terça-feira, 10 de junho de 2008

Necrópole dos Pobres Descoberta em Roma

Colar achado na Necrópole

ROMA REUTERS: Em um subúrbio de Roma, arqueólogos encontraram uma necrópole de cerca de dois mil anos onde repousam os restos mortais de cidadãos pobres da época do Império. O cemitério tem umas 320 tumbas onde esqueletos estão bem conservados junto com lâmpadas e adornos.

Os pesquisadores consideram o achado muito importante do ponto de vista da sociologia histórica porque revela detalhes das crenças e hábitos dos proletários romanos, como escravos e trabalhadores braçais. A maioria dos esqueletos, de homens, apresenta sinais de trabalho em locais úmidos, como se fossem estivadores de um porto; mas também há restos de crianças usando colares ou "segurando-os" na "mão". Os estudiosos presumem que os adornos serviam de proteção contra maus espíritos. Os colares são feitos de pequenas figuras e fragmentos de âmbar. Anéis de bronze e brincos de ouro também foram recuperados.

Entre as descobertas mais intrigantes feitas nesta necrópole está o esqueleto de um homem que sofreu de uma rara doença congênita que lhe tornava impossível abrir a boca ou seja, ele só podia se alimentar com ajuda de terceiros. "Os povos antigos não tinham uma atitude positiva diante desse tipo de deficiência e costumavam rejeitar pessoas assim que, em conseqüência, tinham baixa expectativa de vida. Essa situação [do homem com deficiência] é completamente contrária a este comportamento discriminatório. Esse homem precisou de ajuda para sobreviver e encontrou ajuda." ─ comentou Angelo Bottini, chefe e Arqueologia em Roma.

Roman-era necropolis for the poor found intact
por Deepa Babington. In YAHOO NEWS REUTERS - publicado em 09/06/2008

domingo, 8 de junho de 2008

Freiras Acorrentadas Protestam no Vaticano

Irmã Albina Locantore

Irmã Albina Locantore protesta acorrentada a um poste deluz do lado de fora do Vaticano [08/06/2008] bem diante da janela do escritório do Papa, onde ele costuma aparecer para a oração do fim de tarde, o Angelus. Locantore é uma das duas freiras idosas que denunciam terem sido "excluídas" do convento de religiosas reclusas ao qual pertenciam. Pedem a interferência do papa para retornar à clausura. O cartaz diz: "Santidade, nós não somos prostitutas, nem violentas, nem ladras nem malucas". Foto: REUTERS/Alessandro Bianchi (VATICAN)

Duas freiras, irmã Albina Locantore, 73 anos e irmã Teresa Izzi, 79 anos!, se acorrentaram em frente ao Vaticano no domingo [08/06/2008] para que o Papa Bento XVI tome conhecimento da inusitada situação: elas foram "despejadas" do convento de Carmelitas onde viviam. Vestindo seus hábitos as freiras contaram que depois de sair da reclusão, em 2005!, para tratamento de saúde não lhes foi permitido voltar. Irmã Albina desabafa: "Depois de 50 e 60 anos de vida monástica, dedicada à Igreja, nós fomos atiradas às ruas sem qualquer auxílio, como dois sacos de lixo".

A agência de notícias ANSA tenta mostrar "o outro lado" da questão citando artigos dos jornais locais, de 2007, nos quais as consta a versão de que duas mulheres teriam sido expulsas depois que um homem foi descoberto no convento durante uma inspeção de autoridades da Igreja. Os artigos sugerem que o homem vinha extorquindo dinheiro do convento através da Irmãs. As religiosas rebatem: "Isso tudo é mentira!" O Vaticano não se pronunciou, ainda, sobre o assunto. Que disparidade! Enquanto padres pedófilos são discretamente instalados em retiros e o vaticano "abafa os casos", as duas freirinhas velhinhas são tratadas com o rigor de um tribunal chinês por conta dessa história tão mal contada. Abre o olho Bento XVI... Meditemos...

FONTE: Two nuns chain themselves in Vatican protest
In YAHOO NEWS AFP - publicado em 08/06/2008

A Pirâmide de Menkauhor

Pirâmide Menkauhor, sitio das escavações
Foto: REUTERS Amr Dalsh

SAKKARA, Egito: Na terça-feira, 5 de junho [2008] uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu uma pirâmide de quatro mil anos de idade. O chefe dos arqueólogos, Zahi Hawas, informou que o monumento parece ter sido construída pelo obscuro faraó Menkauhor, da V dinastia [2465-2.325 a.C.], que governou somente por oito anos no 24º século antes de Cristo. Chamada de "pirâmide perdida ou "pirâmide sem cabeça, porque falta-lhe o topo, esta pirâmide, que tinha sido encontrada em 1842 pelo arqueólogo alemão Karl Richard Lepsius, logo desapareceu novamente sepultada pelas areias do deserto e nunca mais foi reencontrada pelos pesquisadores.

Também foi identificada uma via de procissões cerimoniais onde os altos sacerdotes, usando máscaras, carregavam os corpos mumificados de touros, represenativos de Ápis, animal sagrado no Egito quando a capital do império era Mênfis, ligado ao culto do Sol, período ptolomaico, 350 anos a.C.. Ápis era tido com o encarnação do deus da cidade [Mênfis]. O boi era escolhido por sua cor negra uniforme somente quebrada por uma mancha branca entre os chifres.

A base da pirâmide estava enterrada a 7,5 metros da superfície. O período histórico foi identificado pelo estilo da construção e pela tampa de um sarcófago, de granito cinza e pelos labirintos que conduzem aos grandes blocos de granito vermelho na entrada da câmara mortuária, arquitetura e materiais característicos da época do Médio Império.

Fonte: Egypt uncovers 'missing' pyramid of a pharaoh por Katarina Kratovac
In PHYSORG - publicado em 05/06/2007



sexta-feira, 6 de junho de 2008

Casas Que Desafiam a Gravidade

Rússia


O prédio de madeira tem 13 andares e em sua construção não foi utilizado nem um prego. Fica na cidade Arkhangelsk, Rússia.


Ucrânia

A casa flutuante, na Ucrânia.
Fonte & Veja + Prava Photo Report


Chimpanzé no Tribunal Reivindica Ser Pessoa

Matthew

Matthew, 26, olhando através do vidro de sua cela no santuário para animais, em Viena, Áustria maio de 2007. FOTO: AP Lilli Strauss.

Na Corte Européia de Direitos Humanos, em Strasbourg, França, Matthew Hiasl Pan, um chimpanzé de 26 anos [2008], é parte requerente de uma causa onde requer ser classificado como pessoa. 


A causa já foi rejeitada pela suprema Corte da Áustria. Os antropólogos dizem que os chimpanzés não são seres humanos mas não deixam claro o que significa, exatamente, ser humano. 

Matthew é representado pela ativista dos direitos dos animais e professora Paula Stibbe, que reivindica ser nomeada guardiã legal do primata se o santuário [reserva] onde ele vive, em Viena, for fechado. Pelas leis austríacas somente humanos podem ter tutores ou guardiões.


"A vida dele depende disso", apela o conselheiro do Grupo de defesa dos direitos dos animais, Eberhart Theuer. "Esse caso é sobre uma questão fundamental: Quem tem direito aos 'direitos humanos'? O que é uma pessoa de acordo com a carta Européia de Direitos Humanos?".

Para muitos cientistas a questão da condição humana é controversa: não existe uma característica exclusiva que possa distinguir decisivamente humanos de outros animais. Não existe sequer um comportamento que seja peculiar somente aos homens. 

Mesmo a confecção de ferramentas, produção de cultura, são habilidades que também se manifestam nas comunidades de primatas não-humanos e a seqüência do DNA dos chimpanzés é 96% igual à humana.

Mas acima de qualquer discussão bio-genética o que os ativistas alegam que Matthew foi retirado, abduzido mesmo, de seu habitat natural, a selva africana, e relocado em um ambiente estranho e hostil onde foi traumatizado. 

Submetido ao cárcere sofreu danos psicológicos-comportamentais irreparáveis e necessita de ajuda governamental financeira para continuar vivendo nas circunstâncias atuais, já que mora na Europa em ambiente urbanizado e longe de companheiros de espécie.

Os especialistas temem que o caso abra um precedente embaraçoso e que no futuro as cortes tenham que lidar com reivindicações de "direitos humanos" não somente para primatas mas também para cetáceos, como os golfinhos e cães domésticos. 

Ahê, complica: do jeito que a Humanidade já anda atormentada com as violações dos direitos dos cidadãos deserdados, se tiver de lidar com as vítimas animais do sistema de dominação humana, os sistemas judiciários não vão dar conta da demanda, as doutrinas da ciência do Direito terão de ser revistas e a quantidade de injustiças oficiais vai aumentar drasticamente. Meditemos...

FONTE: Court Claim: Chimps Are People, Too
YAHOO NEWS Live Science ─ publicado em 29/05/2008

domingo, 1 de junho de 2008

Ex-rei do Nepal Só Sai do Palácio em Dia Propício





ORDEM DE DESPEJO: O rei, ou melhor, ex-rei Gyanendra, 60 anos, recentemente [na quarta-feira, 28 de maio de 2008] deposto de seu trono por decisão de uma assembléia que aboliu a monarquia no país, está procurando casa para morar. O ex-monarca tem duas semanas para deixar o palácio de Narayanhity [foto], onde residia desde 2001, quando assumiu o posto de rei. Preocupado com a mudança, requisitou o serviço de astrólogos para escolher o novo endereço e já cogita em ficar no palácio até o começo de julho. Ele alega que o período astrológico da fase negra terminará neste período e, naturalmente, não quer se mudar nesse "baixo astral". Gyanendra sempre governou orientado pelos místicos, agendando suas decisões de acordo com os "auspícios" [a sorte] dos dias e das horas. Quando o ex-rei finalmente desocupar o "imóvel", por bem ou por mal, o palácio será transformado em museu.

O Nepal tem uma população de 29,5 milhões de habitantes divididos em 55 etnias diferentes que falam 48 línguas. Sofrendo que grave deficiência educacional com 51% da população analfabeta, o país vive mergulhado no misticismo e no folclore e até bem pouco tempo, o monarca era considerado muito mais que um mero governante mas adorado como reencarnação da divindade hindu Vishnu.
Desde o início, o reinado de Gyanendra foi marcado pelo mal presságio. Tornou-se rei em virtude de uma tragédia sangrenta: seu irmão, o rei Birendra, muito amado pelo povo, foi assassinado a tiros, em junho de 2001, juntamente com toda a a família, a mulher e duas filhas, durante um jantar, pelo próprio filho mais velho, o príncipe Dipendra.

Apesar de, a princípio, ter-se falado em uma conspiração de Gyanendra, a investigação concluiu que o príncipe agiu por conta própria e que era perturbado mentalmente. Dipendra tinha um histórico depressão, alcoolismo e abuso de drogas ilegais. Estava em conflito aberto com os pais: escolheu para se casar noiva que pertencia a uma dinastia rival. O rei ameaçou deserdá-lo do trono. O príncipe abateu a família usando dois rifles de assalto e uma pistola 9 mm. Chegou a ser proclamado rei, posto que o inquérito não fora concluído, mas se matou pouco depois, em 04 de junho.

Agora, além de despejado, Gyanendra muito provavelmente vai ter de economizar, inclusive com astrólogos. Enquanto rei de uma dinastia que governou por 240 anos, era riquíssimo. Uma fortuna estimada de em mais 1 bilhão de euros, ações e outros negócios. Além do patrimônio pessoal, herdou todos os bens da família morta. Mas o novo governo, de maoístas-republicanos, é chato mesmo: preparam já o confisco que deve "garfar" boa parte dessas riquezas. Impopular, Gyanendra também tem um filho, o ex-príncipe Paras Shah, que abusa do álcool, anda armado e já foi acusado de assassinar duas pessoas, livrando-se do processo por interferência da família real. A última monarquia hindu do mundo chegou ao fim mergulhada na degeneração do sentido da nobreza.