A imagem, produzida por computação gráfica pela European Espace Agency [Agencia Espacial Européia] mostra como deve estar o "em torno" da Terra depois do impacto entre os satélites. Pode-se ver o escudo de fragmentos porém não reproduz sua extensão nem densidade. AP Photo/ESA
Moscou: A colisão de dois satélites, na terça-feira, dia 10 de fevereiro [2009] no quadrante do céu da Sibéria está sendo considerada um evento catastrófico por causa dos fragmentos que se dispersaram na órbita da Terra formando uma espécie de escudo, constituído de um potencialmente perigoso entulho. A órbita da Terra está parecendo uma praia poluída! [imagem cima]
Os dois satélites, um militar russo desativado, portanto, já um lixo espacial, e um comercial norte-americano, chocaram-se em uma região congestionada nas proximidades da Terra ─ a cerca de 800 quilometros de altitude. A faixa dos 800 km é muito usada na rota dos satélites de comunicação. A nuvem de destroços, agora orbitando na mesma altitude de rota significa um perigo porque os destroços viajam em altíssima velocidade. Esses destroços poderão continuar orbitando este planeta por 10 mil anos!
Esta é a primeira vez que dois objetos deste tipo, intactos, colidem a esta velocidade. O norte-americano, pesando 560 quilos; o russo, uma tonelada. O consultor espacial, veterano da NASA, James Oberg explica que o acidente "foi uma onda de choque hipersônico que explodiu todas as estruturas. O material foi reduzido a 'confete' e o impacto detonou todo o combustível".
Dezenas de milhares de partículas são maiores que um centímetro, o suficiente, por causa da velocidade, para danificar ou destruir qualquer um dos mais de 900 satélites ativos atualmente em órbita. Porém, além destes, menores, exitem cerca de 17 mil fragmentos de 5 a 10 centímetros, configurando situação ainda pior; tanto mais que mesmo com o elevado número de satélites até hoje não existe um sistema global do tráfego espacial capaz de rastrear a trajetória de cada um destes satélites comparando informações.
A colisão no céu da Sibéria aumentou de um instante para outro as probabilidades de acidentes nas vizinhanças da Terra. Os sistemas de cálculo não são precisos o suficente para prever as possíveis colisões. Além disso, muitos satélites não poderiam ser deslocados a tempo porque tem pouco combustível para manobras não planejadas.
Em 2007, a China destruiu um de seus próprios satélites-"defunto" utilizando um míssel balístico em uma altitude semelhante àquela em que ocorreu a colisão dos satélites. A operação também gerou milhares de destroços.
Curioso é que em meio a essa séria discussão, o tal veterano da NASA, James Oberg, emitiu o seguinte comentário: "A colisão oferece ao governo Obama uma oportunidade dos céus [!] de mostrar força encarando o problema da colisão/destruição de satélites que, até agora, tem sido ignorado".
Parece que nos bastidores de toda a festinha em torno do "primeiro presidente negro", este presidente, justamente por ser um mestiço [consideremos, Obama não é nenhum Zulu!], vai ter que fazer mais do que fizeram todos os presidentes brancos juntos durante toda a história dos Estados Unidos. Este redator se pergunta o que esperam que sr. Obama faça... Até porque esse lixo espacial não saiu, somente, das "cozinhas" tecnológicas norte-americanas.
Talvez o sr. Obama deva raspar os fundos dos cofres em plena crise financeira para constituir uma comissão anti-detritos espaciais e descobrir uma maneira de recolher, fragmento por fragmento, todo o lixo que está girando em volta do mundo. Modestamente, sugiro a construção de um mega-monster-powerful aspirador de poeira cósmica internacional.
E pensar que houve quem quisesse mandar o lixo atômico para o espaço, provavelmente, bem longe da órbita da Terra, claro! ─ no quintal de algum vizinho desconhecido que, talvez, não goste nem um pouco da novidade e resolva se apresentar de modo pouco delicado. Parece que chegou momento de discutir ética do ecologia cósmica.
SABEDORIA MILENAR: Quem procura, acha e quando cabeça non pensa, corpo padece. Cabeça de Humanidade non pensou; agora, corpo de humanidade, planeta, sofre conseqüência e, ainda, quem com lixo fere, com lixo será ferido. Meditemos...