítima sofreu. 

Nas duas faces do lençol, temos a tênue projeção, impressa em tons de amarelo-marrom, do corpo inteiro de um homem despido, nu. O exame cuidadoso dos traços e pontos confirmam que o homem foi açoitado com um chicote de cinco tiras afiadas com ponteiras de chumbo [com pregos fixados nas tiras].
 
Ombro e espádua direitos sofreram uma extensa e larga lesão indicando que o sujeito carregou um objeto pesado apoiado naquela parte do corpo. O nariz foi quebrado por um soco desferido no lado esquerdo do rosto.

Quando foi envolto no sudário, o homem tinha a lado esquerdo do rosto inchado, o que deixou este lado da face mais fortemente impresso que o outro lado, o direito.

O mesmo acontece com o queixo, também machucado à esquerda. Também à direita existe uma mancha produzida por perda de sangue; mais uma ferida. O rosto do Sudário é, portanto, assimétrico e as injúrias sofridas pela vítima foram infringidas antes de sua morte.
O trabalho, pioneiro, submeteu a relíquia às técnicas da investigação criminal, contexto em que o Sudário foi considerado como evidência de um fato. Segundo a tradição, o lençol de linho serviu de mortalha, veste funerária, ao Cristo Salvador e, miraculosamente, teria conservado a impressão do corpo e do rosto do fundador do Cristianismo.

Os cientistas trabalharam desprezando toda e qualquer interpretação de natureza religiosa. Segundo Anatoliy Fesenko: Foi uma pesquisa complexa que envolveu numerosos ramos da pesquisa científica: química, biologia, física, matemática etc..

Começamos buscando estabelecer a possível idade do objeto, refazendo o provável processo de envelhecimento do material. Nossas conclusões mostraram que os cientistas norte-americanos erraram em datar o Sudário em cerca de mil anos. De fato, ele tem no mínimo, dois mil anos.

Os especialistas do FSS analisaram os vários aspectos dos traços que formam a imagem no tecido a fim de determinar a natureza dos ferimentos do homem do Quinto Evangelho [como também é chamado o Sudário]. 

As descobertas ajudaram a reconstituir a paixão de Cristo ou seja, o tipo e a ordem dos tormentos físicos aos quais foi submetido.

Na peça de linho, que mede 4,1 por 1,1 metros, estão preservados muitos materiais que evidenciam os abusos que a vítima sofreu. 

Nas duas faces do lençol, temos a tênue projeção, impressa em tons de amarelo-marrom, do corpo inteiro de um homem despido, nu. 

O exame cuidadoso dos traços e pontos confirmam que o homem foi açoitado com um chicote de cinco tiras afiadas com ponteiras de chumbo [com pregos fixados nas tiras].

Ombro e espádua direitos sofreram uma extensa e larga lesão indicando que o sujeito carregou um objeto pesado apoiado naquela parte do corpo. O nariz foi quebrado por um soco desferido no lado esquerdo do rosto.

Quando foi envolto no sudário, o homem tinha a lado esquerdo do rosto inchado, o que deixou este lado da face mais fortemente impresso que o outro lado, o direito.

O mesmo acontece com o queixo, também machucado à esquerda. Também à direita existe uma mancha produzida por perda de sangue; mais uma ferida. O rosto do Sudário é, portanto, assimétrico e as injúrias sofridas pela vítima foram infringidas antes de sua morte.
No pulso esquerdo, mais sangue de uma ferida profunda. O mesmo na base das pernas, chegando aos pés. Os ombros estão alteados, tensos para cima, uma formação característica de uma morte por sufocação.  

O pulso direito não pode ser visto, porque a mão esquerda o encobre mas é notável que ambos os pulsos apresentam áreas mais escuras indicando sangramento abundante.

Os pregos ou cravos da paixão foram, realmente, fixados transpassando espaço entre os ossos, nos pulsos e nos pés. As marcas indicam, ainda, que o sangue, nos pulsos e pés, coagulou uma vez, e voltou a fluir mais uma vez, possivelmente no momento da retirada dos cravos. 

O sangramento posterior, que se sobrepõe ao coagulado antes, deixou manchas mais amplas, que se estendem além das primeiras.

Em outro aspecto da investigação, os especialistas da FSS buscaram refazer o processo de interação entre as fibras do linho em contato com a carne fresca. 

Mas não uma carne fresca qualquer: antes, a carne de um homem exaurido por uma tremenda aflição física; exausto por uma intensa e prolongada tortura, capaz de produzir a morte por si mesma. 

Um homem que morreu deste modo e foi sepultado de acordo com os preceitos da tradição judaica.


Revelações da Ciência Criminal

 

O caso do Santo Sudário está longe de ser encerrado. Apesar da pesquisa dos cientistas russos, muitas equipes de cientistas e especialistas isolados continuam refutando a autenticidade da relíquia com o antigo argumento da datação do Carbono 14, que estabelece a origem da peça entre os séculos XIII e XIV.

 

Ainda hoje [2009], mesmo depois das inúmeras técnicas utilizadas nos também numerosos exames aos quais foi submetida a peça [ou, pedaços dela], a questão principal permanece sem reposta: como, com que método, que pigmento indecifrável produziu a imagem do supliciado?

 

Entre as hipóteses mais fantásticas já cogitadas, destacam-se: a Teoria da Radiação Desconhecida; a Teoria da Tecnologia Extraterrestre.


 

Para esta fase do estudo, um voluntário, que pertencia à equipe de pesquisas, submeteu-se a circunstâncias de extrema exaustão, praticando exercícios físicos até o limite último de suas forças. 

Neste ponto, seu corpo foi deitado e envolto em um tecido semelhante ao Sudário e colocado em confinamento, no escuro, enfim, sepultado como um judeu por várias horas, mais precisamente, o número de horas que possivelmente o corpo de Cristo passou no Santo Sepulcro, do fim de tarde de uma sexta-feira às primeiras horas da madrugada do domingo seguinte [cerca de 36 horas]. 

Por motivos óbvios, o voluntário escolhido tinha cabelos longos, barba e bigode.


O Laudo Laboratorial


Um princípio áureo da criminologia sentencia: A principal testemunha é o cadáver ou, ainda, O cadáver fala. O Sudário pode ser a testemunha que sobreviveu para confirmar as circunstâncias da morte de Cristo ou mais, confirmar a verdade histórica da Paixão de Cristo.

 

Seja qual for a origem e a idade do Sudário de Turim, é certo que a peça de linho e sua misteriosa estampa contêm inúmeras informações incontestáveis sobre aquilo que ali está representado:

 

1. O Sudário contém, preservados em suas fibras, restos de sangue, seco, coagulado, tipo AB, característico da etnia semita.

 

2. A análise dos traços anatômicos, corpo e rosto, do ponto de vista da perícia médica, revela o estado físico aparente esperado em um homem que padeceu torturas.

 

3. Os ferimentos identificados foram produzidos por dois açoites do tipo flagium, guarnecidos de pontas metálicas, instrumento usado por soldados romanos, manuseados por dois carrascos!

 

4. Os cientistas contaram indícios de 120 a 140 chibatadas.

 

5. A ferida no ombro e dorso foi produzida por uma carga áspera de peso bastante superior ao peso do homem que suportou e transportou tal objeto por, no mínimo, 140 minutos, mais de duas horas, portanto.

 

6. Ele tinha feridas profundas no couro cabeludo e na testa, confirmando o tormento de uma coroa de espinhos.

 

7. Tinha, ainda, fratura no joelho esquerdo, provável resultado de uma queda e o fêmur direito, maior e mais forte osso do corpo humano, osso da coxa, deslocado.

 


Esse experimento, com o voluntário, foi analisado em minúcias. Anatoliy Fesenko comentou na época: [O Sudário em si mesmo] é material orgânico que combina porções de lignina e de celulose. 

Essas substâncias expostas aos ácidos produzidos pelo corpo humano, exsudados, em ambiente aquecido transforma-se em um composto bastante complexo. 

De volta à temperatura ambiente normal, as partes do linho tocadas pelo corpo mudam de cor, assumindo tons entre o amarelo e o marrom terroso. Se a temperatura subir de novo, a coloração torna-se marrom mais escura.

O corpo do voluntário envolto no sudário experimental produziu uma impressão bastante detalhada, como o negativo de uma fotografia, exatamente como parece ter ocorrido com o Santo Sudário. 

Descobriu-se que o processo de fixação da imagem no tecido não se deve somente à ação mecânica, mero contato entre rosto e tecido, corpo e tecido; o efeito de impressão em negativo é produzido com auxílio da evaporação de fluídos daquele corpo.

MAIS
https://sofadasala-noticias.blogspot.com/2009/11/sudario-atestado-de-obito-de-cristo.html
https://sofadasala-noticias.blogspot.com/2010/09/sudario-transubstanciacao-do-corpo-de.html

FONTES
Russian scientists modeled passion of Christ
In Pravda English publicado em 13/09/2006
[Trad. e Adaptação: @LygiaCabus]
[http://english.pravda.ru/science/tech/13-09-2006/84421-shroud-0] 
CALCETTI. Giulio. O Santo Sudário: um milagre vivo.
[Trad. Ciro Aquino]. São Paulo: Editora Planeta Brasil, 2005.
NA INTERNET ─ LINK RELACIONADO: 
MERTON, H. K.. O Santo Sudário
In [http://artedartes.blogspot.com/2009/04/o-santo-sudario.html]
publicação original: 
@LygiaCabus - sofadasala. agosto, 2009