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sexta-feira, 8 de março de 2013

ENTERRADOS VIVOS



HISTÓRIAS MACABRAS. Aconteceu em 1871, durante uma epidemia de cólera, na Índia. Maty Best tinha 17 anos quando contraiu a doença. estava sozinha no mundo aos cuidados de uma família adotiva. Sua mãe havia deixado o país havia já alguns meses. 

Mary sofreu horas de agonia, mal-estar, dores de estômago. Seu pulso foi ficando cada vez mais fraco até que o médico declarou-a morta. Algumas horas depois de certificado o óbito, ela foi enterrada no jazigo daquela família adotiva.

Naquela época, as vítimas de cólera eram sepultadas rapidamente para evitar a propagação do mal. Ainda mais no calor tropical da Índia, o enterro rápido era considerado uma providência necessária. Assim, ninguém questionou a pressa no procedimento.

 Dez anos depois, o caixão foi aberto para que a sepultura pudesse receber o corpo do recém-falecido tio adotivo de Mary e naquele momento, o agente e funerário e seu assistente depararam-se com a horrível visão.

 A tampa do caixão de Mary tinha sido deslocada. O esqueleto da jovem estava metade dentro, metade fora e seu crânio tinha uma fratura. Os dedos da mão direita estavam dobrados, como se ela tivesse tentado agarrar alguma coisa e suas roupas, estavam rasgadas.

Mary não estava morta quando foi sepultada mas, apenas inconsciente. Vítimas de cólera freqüentemente entravam em coma e foi neste estado que ela tinha sido dada como morta e enterrada. Pode ter acordado horas ou dias depois para um resto de vida em pesadelo.


MAIS...
http://www.sofadasala.com/neocodex/enterradosvivos.htm  

domingo, 1 de maio de 2011

Ciganos


CIGANOS. São um mistério histórico, etnográfico, cultural. Fascinantes para uns, detestáveis, não-confiáveis, para outros, ele aparecem em todos os lugares do mundo e apesar dos muitos esforços acadêmicos para desvendar suas origens, os ciganos continuam sendo um povo que ninguém sabe de onde veio.




Gypsy Girl ou La Gitane, mosaico do primeiro
século da Era Cristã encontradoem Zeugma,
antiga cidade grega, atualmente localizada
na província de Gaziantep da Turquia.
A denominação do mosaico representa
um pouco da idéia que o Ocidente estabeleceu
sobre a figura e essência misteriosas dos ciganos.


Durante muito tempo, cultivou-se a crença que os ciganos fossem descendentes de povos nômades do antigo Egito, refugiados ou exilados das terras dos Faraós. Em inglês, os pontos em comum, gráficos e fonéticos entre as palavras Egypt e gypsy alimentaram uma teoria sobre essa ligação. Mesmo entre os Gpysies, os ciganos, muitos adotaram essa teoria para preencher a lacuna histórica que o Tempo produziu. Porém, estudos mais recentes indicam que, longe do Egito, os ciganos seriam, na verdade, provenientes da Índia em tempos muitíssimo remotos.

O alemão Heinrich-Moritz Gottlied Grellmann (1756-1804) foi o primeiro pesquisador a estabelecer a idéia sobre a origem indiana dos ciganos. Defensores dessa teoria chamam a atenção para as semelhanças entre a língua cigana e o sânscrito, Antiga, praticamente extinta, falada e escrita da Índia. Há rumores de que os indianos idosos podem compreender filmes indianos sem tradução.




Ciganos intinerantes na estrada para Varanasi, Índia.
Janeiro de 2009. Foto: Eduardo Figueredo.
[http://www.travelblog.org/Photos/3378688]


Atualmente os cientistas acreditam que os ciganos contemporâneos são descendentes de uma casta indiana denominada Dom. Na Índia, os Doms são a mais inferior de todas as castas. Até hoje, muitos migram fugindo do preconceito social. Outra teoria defende que os ciganos descendem de várias castas diferentes. Os antropólogos acham impossível provar qualquer teoria porque consideram que nações nômades não criam cultura material (o quê é constestável).

Para efeito de representação política internacional, esses, chamados ciganos, gitanos, gitanes, gypsies, autodenominam-se povo Rom (Roms, romis). Esta é designação pela qual são reconhecidos pela pelas Nações Unidas, ONU. Sua língua, o romani.




Fortune-Telling. Julian Scott, gravura – 1874


De todo modo, seja por causa da origem em castas inferiores, pela experiência ancestral de rejeição social, o fato é que o isolamento dos povos ciganos manteve-se por longos séculos sendo aplicado e incorporado no estilo de vida, língua e tradições. Especialmente em sua travessia para o Ocidente, os ciganos enfrentaram situações de forte perseguição.


Os recém-chegados à Europa não eram bem vistos. Eram renegados, ateus, feiticeiros, infiéis para cristãos e muçulmanos. Em termos de religião foram sempre associados às artes mágicas: quiromancia, cartomancia, cristalomancia, o poder da jetatura ou mal-olhado eram habilidades a eles atribuídas. Ao contrário do que se pensa, entre os ciganos, são os homens os mestres do conhecimento divinatório. Mesmo quando se diziam cristãos, seu cristianismo sempre foi uma prática de sincretismo cultural. Sobre os ciganos, diz Cervantes: Sua profissão é a mentira (Apud VILAS-BOAS DE MOTA, 2004 – p 245).

Muitos especialistas concordam que a etnia cigana somente começou a se consolidar por volta do século XV (anos 1400), quando estes nômades transitavam de Bizâncio para a Europa ocidental. Atualmente, são conhecidos seis ramos de comunidades ciganas: Três orientais, três ocidentais. Os Rom, os Sinti e os Ibéricos são considerados ocidentais. Os orientais são as tribos Lom, Dom e Lyuli.

FONTES
BUKKER, Igor. Gypsies: The mystical tribe.
IN Pravda-English, publicado em 08/04/2011
[http://english.pravda.ru/society/stories/08-04-2011/117508-gypsies-0/]
VILAS-BOAS DE MOTA, Ático (org.). Ciganos: antologia de ensaios. Brasília: Thesauros, 2004.