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sábado, 2 de abril de 2011

Liz Taylor – Uma deusa, uma lenda & alguns segredos



Entre as estrelas das artes do Contemporâneo e do Pós-moderno, Elizabeth Taylor foi uma das mais fotogradas do mundo. Algumas dessas imagens tornaram-se especialmente icônicas. Como tivessem captado um instante ilustrativo intenso de cada uma das diferentes fases da vida da estrela.

Recentemente porém, logo depois da morte de Liz, um colecionador resolveu divulgar o único retrato nú da atriz até então jamais exibido publicamente (foto acima). Na época, Elizabeth tinha apenas 24 anos. Foi o ator e fotógrafo Roddy McDowall, amigo muito próximo, que fez a foto. Dowall convenceu-a a posar. Mas a foto permaneceu no âmbito da vida privada da atriz. Em 1956, depois que Michael Todd, pediu-a em casamento, ela aceitou e deu a ele o retrato, como um presente. Todd foi o terceiro marido de Elizabeth Taylor.

A união acabou rápido e de maneira trágica. Todd morreu 13 meses depois do dia do casamento, quando seu avião particular caiu durante uma tempestade sobravoando o Novo México.

Em meio à tragédia, não se sabe de que modo, a foto foi parar nas mãos de Penny Taylor, que não é parente da atriz; Penny foi sua assistente e maquiadora. 

Também é desconhecida a trajetória deste retrato, como, em que circunstâncias, quando era considerado perdido, foi adquirido pelo colecionador Jim Shaudis, em 1980. Shuadis nunca expôs a peça mas depois da morte de Liz (em 23 de março de 2011) ele decidiu compartilhar a imagem com os fãs da estrela.

Elizabeth Taylor é uma dessas estrelas que apesar da morte e do tempo, na História desta Humanidade, nunca será esquecida. Sua biografia repleta de episódios entre o glamuroso, o trágico e o insólito fizeram de sua figura uma lenda, de sua vida um filme; uma fonte que ainda vai fornecer muitas manchetes ao mundo.

Numerosos boatos circularam nos midia enquanto ela viveu e inundaram os mesmos midia, logo após sua morte. A fotografia, tão especial em sua profunda revelação de singela divindade na nudez da jovem Elizabeth, é somente uma das surpresas e segredos de Liz que agora aparecem ou reaparecem. Um verdadeiro folclore!

Dizem que a informação de ela nasceu em Londres, que está na certidão de nascimento, seria falsa! Ela teria nascido, de fato, em um vilarejo em Cheshire, onde seus pais, Sara, atriz e Francis Taylor - marchand (um negociante de arte), participavam de festas de swingers, muito mal vistas na localidade. Por isso, talvez, alegam também que Francis não era seu pai biológico. Este, seria o milionário Cazalet Victor, que tornou-se padrinho dela.

Em 1949, aos 17 anos, Elizabeth escreveu para William Pawley Jr.. Eles eram noivos mas desfizeram o compromisso. Na carta, junto com a qual ela devolvia o anel de noivado, Liz demonstra sua paixão pelas jóias, os diamantes, em especial, que são parte de sua história. Estou com o anel agora. É tão cintilante assim, ao sol. Suponho que esta será a última vez que o terei comigo... Cuide bem dele querido. Meu coração está incrustrado nele.

FONTE: THOMAZ, Liz. A goddess revealed: Intimate portrait of Liz Taylor at 24 seen for the first time. 
 IN Daily Mail/UK, publicado em 02/04/2011 
[http://www.dailymail.co.uk/tvshowbiz/article-1372513/Elizabeth-Taylors-nude-portrait-24-seen-time.html]

segunda-feira, 28 de março de 2011

Lendas da Arte

Histórias de tesouros artísticos perdidos já fazem parte do imaginário (e de um certo folclore) da cultura contemporânea/pós-moderna. 

Obras, entre pinturas, esculturas, manuscritos, etc., que desapareceram; outras que são encontradas nos lugares mais inesperados, peças originais que foram confundidas artesanato vulgar até serem reconhecidas em um bazar qualquer por um especialista, são episódios que fascinam os curiosos e aguçam a cobiça de caçadores dessas preciosidades.

O caso Painel Chinês (publicado abaixo) e outros semelhantes têm sido noticiados e são mais freqüentes do se imagina. Eis duas dessas ocorrências registradas recentemente:




O CASO DO VASO CHINÊS

Em fevereiro de 2011, outra peça da arte chinesa virou notícia ao ser vendida em um leilão, realizado na pequena Casa Bainbridge de Ruislip – Reino Unido, por mais de 82 milhões de dólares (mais de 136 milhões de reais). O preço foi recorde. É um vaso, 41 cm de altura, face dupla que, tal como painel de seda, é da dinastia Qianlong, datado do século XVIII (anos 1700)

Sua existência permaneceu ignorada por quase um século. Estava perigosamente mal guardado, como uma quinquilharia, no alto de uma estante velha e vacilante, em uma casa no subúrbio de Middlesex. Foi achado ao acaso.

O dono da casa morreu. Seus herdeiros, não identificados para os midia, encontraram o objeto enquanto faziam uma faxina no imóvel. Parecia chinês. Supuseram então que tivesse sido, mesmo, comprado na China porque o falecido, amigo da família, era conhecido por ser um tipo explorador que tinha, de fato, visitado a China nos anos de 1930.

Identificado o valor do vaso, a peça foi à leilão alcançando aquele astronômico valor. Dizem que foi uma disputa acirrada. O leiloeiro foi tão enérgico para conseguir encerrar os lances que o martelos espatifou-se em pedaços.

Enfim, o vaso foi comprado por chinês que, como sempre, preferiu manter-se em anonimato. O episódio parecia esgotado mas... Depois da venda, rumores maldosos começaram a circular. O dinheiro... jamais chegou às mãos dos até então sortudos herdeiros.

O chinês teria dado o calote; ou não, o chinês não deu nem dinheiro nem calote. Sumiu sem levar o vaso. Não tardou para que surgisse a especulação inevitável: o vaso seria falso; era bom demais... Alegando sigilo profissional, o leiloeiro Bainbridge recusa dar qualquer informação. Os herdeiros não querem aparecer e a verdade, ninguém sabe.


O CASO DO CEZANNE PERDIDO



2007. Um apreciador da arte (e das pechinchas das lojas de objetos usados) compra um quadro em um brechó em Northamptonshire (Inglaterra, como em uma aventura de Agatha Christie...). 

A peça estava muito suja, coberta por uma grossa camada de poeira sedimentada na umidade dos tempos. Mas, ele achou a moldura bonita. Pagou 100 libras.

O objeto, uma compra sem importância, ficou encostado durante vários anos. Em 2010, o proprietário comprou uma máquina fotográfica digital e resolveu fazer fotos do quadro. Era sábado, 18 de março. 

A tela estava firme, presa nas bordas. Cuidadosamente, ele removeu as décadas de sujeira ali depositadas. Depois disso, olhando a paisagem, reparou em certas marcas; assinatura do artista, possivelmente.


Parecia algo familiar. Ele comprou um livro sobre a arte da pintura pós-impressionista e descobriu a marca semelhante nos trabalhos de Cezanne (1839-1906). Era algo de muito excitante. Enfim, fez fotos da tela e enviou cópias para especialistas. Fez mais: na segunda-feira – dia 20 (março, 2011), levou a peça até a Casa de Leilões Wilford Wellingborough.

O proprietário, Tim Conrad (foto acima), cético à princípio ficou mais interessado assim que viu a tela:  

Os traços parecem com os primeiros trabalhos de Cezanne, que eram (representações) de cenas rurais, como este e era comum ele usar uma variedade de estilos de assinaturas. Aconselhei o dono a ver um especialista o mais rápido possível. É uma pintura refinada e se for autêntica (um autêntico Cezanne) o impacto (da sua descoberta) seria enorme. Estamos falando de 40 milhões de libras (mais de 100 milhões de reais, mais de 60 milhões de dólares), se não mais. Seria um grande acontecimento no mundo da Arte.

O quadro mostra uma paisagem: uma casa com telhado laranja ao lado de um rio e rodeada de árvores. Sob o nome, a assinatura rabiscada, está anotado o ano de 1854.

Peritos dizem que pode ser, de fato, um Cezanne pertencente a um período inicial da criação do artista. Na época, ele seria um aprendiz de 15 anos. Algumas fotos foram enviadas para a National Gallery. O dono do quadro tem, agora, uma reunião com curadores mas o porta-voz da galeria prefere não comentar o assunto.

FONTES:
BLOXHAM,Andy. Mystery over record sale of £51m Chinese vase. 
IN Telegraph/UK, publicado em 28/02/2011. [http://www.telegraph.co.uk/culture/art/artsales/8350376/Mystery-over-record-sale-of-51m-Chinese-vase.html]  
COHEN, Tamara. Bought for £100 from a junk shop, this painting could be a £40m Cezanne! 
IN Daily Mail/UK, publicado em 25/03/2011 
[http://www.dailymail.co.uk/news/article-1369520/Cezanne-painting-worth-40m-bought-man-liked-frame.html?ito=feeds-newsxml]

domingo, 27 de março de 2011

Milhões de Dólares: A Preciosa Arte Chinesa


O painel: milhares de soldados pintados em miniatura. Foto: AP


FRANÇA/CHINA – Um painel gigante, em seda, acondicionado em rolo foi vendido na França por 19 milhões de libras (mais de 30 milhões de dólares). A peça, encontrada em um sótão, em Paris, foi vendida em Tolouse (cidade do sudoeste da França) pelo leileiro Marc Labarbe.

A pintura faz parte de uma série. São quatro painéis que reproduzem cenas de manobras militares. Esta, retrata a revista em uma tropa chinesa do século XVIII (anos 1700). O trabalho, minucioso, mobilizou 20 mil homens em sua produção.

Um colecionador de Hong Kong, que preferiu o anonimato, fez o lance vencedor após uma guerra de ofertas entre sete pessoas. A tela de seda possui 79 metros de comprimento. Pertence à época do imperador Quianlong e foi pintada por volta de 1748.

Sobre os outros painéis, sabe-se que um está no Museu do Palácio de Pequim e outro foi leiloado, em 2008, na Sotheby's, em Hong Kong; este último, foi arrematado por 67 milhões e 860 mil dólares.


FONTE: Giant silk China scroll sells for over £19 million.
IN Telegraph/UK, publicado em 27/03/2011
[http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/howaboutthat/8409647/Giant-silk-China-scroll-sells-for-over-19-million.html]




quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Livro Mais Caro do Mundo



LONDRES, UK – Uma cópia rara do mais livro mais caro do mundo, já na pesquisa pré-venda, foi vendido pela Sotheby's,arrematado por mais de 10 milhões de dólares. O preço é recorde para qualquer livro impresso disponibilizado em um leilão.

O livro Birds of America um imenso album ilustrado de autoria do famoso ornitólogo, naturalista e pintor norte-americano John James Audubon (1785-1851), é um marco da história natural.

Esta edição do Birds of America é enorme: com mais de 3 metros de altura e 2 de largura, contém 435 ilustrações. Quando foi publicado pela primeira vez, em 1827, as imagens foram impressas em preto e branco e, somente depois, coloridas à mão por especialistas. Esta edição teve uma tiragem de apenas 119 cópias.




No vídeo, alguns tesouros da Sotheby's, pertencentes à coleção de Lord Hesket. A Sotheby's é uma a famosa casa de leilões sediada em Londres, fundada em 1744. Lá estão, além do Birds of America, primeiro impresso de Shakespeare e cartas da rainha Elizabeth I para a rainha Mary, da Escócia


O exemplar vendido pela Sotheby's é proveniente da coleção de Lord Hesketh, um acervo que inclui, entre outras preciosidades, o primeiro Fólio (livro, impresso) de Shakespeare, datado de 1623, considerado por muitos o livro mais importante da literatura inglesa. Birds of America foi comprado pelo empresário londrino Michael Tollemach e declarou: O livro não tem preço.

FONTES
Most expensive book in the world sold for $ 10 million
IN Pravda English – publicado em 08/12/2010
[http://english.pravda.ru/news/society/08-12-2010/116113-book-0/]
Birds of America sets £7m sales record at Sotheby's
BBC, UK publicado em 08/12/2010
[http://www.bbc.co.uk/news/entertainment-arts-11946022]





segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Estranhas Estátuas de Um Estranho Parque



MAIS FOTOS DO PARQUE – CLIQUE AQUI

FINLÂNDIA – Em um local remoto a leste do país, o Parque de Esculturas de Veijo Rönkkönen [1944-13/03/2010] é, possivelmente, o mais importante conjunto de arte popular do contemporânea finlandesa. O primeiro trabalho de Rönkkönen foi feito em 1961. Hoje, o quintal do artista está repleto de estátuas. São mais de 450 peças feitas, principalmente, com cimento. Destas, mais de 200 são auto-retratos do autor em posições da ioga.

O jardim, que abriga toda a coleção, integra-se à obra com suas plantas exóticas e efeitos sonoros produzidos por caixas de som ocultas dentro de algumas esculturas. Veijo Rönkkönen jamais permitiu que suas obras saíssem do jardim para participar de exposições. Nuncavendeu nehuma das peças. Quando era convidado a participar de mostras, o artista alegava que precisava discutir o assunto com as estátuas primeiro; mas, as estátuas, nunca concordaram em viajar...

FONTE: Weird park in Finland
IN Don't Panic, UK – publicado em 08/07/2010
[http://www.dont-panic.co.uk/weird-park-in-finland/]



domingo, 21 de novembro de 2010

Polêmicos Cinocéfalos



AUSTRÁLIA – Um casal de artistas plásticos australiano, Marc e Gillie Scattner, de Sydney, está provocando polêmica com sua sua exposição de 20 pinturas e, sobretudo, com suas cinco esculturas que representam pessoas com cabeças de cachorro. São criaturas cinocéfalas. A exposição chama-se Returning to The Animal Within (algo como De Volta ao Animal Interior). Art or Smut? (Arte ou Obscenidade?), pergunta a manchete do jornal Daily Telegraph, Sidney.

A hibridização dos seres, do olhar canino com o olhar humano parece provocar uma incômoda percepção da animalidade latente no homem ou, ainda, da humanidade oculta no animal. Uma das esculturas, intitulada Eles não estavam realmente apaixonados mas isso não importa, mostra um casal destes cinocéfalos tendo relações sexuais.



FONTE: Dog-Man Sculptures.
IN Unique Daily, UK – publicado em 20/11/2010
[http://uniquedaily.com/2010/11/dog-man-sculptures/]




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tesouros Perdidos da Arte


EUA – Em Buffalo, estado de Nova Iorque, a família Kober descobriu uma pintura inacabada. O quadro mostra Maria acolhendo Jesus depois da crucificação, cena conhecida como Pietá

Durante os anos de 1970, o quadro ficou pendurado na parede por um ano porém, em certa ocasião, como se a peça fosse atingida pelas bolas das brincadeiras das crianças, achou-se por bem resguardar o objeto. O quadro foi embrulhado e escondido atrás de um sofá.

O embrulho lá ficou, esquecido durante 27 anos até que um membro da família, o tenente-coronel da Força Aérea Mr. Martin Koeber, 53 anos, aposentado em 2003, por sugestão do pai, resolveu dedicar-se a pesquisar as tradições da família, entre elas, um mistério envolvendo o velho quadro jogado à poeira do tempo: diziam que aquela era uma obra inacabada do Mestre italiano Michelangelo (1475-1564).

Mr. Kober começou sua investigação com a História da Pintura. Entrou em contato com várias casas de leilão; com estudiosos da arte Renascentista. Consultou arquivos europeus. Reuniu-se com diretores de museus Itália. Finalmente, conheceu o restaurador de arte e historiador italiano Antonio Forcellino que resolveu desvendar o caso.

Em seu novo livro, La Pietá Perduta ou The Lost Pietá – A Pietá Perdida, publicado na Itália este ano [2010] Forcellino escreve:  

Não era a história [da descoberta do quadro], somente, que me espanta mas que a peça tenha ficado exposta e tenha resistido tão bem ao aquecimento comum nas casas de classe média. À princípio, pensei que fosse uma cópia.

Ainda assim o especialista foi até Buffalo, à casa dos Kober, somente para ver a pintura. Forcellino comenta sua impressão: Na verdade, a pintura era ainda mais bonita que as versões que estão em Roma e Florença. E acreditou que, muito provavelmente, o quadro é autêntico.

A análise científica da pintura pode ser a prova de que o Mr. Forcellino não está enganado. O painel de madeira medindo 25x19 polegadas [64x49 cm], submetida a testes com raios infravermelhos e raios X, mostrou muitas alterações feitas pelo artista, suas mudanças de idéia e uma porção inacabada perto do joelho direito da Madona.


The Deposition, The Florentine Pietá.
Michelangelo, 1550.
Museo dell'Opera del Duomo, Florença.

Forcellino avança em seu raciocínio: A evidente porção inacabada demonstra que esta pintura nunca, jamais, poderia ser uma cópia de outra obra. No Renascimento, nenhum cliente pagaria uma cópia inacabada. 

[Talvez o historiador Forcellino não tenha cogitado que sempre existe a hipótese de um cliente mau pagador ou um artista aborrecido.. Mas eu penso nisso. Meditemos...].

Outra questão curiosa é rastrear a trajetória da tela entre a Itália Renascentista e os Estados Unidos da América. As pesquisas históricas indicam que o trabalho poderia ter sido feito por Michelangelo [1454-1564] por volta de 1545, século XVI. O cliente seria uma amiga [ao que parece] do artista, Vittoria Collona. Isso aconteceu quase 45 anos depois da criação da famosa Pietá, escultura que se encontra na Basílica de São Pedro.

A Pietá Perdida dos Kober começou sua peregrinação quando passou pelas mãos de dois cardeais católicos antes de tornar-se propriedade de uma aristocrata alemã, a baronesa de Villani. 

A baronesa deixou o quadro como herança para sua dama-de-companhia, Mrs. Gertrude Young. Mrs. Young era cunhada do bisavô de Mr. Martin Koeber e, assim, finalmente, Gertrude resolveu mandar a peça para os parentes, na América, os Kober, em 1883. Isso consta nos apontamentos do patriarca Kober.



La Pietá, Basílica de São Pedro, Vaticano. Michelangelo, 1499.

Mas nem sempre esta Pietá esteve atrás de um sofá: em 1868, ainda na Europa, um conhecido biógrafo de Michelangelo, Herman Grimm, viu a pintura e imediatamente atribuiu-a ao mestre. Forcellino está totalmente convencido que o quadro esquecido é, de fato, uma pintura de Michelangelo.

Outro especialista em Michelangelo, o professor de Arquitetura e História, da Universidade de Washington de Arte, em Saint Louis [USA], William Wallace, disse que viu a pintura antes que Martin Kober, por sua própria conta, submetesse a tela a uma restauração/limpeza, para remover os quinhentos anos de desgaste e o acúmulo da inevitável sujeira depositada pelo tempo.

Wallace adverte que não há como, de maneira inquestionável, estabelecer a autoria do quadro. O reconhecimento dessa autoria vai depender do peso da opinião dos especialistas. 

Porém, o valor potencial da pintura é inegável. Atualmente, ela já está sob a guarda de um cofre, em um banco. Desenhos raros de Michelangelo que foram postos à venda nos últimos anos foram cotados em até 20 milhões de dólares. La Pietá Perduta pelo já é e representa pode valer até 300 milhões de dólares.

FONTES:
New York family discovers lost Michelangelo paintingIN News, Autrália – publicado em 11/10/2010
[http://www.news.com.au/weird-true-freaky/new-york-family-discovers-lost-michelangelo-painting/story-e6frflri-1225937018975]
KLEIN, Melissa. A 'Mike' found in Buffalo?
IN NY Post, USA – publicado em 11/10/2010
[http://www.nypost.com/p/news/local/mike_found_in_buffalo_Or3Ok3NfUR21qEqBxK3u2H]

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Bullying Histórico – O Real Corcunda de Notre-Dame



The Hunch Back of Notre Dame, 1939 – USA.
Filme. Quasímodo é o ator Charles Laughton.
Direção de William Dieterle.

REINO UNIDO – Com sua corcunda, sua face deformada, suas deficiências, Quasímodo, o trágico herói do romance de Victor Hugo [1802-1885], O Corcunda de Notre-Dame, sempre foi considerado uma personagem de ficção, fruto da imaginação do autor. 

Todavia, uma descoberta recente revela que, um dia, existiu um homem real que foi inspiração para a criação de Quasímodo. 

No romance, o sineiro da Igreja de Notre-Dame, além de corcunda era extremamente feio, com deformidades faciais, problemas de fala e meio surdo. Foi assim, totalmente desprovido de encantos físicos que ele se apaixonou bela bela cigana Esmeralda.

Os indícios de que Quasímodo é baseado em uma figura histórica foram descobertos nas memórias de Henry Sibson.

Sibson foi um escultor britânico. No século XIX, época em que o romance foi escrito, também ele, Sibson, escrevia sobre o cotidiano de seu trabalho naquela famosa catedral francesa. Em seu relato, ele se refere a um pedreiro corcunda, que também trabalhava lá.

Sibson escreveu sete volumes de memórias. Em 1999, os escritos foram adquiridos pelo Arquivo Tate e foram parar no sótão de uma casa em Pensance, Cornwall. 

Agora, as memórias de Sibson foram redescobertas e ali está registrado que na década de 1820, trabalhando na reparação das dependências da Catedral, deparou-se o autor com este pedreiro, na verdade, um escultor corcunda.

* ARQUIVO TATE – Parte dos programas mantidos pela Tate Oranization, uma instituição que abriga a coleção nacional do Arte do Reino Unido de Arte Britânica e Arte Internacional Moderna e Contemporânea. A organização reúne quatro museus. O Tate Britain, em Londres, foi fundado em 1897. Os outros três são: Tate Liverpool, galeria de arte de fundada em 1988; o Tate Saint Iver, em Cornwall, criado em 1998 e, também em Londres, O tate Modern, inaugurado em 2000.


Um trecho relembra: O governo francês tinha dado ordens para a reparação da Catedral de Notre-Dame. As obras estavam em andamento. Eu fui trabalhar nos estudios [de arte] onde eram produzidas e/ou restauradas as grandes peças de escultura. Foi lá que encontrei Monseigneur Trajano, um homem digno, amigável. Ele também era escultor. Mas eu não tinha proximidade com ele. Tudo que eu sei é que ele era corcunda e que não gostava de se misturar com os outros escultores.

Sibson retoma o personagem mais adiante quando trabalhava em outro projeto nos arredores de Paris com o mesmo grupo de escultores. Mais uma vez encontrava o escultor, que era contratado do governo. Desta vez, recorda seu nome como Monseigneur Le Bossu sendo que Le Bossu significa o Corcunda em francês.

O arquivista que fez a descoberta, Adrian Glew, disse: Quando vi as referências ao escultor corcunda de Notre-Dame e as datas coerentes com a criação de Victor Hugo, eu senti que havia uma relação. Victor Hugo começou a escrever O Corcunda... em 1828. O livro foi publicado três anos depois [1831].



As Gárgulas da Catedral de Notre-Dame de Paris.

Em sua investigação, o arquivista Glew foi mais além na descoberta de conexões entre o romance, o autor e o escultor corcunda de Notre-Dame. Victor Hugo tinha um interesse especial na Catedral tendo se envolvido nas polêmicas sobre a orientação estática das reformas no templo. 

Aliás, a história do edifício, cuja construção foi iniciada em 1163 [século X] mostra que a Catedral de Notre-Dame passou séculos entre finalização de construção e reformas. Em 1844, Hugo defendia um projeto que respeitasse o estilo gótico do templo.

Outros indícios sugerem que Victor Hugo teve oportunidade de observar o misantropo escultor corcunda. 

No Almanaque de Paris de 1833 foi publicada uma lista dos profissionais de escultura e artes outras] que atuavam na cidade. Um certo Monseigneur Trajin lá está nomeado e ainda dão seu endereço, na rua Saint Germain-des-Pres, onde Victor Hugo também vivia na época.

Toda ficção da imaginação humana tem pequena semente na observação da realidade e... Sob certo de ponto de vista, hoje, podemos imaginar Quasímodo com um verdadeiro mártir histórico, vítima de bullying... Meditemos...

FONTE: NIKKHAH, Roya. Real-life Quasimodo uncovered in Tate archives
IN Telegraph, UK – publicado em 15/08/2010
[http://www.telegraph.co.uk/culture/books/artsandentertainmentbooksreview/7945634/Real-life-Quasimodo-uncovered-in-Tate-archives.html]

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Body Art: Butterfly




A foto acima é uma ilusão da arte na ótica. É body-art. Os olhos do leopardo foram pintados no chão. A envergadura do meio, as bochechas, essas partes são feitas do corpo de uma mulher, ou melhor, nas costas de uma mulher. A área, incluindo os cabelos, foi trabalhada para se encaixar no desenho, completando as feições do animal. O artista usa não somente as costas como tela mas também: nádegas, braços, pernas. O nariz, focinho propriamente dito, é uma borboleta. Aliás, Butterfly foi o nome que o artista ─ Craig Tracy deu a esta obra, uma entre muitas outras de suas surpreendentes criações.

VEJA OUTRAS CRIAÇÕES DO ARTISTA

Fonte: Is this the world's best body art? Stunning eye-deceiving images reveal an artist at the top of his game
In Daily Mail ─ UK publicado em 02/11/2009
[http://www.dailymail.co.uk/news/worldnews/article-1224499/Is-worlds-best-body-art-Stunning-eye-deceiving-images-reveal-artist-game.htm]




terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mulher-Capacho



Essa é a mulher-capacho. O tapete representa a mulher submissa. A peça foi criada pela artista Chrissy Conant que usou seu próprio corpo e rosto como modelos da criação chamada Chrissy Skin Rug [Tapete de Pele de Chrissy]. Chrissy explica que fazer este trabalho: Exorcizou uma parte de mim que sente impotente e coisificada. Skin Rug está em exposiçâo na Lehman Morgan Galery, em Nova Iorque, e custa 45 mil dólares.

Fonte: Telegraph - UK, publicado em 08/09/2009
[http://www.telegraph.co.uk/news/picturegalleries/picturesoftheday/6155182/Pictures-of-the-day-8-September-2009.html



terça-feira, 10 de março de 2009

Telefone de Deus & Decadência da Arte




Johan van der Dong: como diria meu pai, que era cearence: "Eita! que o cabra tem cara de abestalhado"...




Nesta obra de jardim de infância ou de sala de artesanato de hospício, a prova do abestalhamento de van der Dong: esse lixo pretende representar o confronto entre o assassinato de pessoas e animais e a ciência da manipulação genética.


Nos Paises Baixos [Holanda], na cidade de Groningen, uma exposição de arte disponibilizou o número do telefone de Deus! Acontece que Deus nunca está em casa e depois de ouvir uma mensagem de secretária eletrônica, o "filho de Deus" pode deixar seu recado. Diz a secretária: "Essa é a Voz de Deus e Eu não estou podendo falar neste momento. Por favor, deixe sua mensagem". [...]

Essa "linha de comunicação com o divino", essa tentativa de representar literalmente o religare [a religação, conexão] entre o homem e o Criador de Todas as Coisas, é uma manifestação artística que pretende chamar a atenção para as mudanças no modo das pessoas, [no caso, os holandeses] de perceberem a religião. O "artista" que concebeu o "telefone de Deus", o holandês Johan van der Dong optou pelo telefone móvel [o celular] para mostrar que Deus está disponível em qualquer lugar e a qualquer hora. Em todo o caso, essa idéia ou está mal explicada ou foi pessimamente realizada posto que Deus jamais atende a ligação, o que teologicamente é uma falha para um ser infalível, onipresente, onipotente e onisciente. Meditemos...

Desde de que foi exposto ao público, o telefone, em uma semana, recebeu apenas mil mensagens. O conteúdo das mensagens será mantido em sigilo [até quando?...] ─ pois não faz parte do projeto artístico [muito ruim mesmo, pouco artístico e pelo jeito, mesmo academicamente, é inútil esse "projeto". Aliás, isso é um projeto? Já não são feitos projetos como antigamente e nem arte como em tempos antanhos. Francamente, esse van der Dong e outros "artistas" pós-modernos com suas "instalações" estão dando grande pinta de retardados...]. Sobre o segredo, van der Dong justificou: "Eu não sou um pastor; sou um artista e nem vou ouvir as mensagens. Isso é um segredo entre Deus e as pessoas". [Este editor faz caridade e finge que acredita...]

Os críticos dizem, com certa razão, que, na verdade, o "telefone de Dong" é um escárnio que desrespeita àqueles que têm suas crenças religiosas. Afinal, Deus nunca atende e este editor, mais uma vez opina que essas "instalações" desrespeitam escancaradamente o senso artístico de público lançando o conceito de arte em um enorme vazio criativo que a mediocridade dos oligofrênicos ─ de retardados mentais, mesmo ─ se apressa em preencher. Aliás, ó paí ó..., a cara do van der Dong [foto].

A porta-voz da exposição, Susanna Groot afirmou que não há intenção de ofender ninguém: "Antigamente você ia à igreja para rezar e agora, esta é uma oportunidade de, apenas com uma chamada telefônica, rezar" [Implica não precisar deslocar-se até uma igreja para rezar]. De fato, esse é o subtexto dessa "instalação" ou provocação "artística": o que é prioridade na vida da pessoas nesta pós-modernidade? O "telefone de Deus" permanecerá disponível por seis meses. O número é 06-4424-4901 para os Países Baixos ou +316-4424-4901 para idiotas que quiserem ligar de outros países.

FONTE: Dutch leave messages on God phone
IN BBC News ─ pblicado em 07/03/2009