Formigas argentinas vivem na Europa, nos Estados Unidos, no Japão. Elas pertencem à mesma colônia inter-relacionada e se reconhecem, recusando combater umas com as outras. Essa colônia, possivelmente, é maior colônia de uma espécie de insetos descoberta até agora [2009] erivaliza com a Humanidade em termos escala mundial de dominação; e os homens colaboram, sem perceber, para a expansão e sustento dessa mega-colônia.
As formigas argentinas [Linepithema humile, foto], uma vez, um dia, foram nativas exclusivas daAmérica do Sul. Mas o trânsito de pessoas pelo mundo, em navios e aviões, introduziu essas formigas em todos os continentes com exceção da Antártica. São formigas que tentem a se expandir em grandes colônias por sua própria natureza... voraz; porque são uma peste predadora de campos e animais.
Na Europa, uma vasta colônia dessas imigrantes argentinas, pelo que se sabe, se estende por 6 mil quilômetros ao longo da costa do Mediterrâneo. Nos Estados Unidos, a colônia, conhecida como California Large [Grande Califórnia] alcança mais de 900 quilômetros na costa da Califórnia. A terceira colônia gigante está no Japão, também localizada em área litorânea.
Territorialistas, em geral belicosas [agressivas] com seus espaços conquistados, as formigas que pertencem à mega-colônia são tolerantes umas com as outras, se pertencem à mesma nação, mesmo que seja um indivíduo que vive ou vivia a dezenas ou mesmo centenas de quilômetros de distância. Essas super-colônia possuem suas próprias características de identificação que, tudo indica, superam as distãncias. As formigas argentinas se reconhecem em qualquer lugar do mundo.
Pesquisadores do Japão e da Espanha, sob a orientaão de Eiriki Samura da University of Tokyo, descobriu que as formigas argentinas que vivem na Europa, Japão e Califórnia compartilham notável similaridade química nos hidrocarbonetos de suas cutículas [constiuíção do exo-exqueleto]. Outro experimento, comprovou a capacidade de se reconhecerem mutuamente como pertencentes a uma mesma colônia ou família.
A equipe de cientistas selecionou formigas de diferentes lugares: da principal super-colônia européia; de outra colônia, menor, mas também considerada uma super-colônia Catalã, da costa Ibérica; formigas da mega-colônia da Califórnia; e, finalmente, duas espécies japonesas: uma proveniente de uma enorme colônia do oeste japonês; as outras, formigas da Região de Kobe.
Confrontadas, as formigas da costa japonesa, por exemplo, foram agressivas com as formigas de Kobe; as formigas da mega-colônia de argentinas radicadas na europa Mediterrânea confrontadas com as formigas da colônia Ibérica [Espanha], estranharam-se violentamente.
Enquanto isso, as formigas argentinas radicadas na Europa [Mediterrâneo], na Califórnia e na costa japonesa, ao serem postas em contato, agiram como se fossem velhas conhecidas, como se pertencessem à mesma colônia, embora fossem provenientes de continentes separados por um vastos oceanos. Esfregaram amigavelmente as antenas, não se evitaram.
A explicação mais sensata é que essas formigas, habitantes dessas três mega-colônias são, de fato, de uma mesma família; são geneticamente relacionadas e que podem, talvez, se reconhecer pela composição química de suas carapaças. A enorme extensão dessa população somente encontra parelelo biológico na sociedade humana, declararam os cientistas ao jornal Insect Sociaux.
FONTE: WALKER, Matt. Ant mega-colony takes over world
In News BBC Earth News ─ publicado em 01/07/2009