domingo, 26 de abril de 2009

Os Papas Malditos Da Igreja Católica



O papa Formosus, desenterrado, podre, para jungamento póstumo


Papa, o cargo mais elevado da hierarquia eclesiástica católica, foi desde o início, um ponto polêmico nas discussões e divergências doutrinárias que abalaram o cristianismo dede o primeiro ano da Era Cristã. O cristianismo primitivo tem sua história envolta nas incertezas decorrentes da falta de documentação escrita original.

Na Idade Média, a organização hierárquica, como sistema dinâmico, buscava acomodação entre uma série de erros que foram mais significativos que os acertos. O papado era definido pelos desígnios dos jogos de poder político e econômico e, deste modo, os Papas verdadeiramente pios, devotos, seguidores de Cristianismo acima de tudo, alternaram-se com nobres cidadãos desprovidos de qualquer senso ético, moral ou religioso.

Com a chegada da Idade Moderna anunciada pela cultura Renascentista, encontrou a Igreja Católica Apostólica Romana viciada pelas manobras da corrupção enraizada. A degeneração dos padres, bispos, cardeais e, até daquele que deveria ser infalível, o Papa, tal degeneração tinha se tornado um escândalo público que resultou na Reforma Protestante deflagrada por Martinho Lutero.

Os Papas relacionados nesta matéria são alguns daqueles mais pervertidos. Seus pecados escabrosos tornaram-se amplamente conhecidos. Eles contribuíram decisivamente para manchar o nome do Cristianismo ocidental sediado, primeiro em Roma, depois no Vaticano. Até hoje a Casa de Pedro é questionada pelos abusos do passado perpetrados a partir do péssimo exemplo daqueles senhores Papas.

Foram ladrões, estelionatários, assassinos, estupradores, perdulários, arrogantes, violentos. Mais do qualquer Anticristo ou Anti-Papa, esses pontífices encarnaram a verdadeira manifestação do avesso do Cristianismo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Segredos da Antártida


O vulcão Monte Takahe, oeste da Antártida [76.2 °S, 112°W]. Nesta região, o continente gelado tem muitos vulcões ocultos sob a manta de gelo. Alguns, muito erodidos pelas intempéries. Os cientistas somente reconhecem estes vulcões através de medições remotas que detectam diferentes massas rochosas, identificando as vulcânicas. O monte Takahe tem o cume elevado a mais de mil metros acima do gelo circundante. Porém, visto de perto uma montanha de gelo e nada deixa entrever que se trata de um vulcão.

Existem muitos mistérios relacionados à Antártida e pesquisas recentes revelam fatos novos que tornam o assunto ainda mais interessante. Os cientistas estão apenas começando a explorar alguns desses segredos ─ segredos que podem afetar o futuro do planeta.

Em 12 de abril [2009] The Independent publicou: Hilary Clinton urges Tougher Controls on South Pole Tourists [Hilary Clinton recomenda Rígido Controle dos Turistas no Pólo Sul]. Realmente, o turismo no Pólo Sul vem crescendo, tornando-se popular e embora tenham ocorrido alguns incidentes como algumas preocupantes colisões de barcos com o gelo e regiões traiçoeiras, nada indica que o turismo seja, de qualquer modo, prejudicial do ponto de vista ecológico, tanto mais que a ideologia corrente de aliar turismo a valores ecológicos tem obtido relativo sucesso em muitos paisagens do mundo.

Eis, então, que um sussurro conspiracionista especula: haveria alguma razão oculta para que os "poderes instituídos" mantenham as pessoas longe da Antártida?

Alguns Fatos: A Antártida não foi sempre coberta de gelo. Análises científicas demonstram que a cerca de 40 milhões de anos, em recuadíssimo passado, a Antártida era parte de um vasto e único continente.

Onde hoje impera o branco manto frio, um dia, o ecossistema foi exuberante em formas de vida que viveram em um clima temperado. Este continente, conhecido com Terra de Gondwana [Gondwanaland] era gigantesco: reunia os territórios dos atuais: América do Sul, África, Austrália e Índia.

Achados fósseis de ostracodas [crustáceo] que vive e viveu na Terra há 14 milhões de anos e, ainda, de corais, dentes de tubarões, répteis aquáticos, folhas, madeira e, troncos de árvores intactos que a Antártida foi quente o suficiente para ser hospitaleira dotada de abundante fauna e uma potencialmente desconhecida Civilização Humana [que muitos supõem ser Atlântida].

Em 2008, pesquisas do ambiente abaixo da superfície surpreenderam os cientistas: os resultados revelaram evidências da existência de uma cadeia de montanhas de tamanho comparável aos Alpes. Estas montanhas ocultas repousam insuspeitadas a uma profundidade de 4 km, cobertas de gelo e neve.

O Misterioso Lago Vostok: Também há muitos lagos escondidos nas profundezas das capas geladas ─ são os lagos sub-glaciais, e são líquidos mesmo. Destes, o maior é o lago Vostok, medindo 250x50 km [12.500 km²] de área e com 792,5 metros de profundidade. Sua água fresca está isolada, dentro de uma bolha na qual existe alta concentração de oxigênio. O lago em sua bolha está localizado abaixo de uma camada de gelo há 3 km de profundidade. É um ecossistema único, intocado. Há milhões de anos preservado de qualquer fator externo.

Os métodos tradicionais de perfuração que permitem colher amostras de gelo usam uma broca pequena, lubrificada com grande quantidade de querosene e uma substância anti-congelante.

Quando a broca, eventualmente, alcança a água do lago, as amostras colhidas estarão, necessariamente, "contaminadas". O exame desse tipo de amostras, colhidas naquele ambiente selado por Eras inteiras, revelou uma bactéria bizarra, única, nunca vista.

Em 1999, John C. Priscu, da Montana State University estudou o gelo colhido a 3 mil e 600 metros e comentou: "Nossa pesquisa mostra que o mundo dos micróbios tem poucos limites neste planeta. O lago Vostok é um dos últimos oasis inexplorados da vida terrena".

Em 07 de março de 2009, The Independent publicou que tecnologia "limpa", desenvolvida pela NASA para colher amostras no espaço [em Europa, lua de júpiter] seriam usadas na perfuração dos lagos glaciais.

Então, aquele rumor de conspiração cogita: será possível que os norte-americanos estejam preocupados com uma contaminação patogênica [doença] que poderia vir a ser causada por bactéria alienígena ─ no caso de dessa bolha sub-glacial, simplesmente, estourar?

Em 23 de abril de 2001 surgiu um alerta, quando naquele ambiente estéril e frio, depois de intensivas inspeções de saúde e apesar das medidas de quarentena, em acontecimento sem precedentes, irrompeu o surto de uma doença desconhecida que forçou o resgate, em condições adversas, com as temperaturas na faixa dos 96º negativos! ─ de 11 membros da base de pesquisas da American McMurdo.

Ao mesmo tempo, um membro da base de pesquisa da American Amundsen Scott [muitas milhas longe da outra base], também teve de ser resgatado.

E não somente seres humanos estão sucumbindo a misteriosas doenças. A vida selvagem também. Em dezembro de 2001, um "mal desconhecido" começou a matar centenas de pingüins próximo à base Australian Mawson.

Alimentando os rumores de que algo de incomum esteve acontecendo na Antártida, em 24 de janeiro de 2001 a NSA ─ National Security Agency [Agência de Segurança Nacional, USA] estava assumindo o controle da exploração científica Internacional do lago Vostok.


Anomalia Magnética: Em 2001, uma equipe de Cientistas da Columbia University conduzindo uma pesquisa no Vostok descobriram uma massiva anomalia magnética na extremidade sudoeste do lago. Michael Studinger, colaborador da pesquisa, comentou: "Essa anomalia é muito extensa. Não pode ser o produto de uma mudança diária no campo magnético".

A causa da anomalia tem inspirado muitas teorias. A mais amplamente aceita é que existe um "afinamento" da crosta terrestre naquela área, sob o lago e o magnetismo resulta da produção de gás e lava no subsolo.

Esses gases podem fazer de uma escavação ali tarefa extremamente arriscada com o risco: 1. de uma explosão que além de atingir os pesquisadores ─ 2. poderá liberar enormes quantidades de gases que provocam efeito estufa na atmosfera deflagrando uma drástica mudança no clima global.

Outros, arriscam hipótese mais ousada: a anomalia pode ser o resultado de uma fonte de energia remanescente de uma avançada civilização, hoje extinta. Muitos arriscam dizer que essa civilização foi a Atlântida.

Outros, preferem ser mais genéricos e especulam a possibilidade de ser um equipamento de origem não-humana, já que a área também é conhecida pelos avistamentos de UFOs.

Qualquer dessas hipóteses pode explicar tanto a presença da NSA ─ Agência de Segurança Nacional, USA e relutância em permitir o avanço do turismo quando estes turista, vagando na paisagem podem, inadvertidamente, estar em perigo, de infecção ou explosão ou, ainda, tornarem-se incômodas testemunhas de eventos que são segredos de Estado; de mais de um Estado; de alcance internacional.

Em Busca de Recursos Naturais: Em 1959, os governos da Argentina, Bélgica, França, Chile, África do Sul, Japão, Noruega, Nova Zelândia, antiga União Soviética, hoje, Rússia, Reino Unido, Estados unidos e Austrália, assinaram um tratado de cooperação científica, reconhecendo a importância ecológica da Antártida e com o compromisso de manter a área livre de conflitos. Todavia, atrás desta bela cena, sempre houve pretensões não declaradas de, cada país, se tornar proprietário de áreas "de interesse". Hoje, o tratado está caduco.

Nos anos de 1950, antes dos primeiros estudos significativos, a Antártida era vista como território desolado e estéril sem nenhum valor econômico. Muita coisa mudou desde estão.

Os estudos preliminares para investigar a origem da luz verde emanada da zona de anomalia magnética, supondo uma grande fonte de gás combustível, estimou que mais de 200 bilhões de barris de petróleo podemestar entesourados embaixo da camada de gelo.

A questão é localizar e calcular o custo da extração. A briga começou há tempos e começa a se tornar escancarada. Em 2009, o Reino Unido está requisitando direitos sobre jazidas minerais no leito do mar territorial antártico, potencialmente rico em gás e petróleo. Chile e Argentina uniram-se para contestar a reivindicação britânica.

A Antártida Está Mudando: Em abril de 2009, a Barranca de gelo de Wilkins, medindo 14 quilômetros quadrados, partiu-se. Isso tem sido citado como evidência do aquecimento global porém pode haver outra explicação.

Apesar das investigações geológicas serem dificultadas pelas condições ambientais, os estudiosos suspeitam que existe um vulcão ativo e falhas, aberturas de terreno no subsolo: mais um segredo do manto gelado.

Em janeiro [2009], os pesquisadores da Britsh Antartic Survey descobriram evidências de cinzas e escombros. eles acreditam que são os sinais de que recentemente aconteceu uma erupção vulcânica sub-glacial ─ o que poderia explicar o aquecimento localizado.

A Geleira de Pine Island, contendo 30 trilhões de litros de água, está sob observação. Ela parece estar derretendo mais rápido que certas regiões do Ártico. A inconsistência na temperatura da Antártida pode indicar fenômenos de vulcanismo específicos, localizados, e não mais uma "consequência do aquecimento global desencadeado pela maldita raça humana!"

LINKS RELACIONADOS:
FONTE: HAYES, S.. Secrets Beneath the Antarctic Ice
IN Socyberty ─ publicado em 19/04/2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Devoção Demente: Cortou a Língua e Deixou no Altar


Fotos: T. A. Rust, anos 1880 ─ IN India Routs: Ascetics

Índia: O caso se deu com o Sr. Ramroop, morador de Adharipurva, vilarejo sob a jurisdição da polícia de Risa: devoto da deusa Durga, ele era um fiel em suas freqüentes orações no templo de Samai Mata, localizado em Chakia Gram.

Em 31 de março [2009], era uma terça-feira, ele cortou a própria língua com uma faca e depositou a horrível oferenda aos pés da deusa.

A informação é de que o ato tresloucado foi o agradecimento do homem para com a divindade por uma graça recebida [este escriba fica se perguntando que raios! de graça foi essa...]. Ramroot foi levado para um Pronto-socorro em estado de inconsciência. Nestes dias [entre março e abril], há um grande movimento de devotos naquele templo por causa
do Navatri...

Navatri é mais um daqueles incontáveis festivais hindus, com muita dança em adoração a algum dos também inumeráveis deuses do panteão colorido que caracteriza o hinduísmo popular. Navatri, palavra sânscrita, significa Nove Noites [onde Nava=nove e Ratri=noites].

Durante o período, as nove formas de Shakti/Devi [formas energéticas, de energia, da divindade] são homenageadas. Os Nove Dias do Durga Puja é maior festival anual de Bengala mas que também acontece em outras partes do país.

Assim como a maior parte destas festas tradidicionais de aborígenes contemporâneos do mundo todo [como o Carnaval da Bahia ou o São João do Nordeste e resto do Brasil, por exemplo], remanescentes heranças de primitivas culturas agrícolas, o Navatri é sazonal, com data definida pelo calendário lunar e culto centrado em dividades femininas, as tão faladas Deusas-Mães.

No caso, é Durga [também chamada Parvati], a Mãe Mahsasura. Na verdade, os deuses hindus parecem ser tão numerosos porque cada um deles possui outros tantos nomes que correspondem às diferentes energias de manifestação da entidade.

Uma coisa complicada para chuchu [em demasia] que, nos labirintos das ciências ocultas, são alegorias para descrever a inefável realidade metafísica do Universo [até me deu uma convulsão mental, essa coisa].

FONTE: Devotee offers tongue to Goddess Durga
IN The Times of India publicado ─ em 02/04/2009



A sobrevivência de um pensamento religioso que produz atitudes como a do devoto de Samai Mata; o que Ramroot fez, a automutilação extrema, que parece tão espantosa par a cultura mundial globalizada pós-moderna, na Índia, não surpreende e não é incomum. 


É uma daquelas bolhas de folclore inútil que resistem nutridas pela mente embotada/aprisionada na lama da mais densa ignorância. Um comportamento que o Iluminado Buda Sakyamuni, em seus anos de Iniciação, logo viu que era coisa de demententado:

Junto de um outeiro da cidade, exercitando ciências e virtudes Viviam monges em diversos grupos... Mortificavam seus magros corpos pensando que somente pela dor é que se pode a dor vencer enfim. Alguns mantinham para cima os braços ininterruptamente, dia e noite, até que desnutridos, definhados, se inteiriçassem quais dois galhos mortos.

Outros, as mãos mantinham tão fechadas que as unhas em crescendo se fincavam pelas palmas adentro agudamente. Assim por diante, todos se inflingiam sofrimentos e dores esquisitos. 

Dentre eles um, considerado santo, mutilações terríveis realizara, perseverante, no seu próprio corpo. A língua, o sexo, os olhos e os ouvidos havia mutilado pela glória de suportar tão grandes sofrimentos... E Sidartha se afasta tristemente... Infelizes homens que nesta vida acendem um inferno para evitar o inferno da outra vida...

EDWIN, Arnold. A luz da Ásia.
[Trad. Ary de Mesquita].
IN A sabedoria da Índia e da China ─ v. I
org. Lin Yutang. Rio de Janeiro: Pongeti Editores, 1955 ─ p 472



 
Mas nem só de indianos vive... ou sofre a autoflagelação. Em novembro de 2006, Sofä da Sala publicou:
MONGE TAILANDÊS CORTA PÊNIS FORA!!!
BANKOK/REUTERS: Um monge budista tailandês amputou o próprio pênis com um facão depois de ter uma ereção durante uma meditação. Atendido para fazer curativo no Mahajah hospital, 780 km ao sul do Bankok, o monge, de 35 anos, recusou o reimplante do orgão alegando que renunciava a todos os prazeres e necessidades mundanas. Na quarta-feira, 22 de novembro de 2006.
FONTE: Buddhist monk cuts off penis and renounces refix
In REUTERS/UK ─ publicado em 22/11/2006
[Trad. Ligia Cabús]

quinta-feira, 16 de abril de 2009

China: Golfinhos Rechaçam Ataque Pirata



Beijing: Milhares de golfinhos bloquearam o avanço de navios somalis piratas do Golfo de Aden impedindo a abordagem à frota chinesa. 

Quando os chineses se deram conta dos movimentos suspeitos dos somalis, que preparavam o ataque, os golfinhos, em uma aparição surpreendente e heróica, saltando na água, colocaram-se, como uma barreira, entre os bandidos e suas pretendidas vítimas. Os piratas suspenderam a manobra e bateram em retirada. A cena espetacular ainda continuou por algum tempo.

Desde dezembro de 2008, os navios mercantes chineses utilizam uma escolta de três embarcações, depois que a United Nations Security Council [Conselho de Segurança das Nações Unidas] alertou os países sobre a necessidade de patrulhar o Golfo de Aden e o mar da Somália. Essa rota marítima, muito movimentada, passou ser alvo constante da pirataria, tornando a navegação intercontinental uma jornada perigosa.

A primeira esquadra de segurança da China, que escoltou 206 navios, incluindo 29 estrangeiros, resgatou com sucesso três embarcações que sofreram ostensiva tentativa de assalto. 

Cerca de 20% dos navios mercantes chineses passam pelas águas da Somália, onde ocorreram ataques piratas de janeiro a novembro de 2008. Antes que a força tarefa fosse organizada, em novembro [2008], sete embarcações chinesas foram sequestradas: uma delas, o Tianyu 8, um barco de pesca, somente foi devolvido em fevereiro de 2009.

Desde o início do ano já se registraram 77 ataques a embarcações, sendo que 18 foram roubadas e 16 barcos com 285 tripulantes a bordo continuam nas mãos dos piratas. Os sequestros dos barcos no Golfo do Áden têm como objectivo o pedido de resgates milionários por parte dos piratas. [IN Jornal Digital ─ publicado em 14/04/2009]


FONTE: Thousands of dolphins block Somali pirates
IN Xinhuanet English ─ publicado em 14/04/2004

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Antiguidade: Antropófagos da Alemanha



Os Filhos de Pindorama. Canibalismo no Brasil em 1557, conforme relatado por Hans Stenden. [Wolfhagen, 1579]. Esta gravura, muito conhecida, é sempre lembrada quando se fala em canibalismo. Outra referência recorrente são os canibais das ilhas Caribenhas. Porém, as notícias abaixo não foram protagonizadas por Tupinambás de Feira de Santana [BA]. São relatos antigos e contemporâneos de fatos ocorridos no Velho Mundo [Europa]. Estes macabros fatos recentes fazem pensar em uma possível degeneração da espécie humana, que parece estar fazendo um lamentável caminho de volta para a bestialidade. Meditemos...

Na Alemanha, próximo à cidade de Speyer, arqueólogos descobriram indícios de antigos festins canibais que devem ter acontecido há sete mil anos. Os ossos humanos encontrados apresentavam cortes característicos da prática, paralelos, e as extremidades foram esmagadas. A carne e o tutano dos ossos haviam sido "removidos". Os corpos tinham sido evidentemente golpeados, espancados mesmo antes das vítimas serem "abatidas".

No sítio arqueológico da Idade da Pedra foi identificado um vilarejo com 12 habitações, cercado por duas linhas de trincheiras não contínuas. Desde as primeiras escavações no local, na década de 1990, os pesquisadores atentaram para os numerosos esqueletos mutilados.

A princípio, pensou-se que as mutilações eram testemunhos de guerras tribais. Porém, o antropólogo Bruno Boulestin, da Boedeaux University estabeleceu que pelos menos dois mil pedaços de ossos pertenciam a apenas doze pessoas. Examinando mais material fóssil, descobriu-se que mil pessoas foram mortas e canibalizadas. A explicação clássica é que estes homens e mulheres e crianças! primitivos comiam gente em cerimônias místicas, em rituais místicos. Todavia nada garante que tenha sido sempre, realmente, assim: aquelas pessoas podem, perfeitamente, ter servido como refeição de seus semelhantes.

Os estudiosos, com a mente sempre repleta de hipóteses, sugerem que o vilarejo pode ter sido o reduto de alguma casta sacerdotal que dominava outros povoados vizinhos e que usaram o canibalismo como forma de opressão e, possivelmente, porque acreditavam que o consumo de carne humana pudesse lhes conferir poderes mágicos. Estes "sacerdotes antropófagos" também criavam porcos, ovinos [carneiros e ovelhas], gado bovino; cultivaram campos de trigo e cevada, produziam cerâmica.


FONTES:

Traces of cannibal feasts unearthed in Germany
IN Pravda English ─ publicado 13/04/2009
Germany: Remains of ancient cannibal feasts discovered
IN All News Web publicado ─ 02/04/2009




Druidas Canibais


Os restos mortais do Homem de Lindow

Inglaterra: Em 11 agosto de 1984, na localidade de Lindow Moss ─ Mobberley, noroeste da Inglaterra, sepultado em um pântano, foi encontrado o corpo razoavelmente bem preservado de um homem. As análises mostraram que ele viveu entre os anos 60 e 90 d.C., em um estágio cultural correspondente à da Idade do Bronze e tinha cerca de 20 ano squando morreu. O exemplar foi chamado de Lindow Man e, desde então, tem sido objeto de studos específicos e comparados.

Desde o início ficou bem estabelecido que o Lindow Man tinha sofrido morte violenta: "Sua cabeça foi esmagada, o pescoço, estrangulado com uma corda, ao se partir, foi cortado produzindo um fluxo intenso de sangue" ─ conforme explicou a arqueóloga Miranda Aldhouse-Grenn, especialista em Druidas da Cardiffe University, País de Gales.

Outra evidência foi achada dentro do corpo, nos intestinos: pólen de visco [Viscum album ─ visgo ou agárico, gui em francês], planta sagrada para os Druidas e usada em refeições e/ou bebidas oferecidas a participantes de rituais. O agárico, a depender de como é processado e das doses ministradas, pode ser um antídoto contra envenenamentos ou, ao contrário, um poderoso veneno.[Os romanos escreveram que os Druidas colhiam o visgo das árvores usando a famosa pequena foice de ouro].

Indícios, como unhas bem tratadas, cabelos e barba bem cortados, sugeriam que ele ocupava uma posição social elevada; que podia, inclusive, ter sido um Druida. Esses sinais fundamentaram a conclusão de que Lindow Man tinha sido vítima de um ritual de sacrifício. Lindow Man foi executado [ou sacrificado] justamente na época em que os romanos lançavam-se em um novo ataque à ilha da Grã-Bretanha, que já consideravam parte do reino cujo domínio, soberania, precisava, apenas, ser consolidado.

Nesta situação, os Druidas consideravam absolutamente necessário realizar um sacrifíco capaz de persuadir os deuses a deter o avanço romano. Eles tinham de oferecer uma vítima, um sangue precioso. Por isso, escolheram um homem nobre. Sobre isso, o próprio Julio Cesar escreveu: "Em tempos de grande perigo, os Celtas acreditavam que não menos que a vida de um homem deveria ser oferecida para garantir os favores dos deuses".

Essas descobertas confirmam informações da crônica romana que sempre foram encaradas com suspeição pelos estudiosos, como "propaganda de guerra". Registraram os romanos a selvageria dos Druídas; Druídas que no imaginário romântico popular eram vistos como velhinhos essencialmente bondosos, conhecedores dos segredos mágicos da natureza. O fato porém, é que os legionários e generais que voltaram da primeira incursão à Bretanha, no século I d.C., contaram histórias macabras sobre os sacerdotes celtas.

Julio Cesar, que lá esteve em 55 d.C., conta que os Celtas "acreditavam que os deuses se compraziam com a morte de prisioneiros e criminosos mas se os 'objetos de sacrifício' acabassem, eles sacrifirariam um inocente". O historiador Plínio, o Velho, também do primeiro século d.C., diz mais: que os celtas praticavam o canibalismo ritual, comendo a carne de seus inimigos a fim de obter força fisica e espiritual.

Outra terrível indicação de sacrifícios entre os Celtas, foi encontrada na caverna de Alveston, Inglaterra. Em 2000, foram descobertos esqueletos pertencentes a mais de 150 pessoas, datando, ainda uma vez, do período da conquista romana. É possível que os druídas tenham assassinado essa pequena multidão em um só evento, uma só cerimônia. Um recurso extremo [irracional e primitivo] para deter o inimigo por meio de forças sobrenaturais.

A invasão romana pode ter desencadeado um processo de desespero que levou os Druidas, guias daquele povo, a intensificar os sacriícios como medida extrema para evitar a vitória dos invasores. O arqueólogo Mark Horton, da University of Bristol, diz que a pilha de corpos sugere uma resitência selvagem aos romanos, no plano mundano das batalhas, enfrentamento corpo a corpo mas, também, um radicalprocedimento religioso que produziu essas numerosas
mortes rituais.

Todavia, a chacina de Averton não se resume ao mero sacrifíco, à morte das vítimas. Os ossos daquela caverna mostram sinais de canibalismo. Um fêmur humano foi quebrado de maneira característica, já conhecida dos antropólogos: fratura típica para propiciar a extração dos nutrientes, do tutano. Ao longo da história dos Celtas, pode-se dizer em favor dos Druídas que estas práticas foram raras, um recurso mágico utilizado em caso extremo.

FONTE: OWEN, James. Druids Committed Human Sacrifice, Cannibalism?
IN National Geographic ─ publicado em 20/03/2009