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quinta-feira, 16 de abril de 2009

China: Golfinhos Rechaçam Ataque Pirata



Beijing: Milhares de golfinhos bloquearam o avanço de navios somalis piratas do Golfo de Aden impedindo a abordagem à frota chinesa. 

Quando os chineses se deram conta dos movimentos suspeitos dos somalis, que preparavam o ataque, os golfinhos, em uma aparição surpreendente e heróica, saltando na água, colocaram-se, como uma barreira, entre os bandidos e suas pretendidas vítimas. Os piratas suspenderam a manobra e bateram em retirada. A cena espetacular ainda continuou por algum tempo.

Desde dezembro de 2008, os navios mercantes chineses utilizam uma escolta de três embarcações, depois que a United Nations Security Council [Conselho de Segurança das Nações Unidas] alertou os países sobre a necessidade de patrulhar o Golfo de Aden e o mar da Somália. Essa rota marítima, muito movimentada, passou ser alvo constante da pirataria, tornando a navegação intercontinental uma jornada perigosa.

A primeira esquadra de segurança da China, que escoltou 206 navios, incluindo 29 estrangeiros, resgatou com sucesso três embarcações que sofreram ostensiva tentativa de assalto. 

Cerca de 20% dos navios mercantes chineses passam pelas águas da Somália, onde ocorreram ataques piratas de janeiro a novembro de 2008. Antes que a força tarefa fosse organizada, em novembro [2008], sete embarcações chinesas foram sequestradas: uma delas, o Tianyu 8, um barco de pesca, somente foi devolvido em fevereiro de 2009.

Desde o início do ano já se registraram 77 ataques a embarcações, sendo que 18 foram roubadas e 16 barcos com 285 tripulantes a bordo continuam nas mãos dos piratas. Os sequestros dos barcos no Golfo do Áden têm como objectivo o pedido de resgates milionários por parte dos piratas. [IN Jornal Digital ─ publicado em 14/04/2009]


FONTE: Thousands of dolphins block Somali pirates
IN Xinhuanet English ─ publicado em 14/04/2004

sábado, 31 de janeiro de 2009

Golfinhos Produzem Cultura



Durante séculos de "Iluminismo", a espécie humana foi considerada como a única forma de vida do planeta capaz de produzir cultura sendo, por conseguinte, a única dotada de inteligência progressiva graças à memória cumulativa, que permite repetir e aperfeiçoar experiências bem sucedidas. 


Nos últimos anos, o estudo do comportamento animal mostra que isso não é verdade: embora em manifestações das mais primitivas, certos símios demonstram que são capazes de "inventar" utensílios, técnicas e transmitir esse conhecimento aos companheiros e às futuras gerações.

Outra espécie que tem demonstrado refinado nível de inteligência são os cetáceos [mamíferos marinhos], especialmente os golfinhos. 


Eles são excelentes suchimen [ou sushi-dolphin] no preparo de um tipo de lula conhecida como calamari [ou calamar], que submetem a sofisticados procedimentos, extraindo a tinta e o osso produzindo, assim, uma refeição saborosa e leve.

Uma fêmea de golfinho Bottlenose [Golfinho-nariz-de-garrafa] foi observada repetidas vezes "preparando" o alimento, sempre utilizando a mesma técnica, em sua "cozinha" submarina, no golfo de Spencer, sul da Austrália. 


É uma demonstração evidente de que seus cérebros [dos golfinhos] são desenvolvidos. A técnica culinária do golfinho é engenhosa e, de fato, com ela se obtém uma lula pura [filé] sem qualquer entranha, secreção ou tecido desagradável ao paladar e ao tato", opinou o curador de moluscos no Museus Victoria Mar Norman, membro de mais essa equipe que estuda o comportamento dos golfinhos.

Depois de escolhido, isolado e capturado o molusco é levado ao leito arenoso do mar onde morre imprensado contra o chão ao receber um poderoso e certeiro golpe que o golfinho aplica. Rapidamente, a lula é levada à superfície onde sua tinta tóxica é expelida ao ar livre.


Livre do veneno, o molusco é levado de volta ao fundo do mar onde sofre um intenso peeling, sendo arrastado na areia até que a pela se solte. Então a carne é rompida e o osso calcário é extraído. o filé de lula está pronto. Este tipo de comportamento foi observado em muitos indivíduos da espécie. Somente uma fêmea foi monitorada de 2003 a 2007.

No oeste da Austrália, os "nariz-de-garrafa" usam esponjas [do mar] como acessório para proteger seus focinhos quando sondam o fundo do mar em busca de alimento. 


A constatação desse "costume", uma das primeiras evidências de aprendizado cultural entre os golfinhos, aconteceu em 2005, quando pesquisadores comprovaram que as mães-golfinho ensinavam às suas filhas o modo de arrancar os pedaços de esponja para utilizá-los daquela maneira. Ainda não se sabe se o mesmo ocorre com a técnica de tratar lulas. 

FONTE: Dolphins surface as sea's smartest chefs. SMITH, Deborah.
In The Sydney Morning Herald – publicado em 30/01/200