ESCÓCIA – A Scottish Episcopal Church [Igreja Episcopal Escocesa, de orientação cristã-Anglicana], de acordo com a Comissão de Liturgia do Conselho de Fé e Ordem do Sínodo Geral e do Colégio dos Bispos instituiu uma nova ordem sobre uma linguagem adequada a ser utilizada pelos seus padres falarem de Deus sem ênfase no gênero do Criador, evitando palavras, vocativos, como Senhor, Ele, Dele etc., deixando bem claro que Deus está muito além dos diferenças físicas de gênero, que são meramente humanas.
Os bispos episcopais escoceses acreditam que é preciso adotar uma linguagem mais inclusiva que remova, deliberadamente, a sugestão de que Deus pertence ao gêneno masculino. Religiosos mais tradicionalistas criticam a mudança. Alegam que essa especificação não é coerente com os ensinamentos da Bíblia [por exemplo, Jesus refere-se a Deus como Pai, e não, como Mãe. [Meditemos...]
Também apontam a determinação como resultante de questão política, no caso, uma providência para atender às reclamações das mulheres-padre ou ministras, que não aceitam referir-se a Deus como homem.
Também expressões como "o Homem" para referir-se à raça humana deve ser subtituída por a Humanidade ou o Mundo. Figuras proeminentes da Igreja escocesa explicam sua rejeição às novas determinações. O reverendo Stuart Hall da Scottish Prayer Book Society e Honorary Professor of Divinity [professor honorário de Divindade!?] na University of St. Andrews comenta:
Isso é completamente desnecessário. A palavra Homem, man, em inglês, especialmente entre os cientistas, é inclusiva referindo-se a ambos os sexos. Aqueles que querem ignorar as referências a Deus como Pai e Cristo [Jesus] como Filho encontraram grande dificuldade. O Novo Testamento está repleto dessas referências.
Citações diretas da Bíblia não sofrerão mudança porém, a benção clássica tem sido alterada por alguns ministros: ao invés de abençoar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo a fórmula tem sido alterada para Criador, Redentor, Santificador, palavras que, em inglês têm gênero determinado somente em função de um contexto que indique esse gênero que, nesse caso, da benção, não existe.
Em português a benção seria algo como em nome Daquilo que Cria, Daquilo que Redime, Daquilo que Santifica [uma questão gramatical muito difícil e teologicamente sem nenhuma importância]. Observe-se que usando expressões como Criador, redentor, santificador, em português, a desinência de gênero, letra "O" no final resulta, outra vez, em um deus macho.
O reverendo Darren McFarland, do Comitê de Liturgia da Igreja Episcopal Escocesa admite: A mudança da linguagem com a qual nos referimos a Deus é complexa. As opiniões estão divididas... e Deus está acima e além do genero humano. Não estamos dizendo que Deus não é masculino. Mas, antes, dizemos que Deus também é feminino. O problema é tentar usar a lingugem humana para descrever o indescritível... [Quase disse que Deus é Andrógino ou Hermafrodita e, possivelmente, estaria mais perto da verdade].
FONTE: God no longer male, Scottish Episcopal Church rules
In Telegraph, UK – publicado em 07/09/2010
[http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/religion/7982904/God-no-longer-male-Scottish-Episcopal-Church-rules.html]
In Telegraph, UK – publicado em 07/09/2010
[http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/religion/7982904/God-no-longer-male-Scottish-Episcopal-Church-rules.html]
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