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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

MORREU O PROTAGONISTA DO "BEIJO DO FIM" DA SEGUNDA GUERRA


O beijo histórico foi tão chamativo para os transeuntes - naquele 14 de agosto de 1945 quando celebravam o fim da guerra na Times Square, em Nova York que a mesma cena foi registrada não somente por Alfred Eisenstaedt

No mesmo local encontrava-se também outro fotojornalista, da Marinha norte-americana - Victor Jorgensen (é a foto acima). A versão de Jorgensen foi publicada antes da Eisenstaedt: no dia seguinte, 15 de agosto (1945), ela apareceu no The New York Times. 

A fotografia de Victor Jorgensen mostra um ângulo mais fechado do momento o quê permite distinguir mais claramente a localização do evento, na frente do prédio do Chemical Bank and Trust e a placa da farmácia Walgeens na fachada.

A foto de Eisenstaedt tem nome: a V-J Day in Times Square (Victory over Japan Day ou, simplesmente, The Kiss) é mais conhecida porém não pode ser publicada por questões de copyright. Veja a imagem V-J Day in Times Square.


George Mendonsa: Veterano da Segunda Guerra Mundial, morreu neste fim de semana - entre 16 e 17 de fevereiro - aos 95 anos, de falência cardíaca, em uma casa de repouso em Middletown, Rhode Island. 

Mendonsa é o marinheiro protagonista de uma das imagens mais emblemáticas do século 20, onde aparece beijando uma enfermeira, vestido com seu uniforme branco, em meio à Times Square, em Nova York - em 14 de agosto de 1945. A guerra tinha terminado.


A imagem que entrou para a história foi capturada pelo fotógrafo, fotojornalista e jornalista Alfred Eisenstaedt (1898-1995, acima). Na época, quando a foto foi publicada - uma semana depois do ocorrido - na revista Life, ninguém sabia identificar os dois jovens. 

Durante anos, a dúvida sobre a identidade do casal, especialmente do marinheiro, foi praticamente impossível de ser esclarecida. mais de um 'cavalheiro havia se apresentado como sendo o homem da foto.

A verdade foi revelada em 2012, com o lançamento de um exaustivo trabalho de pesquisa, o livro “The Kissing Sailor: The Mystery Behind the Photo that Ended World War II” (algo como 'O Marinheiro do beijo ou - mais literalmente - O marinheiro Beijoqueiro: O Mistério por trás da foto que acabou a Segunda Guerra Mundial).

Os autores, Laurence Verria e George Galdosi, além de realizar numerosas entrevistas utilizaram tecnologia de reconhecimento facial.


No livro, George Mendonsa, oficialmente reconhecido como a personagem da foto, conta que estava de licença naquele dia, em Manhattan, quando o fim da guerra foi anunciado. Ele ficou tão emocionado que, deparando-se com a jovem enfermeira, sentiu-se compelido a beijá-la. 

Mendonsa diz lembrar-se do momento exato do beijo e mostrando a foto, aponta as evidências físicas que confirmam sua identificação: as mãos grandes e uma cicatriz na testa. Quanto à jovem enfermeira, ela era Greta Zimmer Friedman (foto acima), norte-americana do estado de Virginia. Morreu como 'senhora Molleur, em 2016 aos 92 anos.

FONTE
Sailor from iconic WWII photo has died
NEWS/AU, 19 de Fevereiro de 2019
https://www.news.com.au/lifestyle/relationships/family-friends/sailor-from-iconic-wwii-photo-has-died/news-story/aee752d2dedddd6d7ab0fde012d332ed
+ https://en.wikipedia.org/wiki/V-J_Day_in_Times_Square

sábado, 31 de outubro de 2009

Fantasmas da Segunda Guerra



A cabeça de um soldado em uma trincheira.
Detalhe da fotografia de Silanov.

Na Rússia, lugares onde ocorreram batalhas da Segunda Guerra Mundial tornaram-se cenário de estranhos fenômenos. São fatos entre o macabro e o fantasmagórico; alguns, relatados pelos chamados black archaeologists, os arqueólogos negros, que procuram objetos que são considerados preciosos troféus históricos.


Fogueiras ─ Em 1997, um grupo de seis pessoas foi até Luban, na região de Leningradsky, onde se encontram as ruínas do Monastério de Makaryvsky, destruído. Aproximando-se daquelas ruínas, o grupo percebeu as chamas de uma fogueira. Era chocante porque a fogueria pairava no ar. Ao se aproximarem mais, o fogo desapreceu. A expedição armou acampamento no lugar. Durante a noite, gritos humanos lancinantes eram ouvidos vindos da direção do bosque. Ninguém se arriscou a verificar o que era. Na manhã seguinte, um dos arquólogos resolveu investigar; embrenhou-se na mata e se perdeu. Voltou três horas mais tarde com as roupas imundas e um olhar insano. Não disse uma palavra. Jamais revelou o que aconteceu naquelas três horas de perdição.


As Minas de Myasnoy Bor ─ Uma das zonas anômalas mais famosas relacionadas à Segunda Guerra Mundial é o pantanoso Vale de Myasnoy Bor, localizado a 30 km de Novorogod. Combatentes soviéticos, outros das divisões do exército alemão e ainda outros mais da Divisão Azul, da Espanha, além de outras tropas, pereceram naquela área durante a chamada Operação Ofensiva de Lyuban, em 1942. Muitos cadáveres ali permaneceram insepultos.

Galina Pavlova, que liderou um grupo de pesquisa da cidade de Engels, região de Saratov, conta sobre incidentes que testemunhou, também no ano de 1997: Os bosques de Myasnoy Bor são assustadores e místicos. Basta ficar sozinho ali e logo você começa a ouvir sons, como brados de guerra longínquos, como vozes de almas sem descanso de soldados que morreram em plena ação de ataque.


No dia em que encontramos as minas, eu estava atrás dos rapazes, na trilha. Parei em um ponto que havia sido escavado muitas vezes antes. Notei que as árvores, estranhamente se inclivam em direção àquele ponto. Não havia vento. Chamei a equipe e encontramos ali uma caixa de madeira deteriorada e velhas minas.


Bryansky ─ outro desses arqueólogos negros que costumava escavar nos bosques próximos a Bryansky, onde ficava um dos fronts de batalha, na Rússia, entre 1942 e 1943, conta sua história: Nós exumamos os corpos de 17 soldados: seis russos e 11 alemães. Dos alemães, quatro pareciam ter morrido em uma trincheira no pântano. Esses quatro tinham as botas muito estragadas e seus ossos projetavam-se para fora. Excavando mais, encontramos ossos de pélvis, espinha dorsal, costelas. Estava escurecendo. Deixamos os esqueletos na trincheira e acampamos em um prado, cerca de 200 metros próximo dali.

À noite, algo aconteceu. Fomos acordados por um dos nossos companheiros, o que estava de vigia. Ele nos alertou sobre barulhos estranhos. Despertos, podíamos ouvir vozes, cantos, risadas e o ruído de tanques de guerra em movimento. Falavam e cantavam em alemão. Pela manhã, voltamos à trincheira. Parecia estar do modo como deixamos mas quando chegamos mais perto percebemos marcas frescas das esteiras dos tanques.


Zheltoyar ─ Outro lugar assombrado é Zheltoyar, a leste da região de Voronezh, próximo à cidade de Novokhopersk. Naquele local, o pesquisador Genrikh Silanov [ou Henry Silanov] liderou uma expedição com objetivos bem específicos. Silanov inventou uma espécie de máquina fotográfica das impressões do passado. Nas fotos de Silanov, onde deviam aparecer somente paisagens desabitadas, surgem figuras de soldados e barracas militares.

Em uma das fotos surgiu um aeroplano fantasma. Outra, mostra um combatente cujo uniforme indicava claramente nacionalidade tcheca; de fato, pesquisadores confirmaram que uma divisão Tcheca, incorparada ao exército soviético foi lotada naquela área. Silanov acredita que essas fotos são miragens aprisionadas ou fixadas em campos mnemônicos, de memória, individuais e coletivos.
Link relacionado:
Como Fotografar Fantasmas

Fonte: Tomb Raiders Digging WWII Graves Witness Inexplicable Phenomena
In Pravda English ─ publicado em 30/10/2009
[http://english.pravda.ru/science/mysteries/110207-0/]