quarta-feira, 14 de março de 2012

A misteriosa civilização da amazônia peruana (mais informações)



Segundo o arqueólogo Quirino Olivera Núñez:Essa civilização
dominou o conhecimento da geometria, desenvolveu tecnologias
e uma organização social elaborada o suficientes para coordenar
trabalhos públicos coletivos. Veja + fotos no website RPP/Peru.


AMAZÔNIA PERUANA. Durante mais de dois séculos de ciência arqueológica, a existência de algum tipo de civilização avançada - não-neolítica - na região Amazônica foi ignorada e, até mesmo, refutada. Porém, a recente descoberta de um sitio arqueológico com características únicas na selva peruana obriga os estudiosos a reverem completamente aidéia de floresta que tenha sido sempre virgens e habitada somente por tribos primitivas incapazes de qualquer obra mais elaborada.

Há algum tempo, áreas desflorestadas da região norte da América Latina, em especial, no estado brasileiro do Acre, começaram a revelar formações geométricas traçadas nosolo: os geoglifos. Mas isso não era suficiente para avançar na descoberta da verdade. Recentemente, um passo adiante e definitivo modifica completamente a idéia da selva intocada.

Arqueólogos encontraram a estrutura de um templo de tem 3,200 anos de idade cuja configuração demonstra que ali viveram pessoas que detinham conhecimentos muito além do que foi constatado entre os indígenas primitivos, simples coletores e caçadores.


O sitio arqueológico é amplo, incluindo quatro províncias da região Amazônica: Bagua, Utcubamba, San Inacio e Jaen e extende-se no terrítório de dois países, Peru e Equador. O projeto, portanto, binacional e foi autorizado pela Diração Geral do Patrimônio Cultural.

O templo possui colunas distantes entre si a uma distância precisa de 1,40 metro. Significa conhecimento matemático, de medidas de espaço e a prática de um trabalho coletivo. A construção é feita de alvenaria antiga composta de barro e palha, como muitas das construções da Antiguidade encontradas no Oriente Médio e Mesopotâmia, por exemplo. O edifício é decorado com murais coloridos onde acham-se representadas figuras humanas e temas abstratos como combinações de linhas verticais e horizontais.



A arquitetura, classificada como monumental, mostra que seus construtores tinham, de fato, um significativo grau de avanço tecnológico. De acordo com o perquisador Quirino Olivera Núñez explicou que para edificar uma estrutura com tais dimensões e características, que inclui colunas de pedras - supõe-se, retiradas dos rios - seria necessário um esforço coletivo de grande porte orientado por mestres altamente especializados.


Essa constatação implica a existência de uma nação sedentária, que habitou a região por muitos anos. Além disso, o edifício que está sendo descoberto e investigado no momento caracteriza-se como um centro cerimonial, religioso - ou seja - são ruínas de um povo que conheceu a idéia de religião e adoração ritual de deuses. Uma cultura de modo mais complexa da que desenvolvido pelos nômades neolíticos amazônicos conhecidos até agora.

Quirino Olivera Núñez explica - ainda - que: Nas áreas próximas temos encontrado sepulturas. Esperamos descobrir o túmulo de algum grande personagem que possa ter sido um líder dessa [misteriosa] civilização. Enfim, a datação sugere que essa sociedade foi contemporânea às civilizações chamada de serra de Chavin e a litorânea, Caral.



FONTES: ROMERO, Edgar. Pinturas halladas en Bagua cambiarán concepto arqueológico en el Perú
RPP/Peru, publicado em 13/03/2012
[http://www.rpp.com.pe/2012-03-13-pinturas-halladas-en-bagua-cambiaran-concepto-arqueologico-en-el-peru-noticia_460843.html]


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