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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O Fim de um Tempo Segundo... O Código da Cruz de Hendaye



OCULTISMO/PAÍS BASCO. Poucos reparam nela, um monumento modesto, um cruz de pedra esculpida ladeada por cipestres, datada entre os séculos XVII e XVIII (anos de 1600 e 1700). 

Originalmente instalada no cemitério de Bidasoarra (ou Bidasoa), em 1842, foi transferida para a área externa da Igreja de São Vicente de Hendaye, na Place de La Republique, em frente à Câmara Municipal.

* HENDAYE. Comuna francesa da região administrativa da Aquitânia, região fronteiriça entre Espanha e França.

A base do monumento contém misteriosas inscrições que foram decifradas pelo não menos misterioso alquimista francês Fulcanelli (1839-1923), autor de O Mistério das Catedrais entre outras obras ocultistas. Segundo Fulcanelli a mensagem aos pés da cruz indicam a data do Fim de um Tempo e esta data é... coicidentemente 21 de dezembro de 2012. 

Sobre a cruz, Fulcanelli escreveu, em O Mistério das Catedrais (1926): Os ornamentos (os símbolos) no pedestal cruz são milenares e primitivos, os mais raros que já encontrei. O obscuro artesão dessas imagens possuía uma ciência profunda, um conhecimento real de cosmografia.

É no penúltimo capítulo daquele livro que Fulcanelli descreve a cruz de Hendaye e seus esforços para traduzir o simbolismo criptografado que anuncia o fim de um Tempo. O tema foi retomado no fim do século passado por dois pesquisadores norte-americanos, Jay Weidner e Vincent Bridge no livro Os Mistérios da Grande Cruz de Hendaye, 1999. 


SIMBOLISMOS



A base da cruz, retangular, contêm inscrições em suas quatro faces. Uma deslas mostra um sol com um rosto humano cercado por 16 raios que lembram a representação solar típica dos Incas. 

O número 16, nas cartas do Taro, considerado um livro ocultista codificado, corresponde à figura da Casa de Deus, considerada a pior lâmina do conjunto, indicativa de desastres e mortes, cuja ilustração mostra uma torre desmoronando matando cujas pedras atingem dois personagens. 

Em outra face aparece uma lua minguante com rosto humano. No Taro, a carta da Lua minguante, lâmina 18, representa ilusões, doenças, feitiços. Reduzida a um dígito, é o número 9, O Ermitão, indicando uma solidão necessária para a reflexão, figurada por um velho envolto em um manto carregando uma lâmpada em uma das mãos enquanto a outra oculta um livro, a Sabedoria proibida aos profanos. 

Um terceiro lado ostenta uma única estrela com oito pontas. O número oito entre seus muitos signignificados, é um símbolo chamado Leminiscato, representando a serpente que morde a própria cauda ou os infinitos ciclos de renovação do Universo. No Taro, é personificado pela balança da Justiça.

A quarta parte da mensagem é um círculo ovalado dividido em quatro partes. Em cada uma uma dessas partes aparece a letra A que Fulcanelli interpretou como representativas das quatro idades da Humanidade: Idade do Ouro, quando as pessoas viviam em harmonia com a Natureza; a Idade de Prata, quando o Homem caiu na senda do sofrimento, entre trabalhos penosos e uma vida cheia de temores; a Idade do Bronze, marcada pela ferocidade mútua entre os Homens e se especilizaram em matar-se mutuamente; e, finalmente, a Idade doo Ferro (na Doutrina Secreta budista - o Kali Yuga atual) uma época marcada por todo tipo de violência: guerras, dominação, ganância, embrutecimento do espírito.


A CRUZ É A ÚNICA ESPERANÇA


Para Fulcanelli as inscrições da cruz de Hendaye indicam um alinhamento entre sol, lua e estrelas (sendo que os ocultistas antigos chamavam planetas de estrelas e vice-versa em sua linguagem cifrada) que anunciam o fim de um Ciclo (ou Idade). 

Escrevem Weidner e Bridge: Seu simbolismo revela um tempo de destruição ao longo de 20 anos antes do Equinócio de outono de 2012, quando o alinhamento planetário e solar formarão uma cruz em ângulos retos. 

O auge dessa formação ou sua completude deverá ocorrer no solstício de inverno de 2012, concluem os pesquisadores a partir de complexos cálculos astronômicos.

As inscrições são complementadas com uma frase em latim, gravada no braço horizontal da cruz, no alto da coluna. A frase foi escrita de modo estranho, como se fosse um anagrama: O crux ave spes unica (A cruz é a única esperança). Porém, no monumento de Hendaye as palavras estão agrupadas em dois blocos: OCRUXAVES e PESUNICA. Fulcanelli acreditava que esse erro foi proposital e esconde várias chaves de significado.

No reverso deste braço horizontal está escrito: INRI, que poderia ser facilmente entendido como referência ao Cristo Jesus (Iesus Nazarenus Rex Iuedorum) mas, para Fulcanelli esse anagrama tem outro significado: Natura Renovatur Igne Integra ou seja - (A) Natureza Renova-se Integralmente no (pelo) Fogo.

FONTES:
La cruz que anuncia el fin del mundo.
NOTICIAS DE GIPUZKOA/PAÍS BASCO, publicado em 16/12/2012.
[http://www.noticiasdegipuzkoa.com/2012/12/16/sociedad/euskadi/la-cruz-que-anuncia-el-fin-del-mundo]
La Cruz de Hendaye.
EL ULTIMO CODICE, PUblicado em 30/06/2009.
[http://goaraya.blogspot.com.br/2009/06/la-cruz-de-hendaye.html]