PERU. Desde o ano passado (2011), dezenas e dezenasde golfinhos têm aparecido mortos na praias peruanas. A contagem já alcançou o assustador número de 5 mil e 600 golfinhos vitimados por ese agente misterioso.
As causas, apesar das investigações dos peritos, até agora (maio de 2012) permanecem oficialmente desconhecidas. Todavia, representantes do Instituto Peruano de Contato Extraterrestre (IPCE) afirmam que os reponsáveis pela mortandade dos animais são alienígenas, extraterrestres.
O diretor do IPCE explica: Todo mundo está se perguntando: Por quê os golfinhos? Nós, do Instituto acreditamos que é uma matança de "afirmação", uma atitude de hostilidade, demonstração de capacidade de agressão.
Apesar das negativas das autoridades governamentais e dos cientistas acadêmicos, não somente do Peru mas, também, de outros países, que estão investigando o fenômeno, um porta-voz de uma das sessões da ONU, Dr. John Malley, reunido com o IPCE revelou que os alienígenas responsáveis pela matança já foram até identificados como procedentes do Planeta Gootan e comenta: Os Gootans estão intensificando seus ataques aos mamíferos terrenos e é só uma questão de tempo antes que eles ataquem humanos.
A Organização das Nações Unidas enviou um força-tarefa ao Peru para acompanhar a situação.
VIROSE
Apesar da móbida fascinação inspirada por esta "hipótese alienígena" para explicar a morte dos golfinhos no Peru, outra hipótese atribui o fenômeno a uma virose.
O Vice-Ministro do Peru para o Desenvolvimento de Recursos Naturais, Gabriel Quijandrís Acosta, diz que um vírus pode estar matando os golfinhos. No passado, uma epidemia viral estava ligada a episódios semelhantes ocorridos no México e Estados Unidos.
Um representante da ONG peruana Mundo Azul, Stefan Austermuehle explicou, em entrevista à BBC, que a análise (autópsia) dos golfinhos sugere (mas não comprova) que os animais tenham contraído o morbilivirus, que pertence ao mesmo grupo dos vírus do sarampo, que afeta seres humanos.
Austermuehle comentou: Sabemos que em outros casos, nos Estados Unidos, até 50% da população (de golfinhos) sucumbiu a este vírus. Também constatou-se que, nas ocorrências anteriores os animais tinham elevados níveis de poluentes no corpo, o quê enfraquece seu sistema imunológico.
TRAUMA ACÚSTICO
Outra hipótese para a causa das mortes foi apresentada, mais recentemente (nesta segunda quinzena de maio, 2012) por um representante da ORCA Foundation-Peru, Dr. Carlos Yaipen Llanos - que atribui o fenômeno, inequivocamente, a trauma acústico produzido por ondas de sonares ou explosões submarinas. Llanos descarta completamente qualquer ação de parasitas, bactérias ou vírus.
ESQ.: Bolhas presentes em tecido normal do fígado de um golfinho.
DIR.: A bolha, muitas vezes maior, comprime veias e artérias na bexiga o golfinho.
Necrópcias realizadas em nível microscópico encontraram lesões hemorrágicas e fraturas
em pequenos ossos da câmara acústica (ossos periotic), bolhas de sangue no fígado e rins e lesões nos pulmões do tipo enfisema pulmonar. As fraturas nos ossos periotic são compatíveis com um impacto acústico e síndrome de descompressão.
Llanos atribui essas lesões ao uso de dinamite entre os pescadores e denuncia que, tais pescadores estão se beneficiando com a exploração da carne dos golfinhos mortos. Porém, não há sinais de impactos explosivos em seus corpos e a hipótese, que culpa os pescadores, não explica por quê essa pesca predatória não foi confirmada, interrompida e punida, até agora, pelas autoridades.
Investigações realizadas junto à uma empresa petrolífera que atua na região também não resultaram na descoberta de nenhum tipo de operação com explosivos no mar (o quê é contestado por ambientalistas).
PELICANOS & OUTROS BICHOS
Mas não são somente golfinhos que estão morrendo no Peru. Outros animais costeiros e/ou marinhos como pelicanos, sulas (ou boobies, aves marinhas, em português, gansos-patola ou atobás, parentes dos pelicanos cuja presença no planeta remonta mais de 5 milhões de anos, ao Mioceno - abaixo) e leões marinhos. Eles têm sido encontrados na mesma região onde os golfinhos têm aparecido mortos.
Em 30 de abril, o Instituto Marítimo Peruano (Imarpe) tinha contabilizado quase 600 aves que foram encontradas sem vida nas praias peruanas. Porém, um número não-oficial indica que podem ser quase cinco mil, somente entre os pelicanos, nas regiões de Piura e Lambayeque.
AQUECIMENTO DAS ÁGUAS
Os pescadores de anchovas que trabalham naqueles mares dizem que as aves estão morrendo de fome porque os peixes sumiram devido a uma mudança da temperatura da água provocada por um fenômeno chamado Onda de Kelvin, uma corrente de água quente, ou seja, aquecimento do ambiente.
Com isso, o que estaria ocorrendo seria um colapso natural da cadeia alimentar no mar e litoral não somente no Peru, mas no Oceano Pacífico, afetando tanto os peixes quanto as aves e, talvez, os golfinhos.
FONTES
AKESSON, Elsa. Aliens Killing Peru's Dolphins.
WEEKLY WORLD NEWS, publicado em 08/05/2012.
[http://weeklyworldnews.com/aliens/47759/aliens-killing-perus-dolphins/]
Peru examines deaths of more than 500 pelicans.
BBC, publicado em 30/04/2012
[http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-17890174]
WHITING CALLOWAY, Candace. Mass dolphin deaths in Peru caused by acoustic trauma.
Digital Journal, publicado em 17/05/2012.
[http://www.digitaljournal.com/article/325075]
CLARK, Tom. What's behind Peru's mass pelican and dolphins deaths?
CHANNEL 4 NEWS, publicado em 20/05/2012.
[http://www.channel4.com/news/what-is-behind-mass-pelican-and-dolphin-deaths-in-peru]