sábado, 27 de junho de 2009

Michael Jackson



Eu que não me ligo, em assistir nenhum cantor contemporâneo ou pós-moderno, não importa o gênero, estilo ou nacionalidade. Muito menos em local público, especialmente local aberto. Mas abri uma exceção: estava com viagem marcada para Londres em 1010 e por uma dessas conjuções da vida consegui um dos poucos convites-cortesia para um dos shows. E nesse show, claro, eu ia! Mas ele morreu.

Durante sua vida, apesar do talento espetacular, a arte ficava de lado nas manchetes para dar lugar ao falatório sobre a vida particular do astro: seus gostos, seus hábitos, sua infância, sua saúde, sua sexualidade, suas excentricidades, sim! Sobretudo, excentricidades e quem sabe, escâdalos! que vendem bem! Dentre as esquisitices de Jacko, uma das mais [mal] faladas era o [suposto] fato dele querer ficar branco. Ridículo!

Ele jamais perdeu a postura de negro. Não perdeu porque não quis. Ele jamais deixou de se considerar um negro e, no entanto, os analistas de superfícies não notaram isso! Ninguém sequer analisou que ele ao se "pintar" de branco fez o maior, o mais contundente e mais importante manifesto conta o racismo de todos os tempos.

Realmente os jornalistas, os estudiosos do comportamento humano, psiquiatras, psicólogos e todos os outros que se dizem conhecedores do assunto não conseguiram atingir o universo de Michael Jackson. Nem mesmo as maiores autoridade em semiótica lograram perceber o quanto ele foi brilhante e militante ativo, até mesmo agressivo em nome da própria cor.

Foi um filho desprotegido, um artista que só teve êxito porque era totalmente impossível negarem isso a ele. Na cena da hipocrisia instituída, inúmeras pessoas do mundo da música que diziam gostar dele, na verdade jamais se conformaram com o seu sucesso.

O que a imprensa chamou de declínio na carreira também não faz sentido. Não é lógico. Michael Jackson alcançou um patamar de realizações artísticas que, há muito, tornaram-no imune a declínios. Em qualquer lugar do mundo onde ele fosse, os midia entrariam em alvoroço, uma multidão estaria pronta para assistí-lo, homenageá-lo, adorá-lo como somente acontece com os verdadeiro Ídolos.

Das 50 apresentações que programou em Londres, em um local que comporta quase duas mil pessoas e o ingresso mais barato custava 500, [chegando a 2 mil dólares, o mais caro] todos os ingressos foram vendidos em meia hora, sendo que 80% via Internet para mais de 100 Países. Senhoras e Senhores, isto sim podemos chamar de SUCESSO. por Eduardo Cabús


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Os Segredos da Matéria Escura



Inauguração do Sanford Underground Science and Engineering Laboratory


Sioux Falls [USA] ─ Nos subterrâneos de Black Hills, South Dakota [Colinas Negras ─ Dakota do Sul], a uma profundidade equivalente a mais seis edifícios Empire States empilhados, abaixo do era uma grande mina [2,4 km] foi instalado um laboratório: Sanford Underground Science and Engineering Laboratory, especialmente equipado para cientistas investigarem as misteriosas partículas conhecidas como matéria escura. A mina é a mesma onde, no passado, o pesquisador Alfred Nobel [1833-1896, químico e inventor sueco] realizou muitas de suas pesquisas.



Essas profundezas são o lugar ideal para o tipo de experimentos aos quais se destina: suficientemente protegido de modo a evitar a penetração dos raios cósmicos que interferem na pesquisa da matéria escura, essa matéria que intriga cientistas e que, acredita-se, constitui um quarto do total da massa do Universo.


A área ocupada pelo laboratório é chamada de Davis Cavern, homenagem a Ray Davis Jr., que usou o local para demonstrar a existência das partículas solares hoje conhecidas como neutrinos. Por seu trabalho, Davis e seu colega John Bahcall ganharam o Prêmio Nobel de Física em 2002.


A primeira experiência a ser feita no novo Laboratório é a Large Underground Xenos, procedimento que pretende detectar a interação fraca entre as partículas elucidando questões relacionadas ao Big Bang, a grande explosão à qual se atribui a origem do Universo.


Tom Shutt, da Case Western Reserve University, Cleveland ─ e Rick Gaitskell, da Brown University e mais uma dúzia de colaboradores serão os caçadores da Matéria Escura, que não emite luz ou radiação que possam ser dectadas até agora. Os cientistas somente suspeitaram de sua existência pelos efeitos que sua massa [da matéria escura], que interfere nas relações das forças gravitacionais da matéria visível.


Os pesquisadores dessa estranha formação cósmica acreditam que a matéria escura não contém átomos [ou não tem constituição atômica] e, por isso, não inteage com a matéria atômica por meio dos conhecidos campos de força eletromagnéticos. No Laboratório, os acadêmicos querem saber o quê é, afinal ─ a matéria escura, quanto, de fato, dessa substância pode existir no Cosmos e como tal elemento pode interferir no futuro do Universo.


Mas nem tudo é mistério sobre a matéria escura; muitos arriscam opiniões ousadas. Físicos especulam que sem a matéria escura as galáxias jamais poderiam ter-se formado. O estudo da matéria escura pretende, também, esclarecer de uma vez se o Universo está se expandindo pela Eternidade ou se alcançará um limite de extensão e entrará em processo de contração [que deverá unificar tudo o que existe em um único corpo].


O Laboratório também investigará as partículas-fantasma [neutrinos] com o objetivo de capturá-las em tanques de 300 kg de Xenônio líquido [Xe ─ elemento químico classificado entre os gases nobres em seu estado natural, descoberto em 1898] substância fria, três vezes mais pesada que a água. Outros dois laboratórios semelhantes, subterrâneos, se o governo liberar a verba, podem ser construídos a partir de 2012 para estejam prontos para operar em 2016. Esses projetos devem custar 550 milhões de dólares.


Link Relacionado: Antimatéria e Universo Fantasma
Fonte: LAMMERS, Dirk. Work begins on world's deepest underground lab
IN NewsYahoo/AP ─ publicado em 22/6/2009



Theodora & A Reencarnação


Theodora [500-548], santa da Igreja Cristã Católica Ortodoxa; seu dia é 14 de novembro. Nascida na ilha de Creta [ou na Síria ou em Paphlagonia, ou na costa do Mar Negro, como preferem alguns historiadores], ela foi atriz de comédias, cortesã, teve inúmeros amantes, entre eles, um certo Hecébolo, governador de Pentápolis, pai de seu único filho. Era mal vista e mal falada na sociedade da época até que, em 523, casou-se com Justiniano [483-565].

Quando Justiniano ascendeu ao trono tornando-se imperador Justiniano I, Teodora tornou-se imperatriz. Foi uma consorte ativa tomando parte nos negócios do governo. Defendia o direito das mulheres à herança e posse de propriedades; direito ao aborto, compensações em caso de divórcio; condenou os assassinatos de mulheres acusadas de adultério. É considerada a mulher mais influente do Império Bizantino.

Porém, entre os feitos políticos de Teodora destaca-se sua curiosa intervenção no Segundo Concílio de Constantinopla ─ 5º Concílio Ecumênico das Igrejas Cristãs: Ortodoxa do Oriente, Católica Romana e outros grupos [seitas] cristãos ocidentais. Aconteceu entre maio e junho de 553 e foi convocado pelo imperador Justiniano e presidido pelo Patriarca de Constantinopla, Eutychius [512-582].

Entre os graves assuntos que, naqueles concílios eram discutidos entre berros, tapas e safanões, naquele Segundo Concílio de Constantinopla, estavam na pauta movimentos cismáticos [de divisão] dentro do Cristianismo como: o Nestorianismo

Os Nestorianos defendiam a da União Hipostática [na pessoa de Cristo] ou seja, que no Ser de Jesus Cristo coexistiam duas Naturezas: humana e divina. Além disso, questionavam a maternidade virgem, a Imaculada Conceição, de Maria: ela teria dado à luz somente ao suporte físico, humano do Messias. Eram idéias de Nestorius [386-451], que foi Arcebispo de Constantinopla.

Em meio a temas tão complexos, Teodora preocupava-se com uma questão muito específica. A reencarnação: Teodora não gostava da doutrina da reencarnação e menos ainda da Lei do Carma que acompanha essa doutrina; porque a estadista poderosa tinha um passado obscuro. 

Ao se tornar imperatriz, Teodora abusou de seus poderes: mandou matar centenas de mulheres. Cortesãs, escravas, prostitutas sacerdotisas do paganismo que considerava rivais ou potencialmente perigosas para sua nova posição.

Depois de se aprofundar nos estudos religiosos, Teodora ficou com medo. Tinha pavor de reencarnar em circunstância penosa, como escrava negra, por exemplo. Para resolver o problema, resolveu interferir neste ponto da doutrina cristã. 

Pediu ao marido imperador que providenciasse a legitimação de uma teologia que negasse a reencarnação acreditando que, assim, jamais teria de prestar contas à maldita Lei do Carma. Não haveria mais reencarnação. 

O pecador seria purificado de seus erros com o perdão da Extrema Unção, pela confissão e nos casos muito graves, passaria uma temporada em um purgatório e depois teria passagem livre no Paraíso. Reencarnação, nunca mais! Teodora não queria; Teodora proibiu!

FONTES 
PROPHET, Mark. L.. Summit University Press, 1997
The Answer You're Looking for Is Inside You: A Commonsense Guide to Spiritual Growth. GOOGLE BOOKS.
(Visualizção) p 82 https://goo.gl/4yPK4x
Reincarnation: The Church's Biggest Lie 
https://www.facts-are-facts.com/article/reincarnation-the-churchs-biggest-lie
SEM DATA

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Catedral dos Crânios de Otranto




Itália ─ Em 28 de julho de 1480, uma esquadra de 70 a 200 navios Otomanos [muçulmanos] chegaram a Otranto, cidade litorânea, costa da penísula de Salento de Otranto, sudeste do país. Naquele tempo, Otranto era parte do reino de Nápoles. Aquilo ainda era o começo das investidas otomanas [1453-1683] no território europeu. Era o início da Idade Moderna, marcada pela queda de Constatinopla [1453] sob as forças de Mohammed II.

Naquela invasão a Otranto, a guarnição militar e oscidadãos refugiaram-se no Castelo de Otranto mas ali não havia recursos de defesa. Foram capturados. Os soldados e seus comandantes foram mortos. Em 12 de agosto daquele ano [1480] os cidadãos, sobreviventes, foram levados pelos muçulmanos ao Campo de Minerva, hoje chamado Campo do Mártires. Ali foram decapitados, um a um, oitocentas pessoas que recusaram renunciar à fé cristã-católica. Mais tarde, os restos mortais desses mártires foram levados para a catedral da cidade e preservados em aquários, paredes de vidro que circundam o altar. É a lembrança macabra dos 800 mártires de Otranto.


Fonte: The Skull Cathedral of Otranto: Where the Bones of 800 Martyrs Adorn the Walls
In Enviromental Graffiti ─ publicado em 23/06/2009



terça-feira, 23 de junho de 2009

Os Crânios de Marte


Este tradutor-editor também vê... Um, dois crânios; mas vê um terceiro ainda mais estranho, à frente, posicionado no meio dos dois humanoides. Este terceiro, repare, leitor, parece mais fresquinho, mais cabeçudo, de feições mais grosseiras e menos humano. Meditemos...

Spirit, sonda de exploração da NASA em Marte [missão Mars Exploration Rover - A], obteve imagens de estranhos objetos na superfície do planeta vermelho. O fotógrafo e observador de UFOs, analista de imagens, Michael Middleton, da Austrália, identificou um crânio [aliás, dois] ao ampliar uma das fotografias da Spirit. 

A foto original pode ser vista no website oficial da NASA, onde, naturalmente, não se vê nada a menos que se use sofisticados programas gráficos de ampliação que não distorçam demais as imagens. É o que Middleton faz.

Realmente, um pedaço do que parece ser uma rocha na areia marciana assemelha-se a um crânio humano. É um objeto esférico que possui cavidades [dois buracos ou sombras], similares órbitas oculares e pequenos orifícios que poderiam ser a base das narinas. 

A presumível mandíbula parece estar estar oculta na areia. Middleton nota que o crânio se destaca na paisagem marciana até por causa da cor, branca, mais clara, cor de osso humano. O pesquisador acha improvável que forças na Natureza tenham esculpido a forma.

Mas o crânio não está sozinho; um pouco à direita, repousa uma outra formação, também semelhante a uma cabeça; cabeça de alguém que não parece humano. 

A rocha cinzenta tem um pequeno queixo, não existem cavidades nasais, as órbitas oculares são oblongas e muito largas, para o padrão humano. Seria, talvez, o crânio de um alienígena, nativo [de Marte] ou não mas, certamente, não-terrestre.

Middleton acrescenta que é cômodo pensar nas formações apenas como rochas curiosas mas seria preciso desprezar o fato de que suas superfícies são demasiado lisas, quando comparadas com as outras formações em torno. 

Pensar que são pedras é confortável; afinal, neste momento histórico-científico, seria impossível explicar como os crânios, de um homem e um alienígena, foram parar no mesmo areal ou em qualquer outro local de Marte.

Fonte: Alien and human skulls found on Mars
In Pravda English ─ publicado em 08/06/2009

120 Mil Anos Dormindo


No conto de fadas, a Bela dormiu cem anos. Na Groenlândia, na vida real do mundo microscópico, a minúscula bactéria, nova espécie descoberta, despertou depois de 120 mil anos de sono, sepultada três quilômetros abaixo de uma camada gelo. Os pesquisadores que a encontraram dizem que ela é um tipo de vida que pode existir e se manter no gelo neste ou em outros planetas.

Oficialmente, seu nome é Herminiimonas glaciei. Em forma de bastonetes, ela tem apenas 0,9 micrômetros de comprimento por 0,4 micrômetros de diâmetro e possui uma cauda, um flagelo, que serve como orgão locomotor. Justamente por ser tão pequena, sobrevive com pouquíssimos nutrientes e só precisa de estreitas veias no gelo para se abrigar.

Sim, ela pode se mover no gelo em busca de comida. O gelo não é uma substância pura: contém detritos como areia, células de bactérias, esporos de fungos, minerais e outros materiais orgânicos. A Herminiimonas glaciei é uma habitante desse micro-nicho, micro-habitat glacial.

Para despertar a bactéria, trazê-la de volta à vida, os cientistas aqueceram-na muito lentamente: foram sete meses para alcançar 2° C [dois graus centígrados]; depois, a temperatura foi estabilizada, quando chegou os 5º C, por quatro meses e meio. Em seguida foram observados os primeiros sinais de ressurreição: ela se começou a se reproduzir formando colônias.

Micróbios similares podem estar se desenvolvendo, vivendo no gelo de planetas e luas, como nos pólos de Marte, ou na camada de gelo da lua jupteriana Europa. O gelo é o meio ideal para a preservação do ácido nucleico [DNA], de outros compostos orgânicos e células. É alta a chance de encontrar microrganismos em ambientes congelados.


Fonte: COGHLAN, Andy. Resurrection bug' revived after 120,000 years
In New Scientist ─ publicado em 15/06/2009